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APOSTILAAPOSTILAAPOSTILAEstado de GoiásSecretaria de Estado da EducaçãoSuperintendência de Ensino MédioGerência da Mediação Tecnológica2023ESTADO DE GOIÁSSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOGovernador do Estado de GoiásRonaldo Ramos CaiadoVice Governador do Estado de GoiásDaniel Elias Carvalho VilelaSecretária de Estado da EducaçãoAparecida de Fátima Gavioli Soares PereiraDiretoria Pedagógica Márcia Rocha de Souza AntunesSuperintendente de Ensino MédioOsvany da Costa Gundim CardosoGerente de Mediação TecnológicaDenise Cristina BuenoCoordenadoras Pedagógicas de Mediação TecnológicaLuciane Aparecida de Oliveira RodriguesWanda Maria de CarvalhoApoio Pedagógico e Logística Ênio FonsêcaEquipe Técnica de Estúdio - Centro de MídiasDanilo de Aquino Maranhão MartinsEder Socorro PimentaHugo Leandro de Leles CarvalhoLindomar Manoel Borges JúniorThiago Pimenta de SouzaELABORADORES/ASLinguagens e suas TecnologiasDaniela de Souza Ferreira Mesquita – Coordenadora de Área/Língua PortuguesaCarlos César Higa – Mundo do TrabalhoDaniela Amâncio Cavallari – Língua Estrangeira - InglêsDaniella Ferreira da Conceição – Língua Estrangeira - EspanholIvair Alves de Souza – Língua PortuguesaLuiz Carlos Silva Junior – Educação FísicaMaria Caroline Guimarães Leite Logatti – Arte/Mundo do TrabalhoMatemática e suas TecnologiasLuan de Souza Bezerra – Coordenador de ÁreaLuara Laressa Ferreira dos Santos LimaCiências Humanas e Sociais AplicadasPedro Ivo Jorge de Faria – Coordenador de Área/HistóriaAlejandro de Freitas Paulino Matos – GeografiaBruno Martins Ferreira – GeografiaCarlos César Higa – SociologiaGustavo Henrique José Barbosa – Sociologia/Filosofia/Projeto de VidaCiências da Natureza e suas TecnologiasNúbia Pontes Pereira – Coordenadora de Área / Biologia / CiênciasFrancisco Rocha – Física / CiênciasGeorge Fontenelle Costa – FísicaLuiz Carlos Silva Júnior – BiologiaRosimeire Silva de Carvalho – QuímicaRevisãoDaniela de Souza Ferreira MesquitaSara Giselle de Cássia Alexandre GondimSônia Maria Leão Lima SantosDesigner GráficoHugo Leandro de Leles Carvalho – CapaEQUIPE GOIÁS TECTELEFONE: (62) 3243-6735E-MAIL: gmt@seduc.go.gov.br© Copyright 2023 – Goiás Tec Ensino Médio ao Alcance de Todos“Todos os direitos reservados”SumárioLINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................................... 5 • Educação Física• Língua Inglesa• Língua PortuguesaCIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................93• Biologia• Física• Química MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ...................................................................... 151 CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS ............................................................193• Filosofia• Geografia• História• Mundo do TrabalhoPROJETO DE VIDA .................................................................................................... 213Linguagens e suas TecnologiasLINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS6COMPONENTE CURRICULAREDUCAÇÃO FÍSICAHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a comunidade escolar, estudando sua realidade local para respeitar seus interesses, e democrati zar o acesso a esses momentos.OBJETO DE CONHECIMENTO Conhecimento teórico-práti co sobre ati vidade � sica, exercício � sico e treinamento corporal no contexto das práti cas corporais. Conhecimento teórico-práti co dos fundamentos técnicos e. das regras básicas nas práti cas corporais.Segundo a BNCC Brasil (2018), os esportes de invasão ou territoriais agregam o “conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar a capacidade de uma equipe introduzir ou levar uma bola (ou outro objeto) a uma meta ou setor da quadra/ campo defendida pelos adversários (gol, cesta, touchdown etc.), protegendo, simultaneamente, o próprio alvo, meta ou setor do campo (basquetebol, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei sobre grama, polo aquáti co, rúgbi etc.).” Neste módulo iremos explorar e conhecer o esporte mais popular do Brasil, o futebol.HISTÓRIA DO ATLETISMOFonte: Alison vence a etapa de Doha. Foto: Divulgação www.cob.org.br/.O primeiro relato da realização de um campeonato de atleti smo foi na Grécia anti ga, nas olimpíadas de 766 a.C. todavia este esporte já era prati cado pelas pessoas na Grécia até mesmo com corridas a pé, pois desta maneira eles iriam trabalhar a saúde o controle de respiração e a resistência. O “stadion” – corrida de aproximadamente 200m – reuniu cerca de 40 mil pessoas que assisti ram à vitória do primeiro campeão olímpico chamado de Koroebus.Sabe-se que o atleti smo também era prati cado no Egito e na China há mais de 5 mil anos com formatos diferentes das competi ções ofi ciais de hoje, sendo então considerado o esporte mais anti go do mundo. Nas competi ções ofi ciais de atleti smo com formato moderno data do século XIX, na Inglaterra, contando com as seguintes provas ofi ciais:• Corridas: rasas, com barreiras, com obstáculos• Marcha atléti ca• Revezamentos• Saltos• Arremesso e Lançamentos• CombinadaModalidade OlímpicaO atleti smo caracteriza-se por ser uma modalidade olímpica cujo no Brasil a unidade que coordena é a Confederação Brasileira de Atleti smo (CBTA), esporte pode ser mais difundido no país no século XX, quando Adhemar Ferreira da Silva em 1952, conquistou a primeira medalha de ouro em salto triplo, o que aconteceu nos Jogos de Helsinque, na Finlândia, representando um marco para a modalidade para o esporte.Nas modalidades olímpicas encontramos as corridas de curta distância (ti ro rápido), com percurso podendo variar de 100 metros a 3 mil metros, as corridas mais rasas seriam as de 100 metros enquanto as mais longas de 10 mil metros. Se levar em consideração os obstáculos nas corridas, consideramos as chamadas corridas de barreiras podendo variar de 110 metros a 400 metros, fi cando os obstáculos a uma distância adequada. O ti ro de largada defi ne quando inicia uma corrida, e o atleta que sair antes do ti ro de largada poderá ser desclassifi cado.Fonte: Imagem: h� ps://www.webrun.com.br/brasil-campeao-re-vezamento-yokohama/.Seleção Brasileira masculina do 4x100m, foi campeã mundial de revezamentos em Yokohama, no Japão.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS7A marcha atlé ti ca é uma prova longa, podendo ser de 20 mil metros até de 50 mil metros, dependendo da categoria. Nesta marcha, a regra principal é obrigatório manter um dos pés sempre no chão, sendo que o joelho que dá a passada não pode sofrer fl exão até a realização do movimento completo. Ocorrendo três penalizações o atleta é desclassifi cado.As provas de revezamento, podem ser de 4x100 m e 4x400 m com a equipe formada de 4 atletas, podendo ser masculina, feminina e mista. Cada atleta deve correr ¼ da prova e passar o bastão para o outro atleta.Já as provas de salto, como o próprio nome indica, o atleta deverá saltar uma distância caindo geralmente na areia quando o salto é horizontal, mas pode ser o salto na verti cal sendo amparados por um colchão próprio para a realização do esporte. O salto verti cal compreende o salto em altura e salto com vara, sendo que no salto em altura os atletas saltam de costas sobre uma barra, enquanto no salto com vara, os atletas uti lizam uma vara (2,80 a 3,40 m tanto para homens) para saltar sobre um sarrafa, não podendo o mesmo.Diferentemente das provas na verti cal, as provas de salto horizontal compreendem salto em distância (comprimento) e salto triplo, sendo que, o salto em distância, os atletas correm e saltam quando chegam à marca estabelecida. Os atletas caem no chão de arei, onde fi caque jogam games.Fonte: Infográfi co extraído do texto ‘Viciados’ em jogos preocupam pais e psicólogos. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.“Essa predominância se relaciona aos smartphones, plataforma com mais adeptos de jogos no Brasil e com volume ainda maior do público feminino (60,4%), mas também com as característi cas gerais da população do Brasil”, complementa Camargo.Já sobre a idade dos jogadores, pessoas de 20 a 24 anos são a maioria entre este público no Brasil, com 25,5%. Mas a diferença percentual entre as faixas é relati vamente equilibrada: adolescentes de 16 a 19 anos representam 17,7%, por exemplo, e pessoas de 25 a 29 anos representam 13,6%. A maior parcela do público gamer se identi fi ca como parda ou preta (49,4%, na soma), seguida por pessoas que se declaram brancas (46,6%). No que diz respeito à classe social, a maioria dos jogadores são de classe média (B2, C1 e C2), com 62,7%. Pessoas de classe média alta (B1) representam 12,3% do público, procedidas pela classe A, que representa 13,5%, e pela base da pirâmide (classes D e E) com 11,6%.Texto 2Conhecimento sobre E-Sports, NFT e metaverso cresce.Segundo a PGB 2022, os E-Sports agora são conhecidos por 81,2% dos gamers no Brasil — um crescimento de 32,8 pontos percentuais em comparação com a edição de 2021. Um dos temas mais quentes do ano, os NFTs (Tokens Não Fungíveis) são uma novidade presente entre o segmento. Um pouco mais da metade dos gamers no Brasil (50,8%) LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS27ainda não sabem a respeito dos itens não fungíveis. Entre quem está por dentro do conceito, 32,1% possuem NFTs. Já o conceito de metaverso aparece com mais popularidade entre os jogadores do Brasil, sendo conhecido por 63,8% da comunidade. Há, ainda, uma parcela considerável de jogadores favoráveis a ati vidades relacionadas ao conceito de metaverso — 59,3% do público gosta da ideia de ter eventos sociais dentro dos jogos, como assisti r a fi lmes dentro de um jogo, enquanto 51,7% simpati zam com marcas que aparecem dentro dos jogos. Texto adaptado. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.Texto 03A Profi ssão do Século 21: e-Sports Abre Espaço para um Novo Mundo de OportunidadesRedação do Globo Esporte (Florianópolis).Texto de Jayson Godoi 06/04/2022 11h13Ian Bitt encourt Alves, head de esports do TRex Unifi que, fala sobre o mercado ao GEEntrevista pré-jogo na fi nal da Copa dos Campeões — Foto: Di-vulgação/Copa dos Campeões.Quando falamos da evolução da tecnologia, descobrimos que muitas áreas de atuação foram criadas para dar suporte ao processo. Conforme o meio tecnológico se formava, a estrutura gamer era montada, e os jogos conhecidos por proporcionar momentos de lazer. Isso é bem diferente hoje, sendo uma das profi ssões com mais espaço para crescimento no mercado. A profi ssão gamer pode estar relacionada em criar a comunidade digital com auxílio de live stream e redes sociais ou executando em alta performance.• Descubra qual seu modo de jogo: Quando encontramos a modalidade com mais identi fi cação, é a hora de focar nela e desenvolver as habilidades. Os jogos mais populares são do ti po FPS, ti ro em primeira pessoa como Cou-nter-Strike, MOBA, com arenas de combate on-line multi player, como League os Legends, Ba� le Royale, como Free Fire e estratégias em tempo real e RTS, como starcra� , jogos de cartas e jogos de luta;• Como se tornar um profi ssional do E-Sport: É possível acessar vários conteúdos gratuitos sobre o mundo competi ti vo dos E-sports. Conteúdos gravados de jogadores profi ssionais estão acessíveis em todas as plataformas de vídeo e streaming, onde é possível localizar dicas e táti cas para serem executadas, encontrar pessoas que querem seguir o mesmo caminho e desenvolver uma equipe de treinamento;• Prati que muito: Como em todas as áreas, os mais preparados são os que demonstram mais resultados. Por isso, esteja preparado para fi car muitas horas treinando. Faça um cronograma de treinos e desenvolva a equipe;• Esteja presente: Quando eventos/competi ções acontecem, elas trazem experiências que são fundamentais para o desenvolvimento do atleta. Mesmo sendo um espectador é possível senti r a energia que emana no ambiente, desde o apoio dos torcedores até o grito da vitória de um ti me campeão;• Parti cipe de torneios on-line: Conforme os treinamentos estão evoluindo, é bom colocar em práti ca tudo que está treinando. Muitos torneios estão disponíveis on-line, onde pode-se encontrar bons desafi os para testar as habilidades e ganhar premiações;• Crie uma comunidade: Conforme o reconhecimento no mundo dos E-Sports, é fundamental trabalhar as mídias sociais, onde você pode interagir com os torcedores e o público alvo. Assim você gera uma reputação e pode mostrar o trabalho de várias formas, como dando aulas, dicas sobre o jogo ou escrevendo sobre experiências;• Outros caminhos do E-Sport: Além de profi ssionalização, dentro de um jogo é possível desempenhar outras funções que atuam junto ao mundo do E-sport. Elas podem determinar tanto a evolução quanto a preparação de competi ções, eventos e carreira de um atleta. Produtores, gestores de marketi ng, head de E-Sports, treinadores, agentes, jornalistas, patrocinadores estão presentes no caminho.Conversando com Ian Bi� encourt Alves, head de E-Sports do T-Rex Unifi que, organização localizada na cidade de Timbó, em Santa Catarina, ele diz que conta com o suporte de profi ssionais de diversas áreas.“O mercado de E-Sports tem uma gama de áreas de atuação, desde a parte dos jogadores, que são os mais visíveis dentro da organização, até a parte de administração, jurídica, fí sica e mental, como advogados, psicólogos, fi sioterapeutas e administradores. Todos estão presentes para a segurança e suporte aos atletas que têm total apoio para desempenharem em alta performance. Além disso, temos um departamento de marketi ng que LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS28cuida da imagem da equipe e de todos os atletas da insti tuição.”Fonte do texto: Disponível em: . Acesso em 03/06/2023.SAIBA MAISOs melhores documentários sobre vídeo game. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022. O que são E-Sports? Disponível em:. Acesso em 03/06/2022.E-Sports (esportes eletrônicos) na Educa-ção Física. Disponível em . Acesso em 03/06/202.SUGESTÃO DE APRENDIZAGEMa) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, realizadas de modo adaptado, trabalhando-se brincadeiras e jogos eletrônicos diversos. Um dos textos apresentados perpassa pela discussão específi ca do E-Sport. Porém, podem ser trabalhadas formas mais simplifi cadas através do uso do aparelho celular e/ ou sites gratuitos específi cos que podem ser encontrados facilmente pelo Google. Caso exista a possibilidade de uti lização de videogames e/ou computadores com emuladores, também podem ser aplicados. A sugestão é tentar trabalhar com as práti cas corporais da Educação Física e promover diálogos a parti r da sua existência no mundo virtual;É possível pensar ainda na construção de um repertório comunitário de ati vidades referentes às brincadeiras e jogos eletrônicos. Cabe a realização de pesquisa orientada, investi gando possibilidades que podem se transformar em ati vidades diversas. Ex: De caráter expositi vo como a apresentação em grupos, seminários e/ou a sistemati zação da pesquisa em trabalho escrito; e teórico-práti co, por meio da realização de circuitos,festi vais e/ou torneios de jogos eletrônicos.MOMENTO ENEM1. (INEP - ENEM 2021)TEXTO I: O usufruto de jogos eletrônicos, vinculado à psicopatologia, pode ser considerado um comportamento desadaptati vo quando são apresentados sinais de excesso na uti lização de tais tecnologias. Isso ocorre quando o comportamento afeta o sujeito de forma que ele se encontre incapaz de controlar a frequência e o tempo diante de um comportamento que anteriormente era considerado inofensivo.LEMOS, I. L.; SANTANA, S. M. Rev. Psiq. Clín., n. 1, 2012.TEXTO II: A maior parte da literatura cien� fi ca relacionada aos exergames e educação se concentra no potencial do jogo para melhorar a saúde � sica dos alunos, envolvê-los em ati vidades sociais e melhorar seu desempenho acadêmico. Resultados de pesquisas recentes também têm mostrado que tais jogos podem contribuir para o treinamento de práti cas esporti vas e outras ati vidades envolvendo movimento, ou para o desenvolvimento de habilidades motoras. FINCO, M. D.; REATEGUI, E. B.; ZARO, M. A. Movimento, n.3, jul.--set. 2015.Apesar de interpretarem de forma disti nta os jogos eletrônicos, ambos os textos abordam o(a):(A) Doença como foco central.(B) Relação do jogo com o indivíduo.(C) Controle do tempo de uso do jogo.(D) Necessidade de treinamento � sico.(E) Envolvimento em práti cas coleti vas. REFERÊNCIASGADELHA, George Tawlinson Soares. Os jogos eletrônicos na educação � sica escolar: uma possibilidade na abordagem críti co-emancipatória. 2020. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.KUNZ, Elenor. Transformações didáti co-pedagógicas do esporte. Ijuí, RS: Editora Unijuí, 1994.MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, educação e educação � sica. Ijuí: Editora Unijuí, 1999.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS29BRINCADEIRAS E JOGOS PRÉ-DESPORTIVOSHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (ar� sti cas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG503I) Vivenciar diversas possibilidades de jogos, uti lizando táti cas e técnica de esportes de marca, precisão, rede/quadra, campo e taco, invasão ou territorial para empregar na elaboração de jogos cooperati vos.OBJETO DE CONHECIMENTOConhecimento teórico-práti co dos fundamentos técnicos, táti cos e das regras básicas nas práti cas corporais/ Brincadeiras e jogos pré-desporti vos.A Recreação, o Lúdico, a Brincadeira, o Brinquedo e o Jogo: Base para o Desenvolvimento de Esportes?As brincadeiras e os jogos pré-desporti vos integram um conjunto de práti cas corporais que possibilitam um trabalho educati vo anterior ao ensino dos esportes. Possui como principais vantagens o caráter de ludicidade, bem como a adaptabilidade de regras, espaços e materiais para sua realização. Conheceremos as diferenças (entre brincadeira, jogo e esporte), analisando a parti r dos jogos pré-desporti vos a produção de discursos que deles possam se produzir para desenvolver ações que envolvam equidade, empati a e respeito.Fonte: Exemplo de representação gráfi ca com as inter-relações entre brincadeira, jogo e esporte. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.Brincadeira, jogo e esporte não são a mesma coisa. Porém, apresentam importantes relações que podem ser trabalhadas pelas práti cas corporais do componente Educação Física no contexto escolar. Convém antes revisitar alguns conceitos anteriores para facilitar este entendimento:• RECREAÇÃO: É um vocabulário que apresenta certa difi culdade de conceituação, mas assim como o vocabulário “recriação” têm em comum a fonte recreare (que signifi ca tornar a criar). Talvez a melhor forma para a entender possa estar no vocabulário inglês “play” (traduzido como alegria, prazer e sati sfação naquilo que se faz). A recreação pode ser compreendida como ati vidade realizada fora do tempo de trabalho e livre das obrigações familiares, permiti ndo ações criadoras individuais e/ou coleti vas, construídas por elementos como a espontaneidade, a livre escolha, a diversão, o entretenimento, o passatempo, a distração e o lazer. As brincadeiras e os jogos materializam na práti ca sua expressão e seus bene� cios são de ordem afeti va, cultural, intelectual e social. Poder usufruir de ati vidades recreati vas signifi ca contribuir também para a melhoria da qualidade de vida ati va das pessoas em todas as idades.• LÚDICO: Seu entendimento depende do contexto em que este se encontra empregado. Vários autores/as costumam uti lizar diferentes palavras para identi fi car o lúdico, tais como brinquedo, brincadeira e jogo. Aqui o importante não é pensar o lúdico em si mesmo, mas sempre na relação que estabelece LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS30com os sujeitos, quando estes estabelecem relações com os outros. O lúdico não tem um momento e nem um lugar específi co, pois vai representar o agora. Vai se expressando na ação das pessoas em relação à liberdade de suas escolhas pela aventura, sati sfação e o querer fazer. Assim, os signos e os símbolos vão dando magia à espontaneidade, num processo de consti tuição da capacidade lúdica onde a presença do outro/a é sempre fundamental.• BRINCADEIRA: Encontra-se presente desde a origem da humanidade, como um fenômeno social que expressa a condição humana de existi r (cultural, histórica, éti ca, estéti ca e políti ca). A brincadeira é uma ati vidade espontânea e livre que não pode ser delimitada, nem tampouco possuir espaço e tempo pré-determinado, com um fi m em si mesma de aprendizagens socioculturais e que se insere no mundo real ao ser levada pelo mundo imaginário. Ela propicia saltos qualitati vos para a pessoa sobre a aprendizagem e também o seu desenvolvimento integral, indo para além do aspecto psíquico.• BRINQUEDO: É impossível precisar a origem do brinquedo, mas afi rmar que em todas as civilizações, de alguma forma, esteve sempre presente na vida dos adultos e das crianças. O uso que se faz dele terá conotações diferenciadas, em consequência das infl uências socioculturais expressas nas ações da pessoa que brinca. Pelo contexto empregado, muitas vezes é necessário substi tuir a palavra “brinquedo”, no processo de leitura e interpretação, pela palavra “jogo” e/ou “brincadeira”. Pois, este ainda pode vir a designar tanto o objeto quanto a ação de brincar, dependendo da tradução deste vocabulário. O brinquedo supõe uma relação ínti ma com a pessoa, uma indeterminação quanto ao uso na ausência de um sistema de regras que organizam sua uti lização e como alvo será residido no próprio processo e não no resultado da ação.• JOGO: Em relação ao jogo, é possível dizer que se trata de uma ideia anterior ao desenvolvimento da cultura e da sociedade porque trabalha basicamente com a função signifi cante: tudo o que diz respeito a ele possui um determinado senti do e signifi cado. E a uti lização do jogo, em senti do cultural e histórico, pode implicar em relações de funções biológicas, educacionais e sociais - por exemplo. Enquanto a brincadeira é simbólica, o jogo é funcional. Ou seja, se a brincadeira tem como característi cas ser livre e ter um fi m em si mesma, o jogo vai incluir a presença de um objeti vo fi nal a ser alcançado. Isso vai demandar para o jogo o aparecimento de regras pré-estabelecidas de relações com as regras sociais, morais e culturais existentes na sociedade. Outro fator para se perceber a diferença entre jogo e brincadeira é a ideia de oponência, do confronto entre duas ou mais pessoas que, ao mesmo tempo, lutam por um único objeto (brinquedo). É a posse do objeto que pode levarà condição objeti va fi nal (vitória).Os jogos podem apresentar ainda uma infi nidade de classifi cações, dependendo do/a autor/a consultado para facilitar sua compreensão. Quando se fala em jogos pré-desporti vos, considera-se como explicação inicial a ideia de que são jogos que vão se assemelhando às práti cas corporais esporti vas ofi ciais, mas que não possuem as mesmas regras insti tucionalizadas por federações e/ou confederações. As exigências que existem em relação ao número de parti cipantes, os modos de se jogar, os aparatos e/ou implementos a serem uti lizados e o espaço necessário para a realização deste ti po de jogo são bastante maleáveis.Assim, os jogos desporti vos situam-se como possibilidades de jogo que podem ser trabalhados de diferentes maneiras e que contribuem posteriormente para a aprendizagem dos fundamentos técnicos e táti cos dos esportes. Para exemplifi cação, observe abaixo três ati vidades que vão se apresentar em suas condições de jogabilidade como práti cas corporais de jogos pré-desporti vos. É necessário destacar aqui que estas vão se referir à especifi cidade do trabalho educati vo que perpassa por alguns dos fundamentos do futebol, do handebol e do voleibol:• Jogo: Bobinho– Descrição: Uma roda é formada com parte e/ou toda a turma e um/a estudante fi ca no centro como “bobinho”. Os/as demais estudantes fi cam trocando dribles e passes (fundamento do futebol) entre si com os pés, podendo dar somente três toques na bola antes de passá-la e sem deixar que “bobinho” toque nela. Cada vez que “bobinho” toca na bola, troca de lugar com quem perdeu a bola e este/a passa à sua condição. Se o/a estudante perde a bola para fora do círculo, também deve assumir o papel de “bobinho”.– Variação: Aumentar ou diminuir o número de toques na bola, acrescentar mais pessoas como “bobinho” e colocar mais bolas em jogo.– Recursos: Bola de futebol ou similar.• Jogo: Torre– Descrição: Coloca-se um cone sobre a mesa e demarca-se um círculo à sua volta, em tamanho que possibilite deslocamentos para todas as direções. Um/a estudante é escolhido/a para fi car dentro do círculo e proteger o cone usando braços e pernas. Outros/as três são escolhidos/as para fi car ao redor do círculo trocando passes e arremessos (fundamentos do handebol) até arremessar e derrubar o cone. Quando a bola for interceptada por quem esti ver no LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS31interior do círculo, troca de lugar com aquele/a que perdeu a posse da bola.– Variação: Podem ser colocados/as mais estudantes no interior do círculo e/ou ao seu redor, bem como acrescentar mais bolas ao jogo.– Recursos: Bola de borracha pequena, mesa (de sala de aula), cone e giz.• Jogo: Limpeza– Descrição: Duas equipes se posicionam em lados opostos à rede. Cada integrante das duas equipes, a qualquer momento em que esti ver com a bola em mãos, deverá jogá-la para o outro lado (uti lizando os fundamentos do voleibol) sempre por cima da rede. Ao comando do/a professor/a, a equipe vencedora será aquela que esti ver com o menor número de bolas no seu campo.– Variações: Colocar bolas de diferentes pesos, tamanhos e em número superior ao número de parti cipantes.– Recursos: Bolas e rede de voleibol.SAIBA MAISExplorando novos esportes na Educação Física. Disponível em . Acesso em 03/06/2022.Metodologias ati vas na Educação Física. Disponível em . Acesso em 03/06/2022. SUGESTÃO DE APRENDIZAGEMa) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, realizadas de modo adaptado, trabalhando-se brincadeiras e jogos pré-desporti vos diversos do Brasil e do mundo. Pelo texto apresentado, já foram dadas três possibilidades que podem ser realizadas com a turma, como um momento inicial. Porém, esse repertório deve ser ampliado pelo/a professor/a, a parti r dos saberes e de sua experiência profi ssional;b) Pensar na construção de um repertório comunitário de ati vidades referentes às brincadeiras e jogos pré-desporti vos, posteriormente a ser desenvolvido na unidade escolar. Cabe a realização de pesquisa orientada, investi gando possibilidades que podem se transformar em ati vidades diversas. Ex: De caráter expositi vo como a apresentação em grupos, seminários e/ou a sistemati zação da pesquisa em trabalho escrito; e teórico-práti co, por meio da realização de circuitos, festi vais e/ou torneios de jogos pré-desporti vos. MOMENTO ENEM1.(INEP - ENEM 2020) Estória de um gibi da Turma da Mônica, inti tulada Brincadeira de menino Mônica, conhecida personagem de Maurício de Sousa, passa na casa da sua melhor amiga, Magali, para convidá-la para brincar. A mãe da Magali diz que a menina está com gripe e precisa de repouso, e por isso não vai poder sair de casa. Mônica sai triste e pensati va, quando cruza com o Cebolinha e convida-o para brincar com ela de “casinha”. Ele se recusa e diz: “— Homem não blinca de casinha”, e Mônica retruca: “— Ah, Cebolinha! Que preconceito!”.Cebolinha responde: “— Pleconceito uma ova! Casinha é coisa de menina! Vou te mostlar o que é blincadeila de menino!”. Enquanto ele sai de cena, Mônica fi ca debaixo de uma árvore brincando sozinha e Cebolinha faz várias aparições com brinquedos e brincadeiras supostamente só de meninos: aparece “voando” num skate, mas cai na frente dela. Depois aparece numa bicicleta, mas bate numa pedra e cai. Aparece de pati ns, tropeça e cai. Reaparece chutando uma bola, mas a bola bate na árvore e volta acertando sua cabeça. Desanimado e desisti ndo das “suas” brincadeiras, Cebolinha aparece no últi mo quadro, ao lado da Mônica, brincando de “casinha”.OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos para o programa Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte, 2008 (adaptado).Refl eti ndo sobre as relações de gênero nas brincadeiras infanti s, a estória mostra que:(A) Meninos podem se envolver com os mesmos brinquedos e brincadeiras que meninas.(B) Meninas são mais frágeis e por isso devem se envolver em brincadeiras mais passivas.(C) Meninos são mais habilidosos do que meninas e por isso se envolvem em ati vidades diferentes.(D) Meninas tendem a reproduzir mais os estereóti pos de gênero em suas práti cas corporais do que os meninos.(E) Meninos e meninas devem se envolver em ati vidades disti ntas, como, respecti vamente, o futebol e a “casinha”.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS32REFERÊNCIASKISHIMOTO, Tizuko M. (org.) Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. São Paulo: Cortez Editora, 2007.KUNZ, Elenor. Transformações didáti co-pedagógicas do esporte. Ijuí, RS: Editora Unijuí, 1994.MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, educação e educação fí sica. Ijuí: Editora Unijuí, 1999.COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA INGLESA HABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a variedade e o esti lo de língua adequados à situação comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG401H) Elaborar um perfi l com os principais dados pessoais: (nombre[social], apellidos, apodo, gênero, edad, dirección, profesión, nacionalidad, árbol genealógico etc.) - ame, last name, nicknames, gender, age, directi ons, occupati ons, countries and nati onaliti es, family tree etc.) para simular situações de uso comunicati vo na sala de aula, uti lizando jograis de perguntas e respostas.OBJETO DE CONHECIMENTO Diálogos. Dados pessoais. Formas verbais no presente do indicati vo/simples.CLASS 01 (AULA 01)O simple present é formado pelo verbo principal no infi niti vo sem a preposição to, quando falamos de algo que acontece frequentemente.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS33● He plays soccer very well. (Ele joga futebol muito bem.)● They go to schoolin the a� ernoon. (Eles vão para a escola de tarde.)● I always read the newspaper in the morning. (Eu sempre leio o jornal de manhã.)● We generally travel to Brazil in December. (Geral-mente nós viajamos para o Brasil em dezembro.)● The sky is blue (O céu é azul) – uma verdade uni-versal.● She loves chocolate. (Ela ama chocolate.) - uma opinião/senti mento.● I want to have dinner with my father today. (Eu quero jantar com meu pai hoje) – um desejo.O simple present pode ser formado na afi rmati va, negati va e interrogati va seguindo as regras de uso explicadas abaixo:Afi rmati va: Formado pelo sujeito + verbo principal, sendo que ao ser conjugado na terceira pessoa do singular precisa do acréscimo das par� culas “s”, “ies” ou “es”.Exemplos:● She drinks a glass of milk every day. (Ela bebe um copo de leite todos os dias)● He leaves his offi ce at six o’clock. (Ele deixa o escritório dele às seis horas)● My brother likes his job very much. (Meu irmão gosta muito do emprego dele)● They want to buy a lot of magazines. (Eles querem comprar muitas revistas)● I work in a drugstore. (Eu trabalho em uma farmácia)● That boy studies a lot. (Aquele garoto estuda muito)Observação: É interessante verifi car cada verbo para saber qual par� cula usar na conjugação da terceira pessoa do singular.Negati va: Ao formar frases negati vas no simple present é necessário acrescentar o verbo auxiliar do + not (forma contraída: don’t). E no caso da terceira pessoa do singular uti liza-se does + not (forma contraída: doesn’t).Exemplos:● She doesn’t (does not) eat fruit for dessert. (Ela não come fruta na sobremesa)● My sister doesn’t (does not) know about the party. (Minha irmã não sabe sobre a festa)● We don’t (do not) want to eat pie now. (Nós não queremos comer torta agora)● I don’t (do not) understand what they say. (Eu não entendo o que eles dizem)● My mother doesn’t (does not) forget your gift . (Minha mãe não esqueceu o seu presente)● You don’t (do not) need to do your test today. (Você não precisa fazer seu teste hoje)Interrogati va: Ao formar frases interrogati vas no simple present é necessário colocar o auxiliar antes do sujeito da frase. No caso da terceira pessoa do singular será uti lizado o does.Exemplos:● Do you take your children to the doctor? (Você leva seus fi lhos ao médico?)● Do they know about this? (Eles sabem sobre isso?)● Does she go to school by bus? (Ela vai à escola de ônibus?)LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS34● What ti me do you have lunch? (A que horas você almoça?)● Does she prefer to go by car? (Ela prefere ir de carro?)● Do you know my boyfriend? (Você conhece meu namorado?).Com isso, pode-se concluir que o simple present é uti lizado, entre outras situações, para expressar fatos, ações, hábitos coti dianos, desejos e opiniões e deve ser uti lizado seguindo algumas regras básicas que formam esse tempo verbal. A atenção deve-se voltar a terceira pessoa do singular, pois conjuga-se de uma forma diferente das demais pessoas do singular.Fonte: www.infoescola.com/ingles/simplepresent/. ACTIVITIES (ATIVIDADES)1. Mark T for True or F for false:A. ( ) Alfred is an American boy. B. ( ) He lives in a modern fl at. He is eleven years old. C. ( ) He has got two brothers. D. ( ) Alfred wakes up at eight o’clock. E. ( ) He walks to school. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS35F. ( ) His classes begin at half past eight. G. ( ) Alfred and his family have dinner at half past seven. 2. Rewrite the text by replacing a roommate’s character informati on:Exemplo:3. In the text we see Alfred’s routi ne, how is your routi ne? Use the text as a model and describe your routi ne. Exemplo: He starts his day at about half past seven. - fi ca - I start my day at six in the morning. Você também pode postar sua roti na no mural da turma usando o qr code.Não esqueça de se identi fi car e a sua escola. 4. Change the sentences to the negati ve form.A. He starts his day at about half past seven. B. He has breakfast at a quarter to eight.C. He is eleven years old.5. Change the sentences to the interrogati ve form.A. He starts his day at about half past seven. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS36B. He has breakfast at a quarter to eight.C. He is eleven years old.CLASS 02 (AULA 02)HABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a variedade e o esti lo de língua adequados à situação comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG401H) Elaborar um perfi l com os principais dados pessoais: (nombre[social], apellidos, apodo, gênero, edad, dirección, profesión, nacionalidad, árbol genealógico etc.) - ame, last name, nicknames, gender, age, directi ons, occupati ons, countries and nati onaliti es, family tree etc.) para simular situações de uso comunicati vo na sala de aula, uti lizando jograis de perguntas e respostas.OBJETO DE CONHECIMENTO Diálogos. Dados pessoais. Formas verbais no presente do indicati vo/simples. SOCIAL MEDIA VOCABULARYProfi le can also mean: ● concise, informal informati on about someone’s life.● set of psychological traits or skills that make someone suitable for a certain post, charge or responsibility.ACTIVITIES (ATIVIDADES)Read the following profi le and answer:1. Answer the questi ons:A. Whose profi le is displayed? LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS37B. What he does?C. What is his passion?D. What does he believe?2. Mark the correct alternati ve:A. ( ) Teddy é um criador de problemas criati vo e gosta de ter ideias novas e inovadoras.B. ( ) Teddy é um solucionador de problemas criati vo, mas não gosta de ter ideias novas e inovadoras.C. ( ) Teddy é um solucionador de problemas criati vo e gosto de ter ideias novas e inovadoras.D. ( ) Teddy é um solucionador de problemas pouco criati vo e sem ter ideias novas e inovadoras.E. ( ) Teddy é um solucionador de problemas criati vo e sem ideias novas e inovadoras.3. Now it is your turn! Write your profi le answering the questi ons:A. What’s your full name?B. Do you have a nickname you’d like to use on your profi le instead of your name?3.1 Describe yourself: C. Who are you? (use adjecti ves)D. How old are you?E. Where are you from?F. What sports do you like?G. Do you have any hobbies?Você também pode postar suas respostas no mural da turma usando o qrcode. Não esqueça de se identi fi car e a sua escola. CLASS 03 (AULA 03)HABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a variedade e o esti lo de língua adequados à situação comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG401G) Analisar o fenômeno da variação linguísti ca, em seus diferentes níveis (variações fonéti co-fonológica, lexical, sintáti ca, semânti ca e esti lísti co-pragmáti ca) e em suas diferentes dimensões regional, histórica, social, situacional, ocupacional, etária etc.), examinando discursos que circulam em textos de variados gêneros e diferentes ti pologias para ampliar a compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da consti tuição de variedades linguísti cas de pres� gio e esti gmati zadas, fundamentar o respeito às variedades linguísti cas e o combate a preconceitos lingüísti cos.OBJETO DE CONHECIMENTO Sequências descriti vas, explicati vas e instrucionais. Adjeti vos no grau superlati vo. Verbos na terceira pessoa do presente simples.Pronomes.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS38ACTIVITIES (ATIVIDADES)Fonte:h� ps://www.fodors.com/world/europe/england/London.1. Mark the correct alternati ve: A. ( ) A história e a tradição estão longe de cada esquina de Londres; é tambémuma das cidades mais legais e modernas do mundo..B. ( ) A história e a tradição o cumprimentam a cada esquina de Londres; é também uma das cidades mais estranhas e anti gas do mundo.C. ( ) A história e a tradição o cumprimentam a cada esquina de Londres; é também uma das cidades mais chatas e modernas do mundo..D. ( ) A história e a tradição o cumprimentam a cada esquina de Londres; é também uma das cidades mais legais e modernas do mundo.E. ( ) A história e a tradição o se afastam de nós a cada esquina de Londres; é também uma das cidades mais anti gas e do mundo.2. According to the text, why do people go to London? 3. The text introduces us to the city of London. Now it is your turn! Answer the questi ons to introduce your city:(A) Is your city a young city or an old city?LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS39(B) Is your city modern or traditi onal?(C) Does your city have important or historical sites? Which?(D) Does your city have spaces for leisure such as squares, parks, nearby waterfalls?(E) What do you think is missing in your city?(F) What do you like most about your city?Você também pode postar suas respostas no mural da turma usando o qr code. Não esqueça de se identi fi car e a sua escola. CLASS 04 (AULA 04)HABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a variedade e o esti lo de língua adequados à situação comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG401G) Analisar o fenômeno da variação linguísti ca, em seus diferentes níveis (variações fonéti co-fonológica, lexical, sintáti ca, semânti ca e esti lísti co-pragmáti ca) e em suas diferentes dimensões regional, histórica, social, situacional, ocupacional, etária etc.), examinando discursos que circulam em textos de variados gêneros e diferentes ti pologias para ampliar a compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da consti tuição de variedades linguísti cas de pres� gio e esti gmati zadas, fundamentar o respeito às variedades linguísti cas e o combate a preconceitos linguísti cos.OBJETO DE CONHECIMENTO Estar + gerúndio. Advérbios de frequência e intensidade. Present Conti nuous ou Present Progressive (em português, presente con� nuo ou progressivo)Ele é empregado para falar sobre situações temporárias, ações con� nuas que estão acontecendo.Formação do Present Conti nuousO Present Conti nuous é composto por um verbo principal e um verbo auxiliar.Uti liza-se o verbo to be no Simple Present (presente simples) como auxiliar e ao verbo principal, é acrescida a terminação –ing.Ou seja, na construção frasal esse tempo verbal segue o seguinte padrão de formação:LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS40Sujeito + verbo to be + verbo com -ing + complementoExemplo:She is watching TV. (Ela está assisti ndo TV.)Forma Negati va do Present Conti nuousNa forma negati va, acrescenta-se o not depois do verbo to be, ou seja, a construção das frases negati vas é feita da seguinte forma:Sujeito + verbo to be + not + verbo com -ing + complementoExemplo:She is not watching TV. (Ela não está assisti ndo TV.)Forma Interrogati va do Present Conti nuousNa forma interrogati va, o verbo auxiliar to be aparece no início da frase. O padrão da estrutura das frases interrogati vas é o seguinte:Verbo to be + sujeito + verbo com -ing + complementoExemplo:Is she watching TV? (Ela está assisti ndo TV?)Exemplos com do Present Conti nuous● Forma afi rmati va (affi rmati ve form): They are studying for the test. (Eles estão estudando para o teste.)● Forma negati va (negati ve form): They are not studying for the test. (Eles não estão estudando para o teste.)● Forma interrogati va (interrogati ve form): Are they studying for the test? (Eles estão estudando para o teste?)Atenção! (Pay Att enti on!)Não é muito comum usar verbos de estado, como por exemplo, os verbos agree (concordar), need (precisar), believe (acreditar), know (saber), like (gostar), etc. no Present Conti nuous. ACTIVITIES (ATIVIDADES)1. Describe the acti on of the image using the verb indicated in the present conti nuous.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS412. Read the text:Doing tourism in Goiânia..Goiania has several places to visit.1. Parque Flamboyant: A very beauti ful and well-kept place, with many people walking, cycling, running and walking dogs.2. Parque Vaca Brava: The park is not big but it is very beauti ful and well maintained with a lake in the center and a lot of green area, great I see many people walking or just sitti ng on the grass and watching the lake.3. Feira da Lua: There are many people’s stalls selling clothes and accessories, there are also many food stalls, skewers, pastry, pamonha, janti nha, yakissoba, broths, savory pies, sweet pies and others. This fair is too big to go through it all and you get ti red, but it’s worth spending the a� ernoon here.Adaptado de: h� ps://www.tripadvisor.com.br/A� racti ons-g-303324-Acti viti es-Goiania_State_of_Goias.html2. What you can do at:A. Parque Flamboyant:B. Parque Vaca Brava:C. Feira da Lua:3. Turn the sentences into the negati ve form:A. In Flamboyant Park a lot of people are walking.B. In Flamboyant Park a lot of people are riding their bikes.C. I see many people walking or just sitti ng on the grass and watching the lake.D. There are many people’s stalls selling clothes and accessories.3. Turn the sentences into the interrogati ve form:E. In Flamboyant Park a lot of people are walking.F. In Flamboyant Park a lot of people are riding their bikes.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS42G. I see many people walking or just sitti ng on the grass and watching the lake.H. There are many people’s stalls selling clothes and accessories.CLASS 06 (AULA 06)HABILIDADES E S PECÍFICA(EM13LGG40 1) Empregar nas interações sociais, a variedade e o esti lo de língua adequados à situação comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG401G) Analisar o fenômeno da variação linguísti ca, em seus diferentes níveis (variações fonéti co-fonológica, lexical, sintáti ca, semânti ca e esti lísti co-pragmáti ca) e em suas diferentes dimensões regional, histórica, social, situacional, ocupacional, etária etc.), examinando discursos que circulam em textos de variados gêneros e diferentes ti pologias para ampliar a compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da consti tuição de variedades linguísti cas de pres� gio e esti gmati zadas, fundamentar o respeito às variedades linguísti cas e o combate a preconceitos linguísti cos.OBJETOS DE CONHECIMENTO Uso dos adverbs of frequency, auxiliares e/ou modais, os adverbs of frequency: frequently, generally, normally, occasionally, someti mes, never, always, rarely, usually. Pode-se falar de frequência no passado, no presente e no futuro. Bastante usados na roti na, porque indicam quais ações prati camos mais ou menos vezes, eles mostram a intensidade dessas ações relati vas ao trabalho, à vida domésti ca, aos gostos pessoais, às ati vidades � sicas, aos hábitos recentes etc.Para tempos e orações compostos pelos verbos auxiliares e/ou modais, os adverbs of frequency fi cam entre o verbo auxiliar/modal e o verbo principal. Alguns também podem aparecer tanto no início quanto no fi nal da oração, são eles: frequently, generally, normally, occasionally, someti mes.Observe alguns exemplos:→ Antes do verbo principal● They never follow the instructi ons.(Eles nunca seguem as instruções.)● She always goes home by bus.(Ela sempre volta para casa de ônibus.)● We rarely watch the news.(Nós raramente assisti mos às no� cias.)→ Depois do verbo tobe● I am usually full of energy a� er a cup of coff ee.(Eu normalmente me sinto muito cheio de energia depois de uma xícara de café.)● He is always sick during winter.(Ele está sempre doente durante o inverno.)→ Depois do verbo auxiliar will● We will always remember that summer.(Nós sempre nos lembraremos daquele verão.)→ Depois do verbo auxiliar does (negati vo)● It doesn’t o� en rain all day long.(Não chove frequentemente o dia todo.)→ Depois do verbo modal can● He can never fi nd his glasses.(Ele nunca consegue achar seus óculos.)LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS43→ Início de frase● Normally, I wake up before everyone in the house.(Normalmente, eu acordo antes de todos na casa.)→ Final de frase● They pay in cash occasionally.(Eles pagam em dinheiro ocasionalmente.) ACTIVITIES (ATIVIDADES)1. Read the text:Fonte:https://www.canva.com/design/DAFgAhiKqd0/7vlMO-e_1UCiz9voXmvkpTg/view?utm_content=DAFgAhiKqd0&utm_campaign=share_your_design&utm_medium=link&utm_sour-ce=shareyourdesignpanel.1. Mark the correct alternati ve: A. ( ) Maria normalmente caminha no Parque Flamboyant.B. ( ) Sérgio corre duas vezes por semana.C. ( ) Pedro sempre compra pamonha na Feira da Lua..D. ( ) João gosta de museus.E. ( ) Ana nem sempre vai para a biblioteca do Setor Universitário.2. Responda as perguntas abaixo:Obs.: Uti lize os advérbios de frequência.A. How o� en do you get up early?B. How o� en do you have breakfast in bed?C. How o� en do you have lunch at home?D. How o� en do you take a cold shower?E. How o� en do you read a newspaper?F. How o� en do you go to the bed late?G. How o� en do you study at home?H. How o� en do you help at home?I. How o� en do you have beans at lunch?J. How o� en do you go to school by bus?K. How o� en do you study English?L. How o� en do you practi ce exercises?LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS44M. How o� en do you drink coff ee? N. How o� en do you take shower?Você também pode postar suas respostas no mural da turma usando o qr code. Não esqueça de se identi fi car e a sua escola. ANEXO 01 - LIST OF IRREGULAR VERBSFonte:h� ps://www.vocabularypage.com/2017/02/list-of-irregular-verbs.html.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS45REFERÊNCIASImagens adaptadas de: https://www.canva. com/design/DAFhIuTNzYI/EDoyCDfR6C35uUbFlF36cw/view?utm_content=DA-FhIuTNzYI&utm_campaign=designshare&utm_me-dium=link&utm_source=publishsharelink.h� ps://www.canva.com/design/DAFgAhiKqd0/7vl-MOe_1UCiz9voXmvkpTg/view?utm_content=DAF-gAhiKqd0&utm_campaign=designshare&utm_me-dium=link&utm_source=publishsharelink.https://www.canva.com/design/DAFcEVuvNyQ/kCl9xQbjT3O9geJxQEqdIA/view?utm_content=DAF-cEVuvNyQ&utm_campaign=designshare&utm_me-dium=link&utm_source=publishsharelink.Sites educacionaisDisponível em : https://brasilescola.uol.com.br/ingles/simple-present.htm 01/03/2023.disponível em : h� ps://www.todamateria.com.br/simple-present/ 01/03/2023.disponível em : https://brasilescola.uol.com.br/ingles/adverbs-of-frequency.htm 03/03/2023.disponível em : https://www.infoescola.com/portugues/verbos-auxiliares-portugues/ 03/03/2023.disponível em : h� ps://mundoeducacao.uol.com.br/ingles/present-conti nuous.htm 10/03/2023.disponível em : h� ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/ingles/present-conti nuous 12/03/2023.disponível em : https://www.infoescola.com/ingles/presente-conti nuo-present-conti nuous/ 12/03/2023.Gramáti cas e dicionários: MURPHY, Raymond. English Grammar in Use (with answers). Second Editi on. Great Britain: Cambridge University Press, 1994.OXFORD advanced learner’s dicti onary. Oxford: Oxford University Press, 2004.WELLS, John. Longman pronunciati on dicti onary. Harlow, Essex: Pearson Educati on Ltd., 2008.EASTWOOD, J. Oxford Practi ce Grammar. China: Oxford University Press, 2001.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS46COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESAHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LP21) Produzir, de forma colaborati va, e socializar playlists comentadas de preferências culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, ezines ou publicações afi ns que divulguem, comentem e avaliem músicas, games, séries, fi lmes, quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de dança etc., de forma a comparti lhar gostos, identi fi car afi nidades, fomentar comunidades etc.(EM13LP24) Analisar formas não insti tucionalizadas de parti cipação social, sobretudo as vinculadas a manifestações ar� sti cas, produções culturais, intervenções urbanas e formas de expressão � pica das culturas juvenis que pretendam expor uma problemáti ca ou promover uma refl exão/ação, posicionando-se em relação a essas produções e manifestações.(EM13LP54) Criar obras autorais, em diferentes gêneros e mídias mediante seleção e apropriação de recursos textuais e expressivos do repertório ar� sti co, e/ou produções derivadas (paródias, esti lizações, fanfi cs, fanclipes etc.), como forma de dialogar críti ca e/ou subjeti vamente com o texto literário. (EM13LP47) Parti cipar de eventos (saraus, competi ções orais, audições, mostras, festi vais, feiras culturais e literárias, rodas e clubes de leitura, cooperati vas culturais, jograis, repentes, slams etc.), inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas, contos e suas variedades, roteiros e micro roteiros, videominutos, playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de outros, inserindo-se nas diferentes práti cas culturais de seu tempo.(EM13LP21) Produzir, de forma colaborati va, e socializar playlists comentadas de preferências culturais e de entretenimento, revistas culturais, fanzines, ezines ou publicações afi ns que divulguem, comentem e avaliem músicas, games, séries, fi lmes, quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de dança etc., de forma a comparti lhar gostos, identi fi car afi nidades, fomentar comunidades etc.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG204A) Disti nguir o texto literário e não-literário, usando as fi guras de linguagem, seus efeitos de senti do e a manifestação nos diversos contextos culturais para construir uma perspecti va estéti ca e éti ca sobre indivíduo, cultura e sociedade.(GO-EMLP21A) Produzir playlists, fazendo uso dos recursos expressivos linguísti cos, paralinguísti cos, e da ferramenta de edição de som inseridos no contexto de produção, circulação e recepção para enriquecer a competência e os letramentos digitais e potencializar o interesse e o protagonismo.(GO-EMLP24A) Interpretar a presença das manifestações literárias populares como obras de historicidade e atemporalidade importantes para a formação humana e construção do seu meio social, valorizando as diversas produções literárias regional e global para engajar-se em processos signifi cati vos de socialização e divulgação dos produtos culturais.(GO-EMLP54A) Avaliar obras do repertório ar� sti co-literário contemporâneo nacional e regional de acordo com as preferências individuais, formando uma coleção pessoal para intervir de forma autônoma e críti ca, nas plataformas digitais.(GO-EMLP47A) Uti lizar, de forma comparti lhada, práti cas culturais e sociais de diferentes temáti cas sustentadas em meios digitais atualmente existentes (aplicati vos de som e imagem para smartphones e notebooks), ressaltando a parti cipação cultural coleti va, para moti var a práti ca da inserção do indivíduo na criação críti co-social. (GO-EMLP21A) Produzir playlists, fazendo uso dos recursos expressivos linguísti cos, paralinguísti cos, e da ferramenta de edição de som inseridos no contexto de produção, circulação e recepção para enriquecer a competência e os letramentos digitais e potencializar o interesse e o protagonismo.OBJETO DE CONHECIMENTOLinguagem - Entonação expressiva e recursos linguísti cos. Formas de refutação. Citação do discurso do outro. As marcas linguísti cas e a coesão. Recursos argumentati vos. Marcadores do tempo e do eixoda verdade. Unidades mínimas da Libras. Uso de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.). Sistemas de linguagem. Forma de composição do texto, coesão e arti culadores e progressão temáti ca. Estratégia de leitura: apreender os senti dos globais do texto. Relação entre textos. Elementos da linguagem teatral e da música. Práti cas musicais envolvendo: composição e arranjo, uso de samplers, manipulação sonora, produção de trilhas sonoras e sonoplasti a, observando elementos signifi cati vos da cultura juvenil. Literatura na Língua Portuguesa. Produções avaliati vas com o uso da língua. Gêneros discursivos digitais na Língua Portuguesa. Uso de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.). Sistemas de linguagem. Forma de composição do texto, coesão e arti culadores e progressão temáti ca. Estratégia de leitura: apreender os senti dos globais do texto. Relação entre textos. Efeitos de senti do.temáti ca. Estratégia de leitura: apreender os senti dos globais do texto. Relação entre textos. Elementos da linguagem teatral e da música. Práti cas musicais envolvendo: composição e arranjo, uso de samplers, manipulação sonora, produção de trilhas sonoras e sonoplasti a, observando elementos signifi cati vos da cultura juvenil. Literatura na Língua Portuguesa.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS47Produções avaliati vas com o uso da língua. Gêneros discursivos digitais na Língua Portuguesa. Uso de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.). Sistemas de linguagem. Forma de composição do texto, coesão e arti culadores e progressão temáti ca. Estratégia de leitura: apreender os senti dos globais do texto. Relação entre textos. Efeitos de senti do.CAPÍTULO 1 - POEMAS, SERMÕES E CANÇÕESPoemaPoema é um texto literário escrito em versos, que são distribuídos em estrofes. Pode ser narrati vo, dramáti co ou lírico. E, estruturalmente, ele se opõe à prosa, já que ela não admite versos.Com relação às diferenças entre poema e poesia, o poema se refere a uma estrutura textual, enquanto a poesia está relacionada ao conteúdo do texto.Poema uti liza as palavras como matéria-prima, organizando-as em versos, estrofes ou prosa, ou seja, apresenta uma estrutura que permite defi nilo como gênero. A palavra poema é derivada do verbo grego poein, que signifi ca “fazer, criar, compor”.Exemplo:Gregório de Matos GuerraO todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo sendo parte, Não se diga que é parte. SermãoSermão (prédica ou pregação) é um discurso opinati vo e religioso com intuito de convencer a audiência a respeito de uma determinada conduta ou moral por meio da contundência retórica das ideias, do discurso de autoridade sustentado em uma obra ou em dogmas religiosos e da eloquência do religioso que o profere. Normalmente, envolve temas bíblicos, religiosos, teológicos ou morais e é dividido estruturalmente em exposição, exortação e aplicação práti ca.Exemplo:Sermão da Sexagésima (fragmento).Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, háde haver três concursos: háde concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; háde concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; há-de concorrer Deus com a graça, alumiando.CançãoTrata-se de uma composição musical para ser cantado, o que envolve, necessariamente, uma preocupação com o ritmo, a seleção de palavras, a rima, enfi m, com a musicalidade das palavras.Os gêneros textuais (poema e canção) trabalham com recursos expressivos, com a linguagem poéti ca, apoiam-se em métrica fi xa ou não, em rimas regulares ou não, mas tem no ritmo a sua marca essencial, tem modos de organização do discurso parecidos e visam a causar prazer estéti co.O ritmo é muito ligado à música, aos instrumentos, aos arranjos etc. Muitas vezes, a nossa leitura “muda” quando ouvimos a música da canção que analisamos em sala de aula.Os gêneros textuais poema e canção são bastante semelhantes. Ambos têm como objeti vo fazer da língua o instrumento ar� sti co capaz de tocar a sensibilidade do desti natário. São similares também quanto ao formato, pois são consti tuídos de versos, agrupados em estrofes e se caracterizam pelo ritmo. Assim, ambos os gêneros textuais (poema e canção) trabalham com recursos expressivos, com a linguagem poéti ca, apoiam-se em métrica fi xa ou não, em rimas regulares ou não, mas têm no ritmo a sua marca essencial e visam a causar prazer estéti co.Esse gênero textual está totalmente presente no nosso dia a dia, e podemos perceber que são vários os efeitos e sensações que a canção causa nas pessoas que tem a sensibilidade de apreciá-las.ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMQuestão 01 - Leia o texto disponível em: .A parti r do texto, faça um comentário sobre o tema desenvolvido pelo Padre Antônio Vieira no Sermão da Sexagésima.TEXTO: - Comuns às questões: 2, 3Uma planta é perturbada na sua sesta* pelo exército que a pisa.Mas mais frágil fi ca a bota.Gonçalo M. TavaresQuestão 02 - (FUVEST SP)Considerando que se trata de um texto literário, uma interpretação que seja capaz de captar a sua complexidade abordará o poema comoLINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS48a) uma defesa da natureza.b) um ataque às forças armadas.c) uma defesa dos direitos humanos.d) uma defesa da resistência civil.e) um ataque à passividade.Questão 03 - (FUVEST SP)O ditado popular que se relaciona melhor com o poema é:a) Para bom entendedor, meia palavra basta.b) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.c) Quem com ferro fere, com ferro será ferido.d) Um dia é da caça, o outro é do caçador.e) Uma andorinha só não faz verão.POEMAO gênero lírico originou-se na Grécia Anti ga, época em que a manifestação poéti ca era apresentada ao público oralmente, em forma de canto, o qual era acompanhado por um instrumento musical chamado lira. Sua manifestação em forma de canto perdura até o fi nal da Idade Média, momento a parti r do qual o gênero lírico passa a ter na palavra escrita seu principal meio de composição e de difusão.Esse registro no papel contribuiu para que cada vez mais os poetas experimentassem formas mais sofi sti cadas de composição, como o uso da métrica, a construção de rimas, a seleção vocabular e a disposição das palavras no espaço gráfi co. Essas característi cas, porém, isoladamente, não defi nem o gênero lírico, que também apresenta como traço principal a manifestação da subjeti vidade.Característi cas do gênero lírico• Eu líricoComo uma das principais característi cas do gênero lírico é a manifestação da subjeti vidade, ou seja, a manifestação de aspectos ligados à interioridade de um sujeito, dá-se o nome de eu lírico à voz que se expressa no poema. No entanto, há que se atentar para o fato de que o eu lírico não necessariamente corresponde à voz do poeta, afi nal, ele pode materializar em seu poema um eu lírico disti nto de seu eu biográfi co.O poeta português Fernando Pessoa, por exemplo, tornou-se famoso pelos heterônimos que criou, o que fez com que sua obra expressasse vozes poéti cas disti ntas de sua personalidade. Assim, é possível que um poeta com uma identi dade masculina crie em seu poema um eu lírico com identi dade feminina, ou vice e versa, bem como um poeta adulto pode expressar a voz poéti ca de uma criança ou a de um ser inanimado.• Versos/metrifi caçãoVerso é o nome atribuído a uma sucessão de sílabas ou fonemas que formam uma unidade rítmica e melódica correspondente a uma linha do poema. Metrifi cação ou métrica, por sua vez, é o nome que se dá à medida de um verso, que é defi nida pelo número de sílabas poéti cas.Para determinar-se a medida de um verso,divide-se o verso em sílabas poéti cas, procedimento que recebe o nome de escansão. Nesse procedimento, que é diferente da divisão silábica gramati cal, as vogais átonas são agrupadas em uma única sílaba, sendo que a contagem das sílabas deve ser feita até a últi ma sílaba tônica.• EstrofesEstrofe é o nome dado ao agrupamento de versos em um poema. Como o número de versos em cada estrofe pode variar, a depender da quanti dade, as estrofes podem ser denominadas da seguinte forma:Dísti co: dois versos Terceto: três versosQuarteto ou quadra: quatro versos Quinti lha: cinco versosSexteto ou sexti lha: seis versos Séti ma ou septi lha: sete versos Oitava: oito versosNona: nove versos Décima: dez versos• RimasNomeia-se rima o recurso musical baseado na semelhança sonora das palavras situadas ou no fi nal ou no interior dos versos. Classifi cam-se como rimas interpoladas (ABBA), alternadas (ABAB) e emparelhadas (AABB) as que são compostas no fi nal dos versos.• LinguagemNo gênero lírico, normalmente é uti lizada a linguagem conotati va, ou seja, quando as palavras empregadas estão em seu senti do fi gurado, em seu senti do poéti co. Assim, o poeta tende a alterar o senti do de palavras cristalizadas no coti diano para atribuir-lhe um senti do mais amplo. O leitor, por sua vez, vê-se, no movimento de leitura e de interpretação, como alguém que precisa decodifi car as palavras presentes no poema para além de seu senti do denotati vo, tendo como auxílio o contexto em que cada vocábulo aparece.No gênero lírico, o uso das fi guras de linguagem, como a aliteração (repeti ção de consoante), a assonância (repeti ção de vogal) e o paralelismo (repeti ção de frases e orações), contribui para o alcance da linguagem poéti ca.Tipos de poemas Soneto: forma fi xa consti tuída por duas estrofes com quarto versos e por duas estrofes com três versos.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS49 Balada: poema consti tuído por três estrofes com oito versos e uma estrofe com quatro versos. Rondó: poema consti tuído só por estrofes de quatro versos, ou por estrofes de quatro versos combinadas com estrofes de oito versos. Haicai: poema japonês composto por três versos, sendo que o primeiro verso tem cinco sílabas poéti cas, o segundo tem sete, e o terceiro tem cinco. Ode: de origem grega, designa um poema entusiásti co, de exaltação, signifi cando o mesmo que “canto”. Estrutura-se, geralmente, em estrofes de quatro versos. Tem como temáti ca assuntos ligados à natureza. Hino: poema desti nado a glorifi car a pátria ou louvar enti dades religiosas. Estrutura semelhante à da ode. Écloga: poema que apresenta diálogo sobre temas bucólicos e pastoris. Idílio: poema curto de caráter bucólico, pastoril. Difere-se da écloga por não apresentar diálogo. Elegia: poema que trata de acontecimentos tristes ou da morte de alguém. Sáti ra: poema que censura os defeitos humanos, evidenciando o ridículo de determinada situação. Vilancete: poema consti tuído só por uma estrofe de quatro versos, ou estrofes de quatro versos combinadas com estrofes com oito versos. Epitalâmio: poema composto em homenagem às núpcias de alguém.Ao som do instrumento musical lira, os poetas gregos cantavam seus poemas, o que deu origem ao gênero lírico.ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMQuestão 1 - (UFU)“Amar é um elo entre o azul e o amarelo.”LEMINSKI, Paulo. La vie en close. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.p.126.Com base na leitura do poema, assinale a afi rmati va que NÃO se aplica à poesia de Paulo Leminski conti da em La vie em close.a) Observa-se o emprego do haicai, tomado à tradição literária japonesa, evidenciando o gosto pelo poema breve.b) Nota-se a predominância do eixo sintagmáti co sobre o paradigmáti co, conferindo ao poema um caráter mais discursivo.c) Destaca-se a preferência pelo trocadilho e pelo jogo de palavras, marcados por efeitos de surpresa e condensação.d) Ressalta-se, em relação ao signo verbal, a exploração dos signifi cantes, vistos em relati va autonomia quanto aos signifi cados.Questão 2 - (UFU) Em geral, a lírica é vista como o gênero que se caracteriza por expressar senti mentos e ideias ínti mas de um sujeito poéti co. A poesia lírica seria, então, marcada sobretudo pela subjeti vidade, privilegiando o mundo interior em face ao mundo exterior.Assinale a alternati va em que o fragmento do poema NÃO apresenta um eu lírico correspondente ao que foi descrito.a) “Mundo mundo vasto mundo,/ se eu me chamasse Raimundo/ seria uma rima, não seria uma solução./ Mundo mundo vasto mundo,/ mais vasto é meu coração.” (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia)b) “É mineral o papel/ onde escrever/ o verso; [...] É mineral, por fi m,/ qualquer livro:/ que é mineral a palavra escrita, a fria natureza/ da palavra escrita.” (MELO NETO, João Cabral de. Psicologia da composição)c) “Em que lugar fi cou/ o que agora/ me faz falta/ o que não sei/ nem mais o nome/ o que antes foi tão querido/ [...] cercado por minha pele/ feito eu mesmo?” (FREITAS FILHO, Armando. Longa vida)d) “Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho/ [...] Nem ama duas vezes a mesma mulher. [...] Ainda não estamos habituados com o mundo/ Nascer é muito comprido.” (MENDES, Murilo. In: Os quatro elementos)A POESIA BARROCAEmbora ainda infl uenciada pelos modelos literários portugueses, a literatura brasileira começava a receber a contribuição dos primeiros escritores nascidos na colônia, surgindo, portanto, o senti mento LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS50nati vista, isto é, o senti mento de valorização da terra natal. As origens do Barroco confundem-se com as origens da nossa própria literatura: os escritores desse período, atentos à condição subalterna da colônia ante Portugal, fi zeram da literatura um instrumento para denunciar uma realidade de violência, de exploração, escravização dos negros e perseguição dos índios, na tentati va de combater a mentalidade colonialista e moralizar a população por meio de princípios religiosos. Desse período, além de Gregório de Matos, destacam-se o Pe. Antônio Vieira, Bento Teixeira (autor de Prosopopeia, obra considerada o marco inicial do Barroco brasileiro), Botelho de Oliveira, Frei Itaparica, Sebasti ão da Rocha Pita e Nuno Marques Pereira.Entre as principais característi cas da prosa e da poesia barroca estão o interesse por temas religiosos, os dualismos que bem representam o confl ito espiritual do homem barroco, emprego de fi guras de linguagem e, sobretudo, emprego de uma linguagem requintada – essas duas últi mas característi cas podem ser mais bem observadas a parti r da análise do culti smo e do concepti smo. No culti smo, também conhecido como gongorismo, há o uso excessivo de fi guras de linguagem e jogo de palavras, recursos literários que ti nham como objeti vo evidenciar a habilidade verbal do escritor, deixando, dessa maneira, a representação da realidade em segundo plano. Ocorreu, principalmente, na poesia.O concepti smo, ou Quevedismo, caracteriza-se pelo jogo de ideias, buscando, ao contrário do culti smo, a concisão e a ordem para convencer por meio do raciocínio, sem, portanto, prejuízo de senti dos. Manifesta-se preponderantemente na prosa, embora existam registros também na poesia.Vale ressaltar que em um mesmo texto ou poema podem estar presentes culti smo e concepti smo, haja vista que ambos consti tuem tendências Inter infl uentes. Em alguns casos, são tênues as fronteiras que separam esses esti los.O Barroco, muito mais do que uma manifestação literária, é uma manifestação ar� sti ca que encontrou representantes também na música (o nascimento da ópera), na arquitetura (observa-se forte adesão ao esti lo na construção de igrejas) e nas artes plásti cas (destaque para as esculturas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho). Em cada uma dessas manifestações, podem ser observadas diferentes maneiras deexpressar a dualidade do homem barroco, além de sua tentati va de fundir valores contraditórios, como o gosto pelo profano, interesse pelas coisas terrenas e, contraditoriamente, interesse pelo sagradGregório de Matos Guerra foi advogado e poeta. Sua obra inclui poesia lírica, sacra, sa� rica e eróti ca. Ganhou maior destaque por suas produções sa� ricas, ganhando o apelido de “Boca do Inferno” e “Boca de Brasa”. Nasceu em 23 de dezembro de 1636 em Salvador, Bahia. Seu pai era um fi dalgo português e sua mãe baiana. Estudou Humanidades no Colégio da Companhia de Jesus e depois foi para a Universidade de Coimbra cursar Direito.A poesia barroca tem como principal expoente Gregório de Matos.A Sua tese de doutoramento foi toda escrita em lati m e encontra-se na Biblioteca Nacional. Em 1661 já estava formado e casado, sendo nomeado juiz em Alcácer do Sal, no Alentejo. Nessa época escreveu o poema sa� rico “Marinícolas”. Seus poemas líricos e religiosos traziam infl uências do barroco espanhol.Gregório não se adaptou à vida na metrópole. Insati sfeito, preferiu voltar à sua terra natal. Em 1683 retornou para Salvador e foi nomeado procurador da cidade, junto à corte portuguesa. Chegou a receber do primeiro arcebispo, D. Gaspar Barata, os cargos de vigário geral e de tesoureiromor, mas foi deposto por não querer completar as ordens eclesiásti cas.Ficou viúvo e casou-se novamente, com Maria de Povos. Passou a viver de maneira modesta, até fi car reduzido à miséria; mergulhado na boemia e escrevendo poesias que sati rizavam sem compostura toda a sociedade baiana.Gregório de Matos considerava-se repreensor e víti ma da própria sociedade.Em 1685, o promotor eclesiásti co da Bahia denunciou os seus costumes livres diretamente ao tribunal da inquisição. Foi acusado de diversas coisas, como difamação de Jesus Cristo e de não mostrar a devida reverência, ti rando o barrete da cabeça ao passar por uma procissão. As acusações indignaram o poeta e seus admiradores, e não ti veram seguimento.Como não havia imprensa no Brasil Colônia, seus poemas circulavam em manuscritos de mão em mão e nas rodas de conversa, contados de forma oral.Após críti cas violentas direcionadas às autoridades baianas, em 1694 foi degredado para Angola. Advogou durante um tempo em Luanda e em 1695 recebeu permissão para voltar ao Brasil, mas não para a Bahia. Foi direcionado para Pernambuco, na cidade do Recife. Lá residiu e conseguiu fazer-se mais querido do que na Bahia.Gregório de Matos, o Boca do Inferno, faleceu no Recife no dia 26 de novembro de 1695, reconciliado como bom cristão e sem nenhuma publicação feita em vida. Afrânio Peixoto reuniu a totalidade de sua obra em seis volumes, que foram publicados no Rio de Janeiro pela Academia Brasileira de Letras, entre 1923 e 1933.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS51Obras:• Obras de Gregório de Matos, 1923-1933• Vol. I, Sacra• Vol. II, Lírica• Vol. III, Graciosa• Vols. IV e V, Sa� rica• Vol. VI, Últi ma• Obras Completas de Gregório de Matos, 7 vo-lumes, 1968• Gregório de Matos - Obras Completas, 1945ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMQuestão 01 – Ouça-o o video no link h� ps:// ti nyurl.com/GPMDGO-LPD112. Sinteti ze o tema e identi fi que uma característi ca barroca. Anote em seu caderno.Questão 2 e 3 Leia o texto para responder as questões: 02 e 03Inconstâncias dos bens do mundoGregório de Matos Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em con� nuas tristezas a alegria.Porém, se acaba o Sol, por que nascia?Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfi gura?Como o gosto da pena assim se fi a?Mas no Sol, e na Luz falte a fi rmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza.Começa o mundo enfi m pela ignorância, E tem qualquer dos bens por naturezaA fi rmeza somente na inconstância.Disponível em h� ps://ti nyurl.com/p� 3yga. Acesso em: 25.10.23Questão 02 - (ETEC SP)Gregório de Matos, conhecido como o primeiro poeta brasileiro, fez parte do período de produção ar� sti ca brasileiro chamado Barroco. Uma característi ca muito presente nesse período é a dualidade, transposta para o poema do autor por meio da fi gura de linguagem paradoxo.Assinale a alternati va em que há o verso que corresponde a essa fi gura de linguagem.a) “Como a beleza assim se transfi gura?”b) “Como o gosto da pena assim se fi a?c) “E, na alegria, sinta-se tristeza.”d) “enfi m pela ignorância”e) “E tem qualquer dos bens por natureza:”Questão 03 - (ETEC SP)No poema, a ideia que funciona como fi o condutor no desenvolvimento dos versos é a inconstância dos fatos e elementos da vida.Tendo isso em vista, assinale a alternati va que contém o verso que apresenta uma ideia oposta a essa assim como sua explicação.a) segundo, pois trata de uma sequência da atos, exemplifi cada pelo fi m do dia.b) terceiro, pois a ideia de sombra retrata a vida e tudo o que nela acontece.c) sexto, pois o questi onamento feito pelo eu lírico denota a dubiedade da realidade.d) décimo segundo, pois trata do surgimento do mundo e com ele o início de sua incultura.e) décimo quarto, pois fala da única certeza do eu lírico: a manutenção da mudança.Questão 04 - (UEL PR)TEXTO:Descreve a vida escolásti caMancebo sem dinheiro, bom barrete, Medíocre o vesti do, bom sapato, Meias velhas, calção de esfola-gato, Cabelo penteado, bom topete.Presumir de dançar, cantar falsete, Jogo de fi dalguia, bom barato, Tirar falsídia ao moço do seu trato,Furtar a carne à ama, que promete;A puti nha aldeã achada em feira, Eterno murmurar de alheias famas, Soneto infame, sáti ra elegante;Carti nhas de trocado para a freira, Comer boi, ser Quixote com as damas, Pouco estudo: isto é ser estudante.WISNIK, J. M. (Org.). Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 173.Sobre o poema, considere as afi rmati vas a seguir.I. O poema estabelece uma diferenciação entre o estudante rico, que tudo tem, e o estudante pobre, que é obrigado a “furtar carne à ama”.II. O poema tem início com uma disti nção entre o bom e o mau estudante: “Mancebo sem dinheiro, bom barrete, /Medíocre o vesti do, bom sapato [...]”.III. O poema é construído a parti r de pequenos quadros que denotam as várias práti cas do estudante, sendo que quase nenhuma delas está associada ao estudo.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS52IV. A repeti ção de formas verbais no infi niti vo indica uma permanência das característi cas negati vas elencadas a respeito do estudante.Assinale a alternati va correta.a) Somente as afi rmati vas I e II são corretas.b) Somente as afi rmati vas I e IV são corretas.c) Somente as afi rmati vas III e IV são corretas.d) Somente as afi rmati vas I, II e III são corretas.e) Somente as afi rmati vas II, III e IV são corretas.SERMÕES – PROSA BARROCAFonte: Padre Antônio Vieira. Disponível em: .O livro Os sermões (1679), de Pe. António Vieira, é a principal obra da prosa barroca brasileira e portuguesa, já que esse autor faz parte da literatura de ambas as nações. São textos de cunho concepti sta, isto é, com uma argumentação engenhosa na defesa de uma ideia. Para a defesa de seu ponto de vista, Vieira usava comparações, an� teses e paradoxos. Bem ao esti lo barroco, contrastante e contraditório, o padre aliava fé à razão, já que o conteúdo de seus textos era religioso, mas também argumentati vo, ou seja, sua fé cristã era defendida por meio da razão.As insti tuições religiosas ti nham grande peso na vida cultural do país nesta época. Destaca-se a fi gura de padre Antônio Vieira, modelo da prosa clássica portuguesa, que ti nha intenções claras de assumir na vida pública, vontade essa que marca suas cartas e sermões. Os seus textos oratórios revelam um grande virtuosismona argumentação e na procura de efeitos de surpresa, entusiasmo e espanto sobre o auditório, quer tratasse de questões morais ou políti cas e sociais. A prosa Barroca luso-brasileira é representada, especialmente, pelos sermões de padre Antônio Vieira, todavia sua genialidade no manuseio das palavras transformou-o no maior prosador e orador de língua portuguesa do século 17.Seu interesse maior era a catequese dos índios. Para isso aprendeu suas línguas e percorreu por 5 anos as aldeias indígenas na Bahia, pregando para os nati vos, tal interesse o fez defender os índios do cati veiro, provocando a raiva dos colonos que queriam escravizá-los no trabalho da lavoura e das minas.Padre Antônio Vieira“Nem português, nem brasileiro; Vieira era inteiramente jesuíta,” já disse um autor. O pe. Antônio Vieira nasceu a 6 de fevereiro de 1608, em uma casa pobre na Rua do Cônego, em Lisboa, tendo sido um dos mais infl uentes homens desse século em termos de políti ca portuguesa. Seu pai servira a marinha e fora, por dois anos, escrivão da Inquisição portuguesa. Seu pai se mudou em 1609 para o Brasil, onde assumiu um cargo de escrivão em Salvador; em 1614 trouxe a família para o Brasil quando Antônio ti nha 6 anos de idade. Antônio estudou na única escola de Salvador da época: a dos jesuítas. Consta que não era um bom aluno no começo, mas depois tornou-se brilhante. Juntou-se a Companhia de Jesus como noviço em maio de 1623.Existem muitas lendas sobre Vieira, incluindo que na juventude sua genialidade lhe fora concedida por Nossa Senhora e que uma vez um anjo lhe indicou o caminho de volta à escola quando estava perdido. Quando em 1624 os holandeses invadiram a Bahia, Vieira se refugiou no interior, onde começaram seus impulsos missionários. Um ano depois tomou os votos de casti dade, pobreza e obediência, abandonando o noviciado.Não prati cou a vida missionária, mas estudou muito além da teologia: lógica, � sica, meta� sica, matemáti ca e economia. Em 1634, após ter sido professor de retórica em Olinda, se ordenou.Em 1638 já ensinava Teologia. Apesar de antes pensar-se que Vieira defendia a posse do Nordeste por Portugal, hoje sabe-se que ele preferia que Portugal o entregasse a Holanda apesar de seu famoso sermão em favor da posse (Portugal gastava 10 vezes mais com o Nordeste do que ganhava e a Holanda era um inimigo militar muito superior na época). Em 1641 começou a carreira com diplomacia na conturbada Portugal do século XVII. Quando eclodiu uma disputa entre dominicanos.Contextualidade HistóricaVieira, defensor dos judeus, cai em desgraça, enfraquecido pela derrota de sua posição quanto à questão Nordeste. Em 1644 ele deixa Portugal como embaixador (seu pai, que antes vivia pobre, é nomeado pensionista real) para negociar com a Holanda a devolução do Nordeste, com grau de LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS53sucesso complexo numa ocasião da história de Portugal que quase acaba com Portugal como parte da Holanda.O povo de Portugal não gostava das pregações de Vieira em favor dos judeus e após estes tempos conturbados da políti ca portuguesa ele acaba voltando ao Brasil, onze anos após voltar para a Europa.Fica no Nordeste algum tempo e volta para a Europa com a morte de D. João IV, tornando-se confessor da regente D. Luísa. Quando chega a questão do sucessor de D. João, Vieira fi ca no lado perdedor e é desterrado para o Porto, enquanto os jesuítas têm seus privilégios removidos.A Inquisição chega a prendê-lo na época após não ter sucesso em censurá-lo. Novamente no lado mais fraco na época da deposição de D. Afonso IV, vai ao Vati cano após meses sem pregar. Encontra o papa à beira da morte e fi ca em Roma. Quando em 1671 nova expulsão dos judeus é feita, Vieira parte na defesa deles. Em 1675 ele é absolvido totalmente pela Inquisição.No começo de 1681 volta ao Brasil e volta a pregar. Suas obras começam a ser publicadas na Europa, onde são elogiadas até pela Inquisição. Já muito velho e doente, tem que espalhar circulares sobre sua saúde para manter em dia sua longa correspondência. Em 1694 já não escreve do próprio punho.Esti lo de escrita Barroca/Concepti smoTendência, característi ca da literatura barroca, para os jogos de conceitos, prova de engenho subti l, não menos esti mada em poesia do que em prosa. Já se encontra concepti smo no CANCIONEIRO GERAL e nos poetas petrarquizantes de Quinhentos, como Luís de Camões, mas no séc. XVII a tendência intensifi ca-se e toma aspectos novos, sob a infl uência dominante de Gôngora e de Quevedo. Embora culti smo e concepti smo estejam inti mamente unidos, frutos como são da mentalidade barroca, há autores predominantemente concepti stas e de clara expressão - clássica, em certo senti do: é o caso do P.e António Vieira. Embora culti smo e concepti smo estejam inti mamente unidos, frutos como são da mentalidade barroca, há autores predominantemente concepti stas e de clara expressão - clássica, em certo senti do: é o caso do P.e António Vieira.Literatura Esti lo caracterizado pelo abuso da fi neza de espírito, pela abundância de ornatos, pela elaboração formal, pelo abuso dos conceitos.A escrita Barroca era uma escrita que uti lizava a língua do Lati m em seus textos e oratórias pelo Lati m ser uma língua muito culta por isso a grande infl uência de línguas na literatura Barroca.Vieira no dias atuaisPadre Antônio após falecer em 17 de junho de 1697 ainda hoje os sermões e as pregações dele ainda fazem pensarmos sobre nossas vidas, se é o sal que está com defeito ou se é a terra que não se quer salgar, ou seja, se é os pregadores que estão com defeitos ou se é os ouvintes que não querem ouvir e se deixar levar pelo que as pregações dizem.Se lermos o sermão notaremos que o sermão fala sobre o sal da terra e a luz do mundo, mas que sal e que luz, e é isso que tem de fantásti co na escrita Barroca.ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMQuestão 1 - (Mackenzie SP)Assinale a afi rmação correta sobre Pe. Antônio Vieira.a) Representante do esti lo barroco em Portugal e no Brasil, serviu-se da prosa sermonísti ca para questi onar aspectos sociais e políti cos de seu tempo.b) Devido a sua ideologia revolucionária, é considerado pela críti ca especializada a mais alta expressão do Barroco culti sta em Portugal.c) Membro da Cia. De Jesus, atuou no Brasil no século XVI, ao lado do Pe. José de Anchieta, como um dos primeiros catequizadores que apoiaram a escravidão dos silvícolas.d) O esti lo prolixo que adotava em seus sermões, � pico do gongorismo português, era estratégia para insinuar críti cas contra o absoluti smo monárquico do século XVII.e) Assim como Gregório de Matos, notabilizou-se pelos versos sa� ricos e irreverentes, nas críti cas explícitas feitas aos representantes da aristocracia.Questão 2 (IFSP)O texto a seguir consti tui um trecho do Sermão de Quarta-Feira de Cinzas, escrito por padre Antônio Vieira, e proferido em Roma no ano de 1672.Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais: ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa, e evidente, que não é necessário entendimento para crer; outra de tal maneira certa, e difi cultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura: mas a futura veem na os olhos, a presente não a alcança o entendimento.E que duas coisas enigmáti cas são estas? Pulvis es, et in pulverem reverteris. Sois pó, e em pó vos haveis de converter. Sois pó, é a presente; em pó vos LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS54haveis de converter, é a futura. O pó futuro; o pó em que nos havemos de converter, veem no os olhos; o pó presente, o pó que somos, nem os olhos o veem, nem o entendimento o alcança.De vinte e quatro horas que tem o dia, por que se não dará uma hora à triste alma? Esta é a melhor devoção e a mais agradável a Deus que podeis fazer nesta Quaresma. Tomar uma hora cada dia,a marca para medir a distância obti da. No salto triplo, o atleta dá dois saltos antes do salto fi nal na areia.Fonte: Mauro Vinicius Duda da Silva no Troféu Brasil de Atleti smo de 2016 — Foto: Wagner Carmo CBAt.Levando em consideração os lançamentos e arremessos podemos levar em consideração:• Martelo – o atleta deverá lançar uma esfera de metal presa a um cabo de aço o mais distante possível;• Peso - o atleta deverá lançar uma bola esférica de metal o mais longe possível;• Disco – o atleta deverá lançar um disco de metal à maior distância possível.• Dardo – o atleta lança um dardo tentando al-cançar a maior distância possível.Mariana Grazielly Marcelino é a primeira atleta brasileira a chegar à fi nal panamericana da modalidade. Fonte: Imagem extraída de h� p:// jornalcobaia.com.br/atleta-ca-tarinense-e-pentacampea-brasilei-ra-no-lancamento-de-martelo.Podemos observar que os objeti vos são semelhantes, mas mudam o ti po de material que irá ser arremessado.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS8Fonte: Imagem extraída de: h� ps://www.cob.org.br/pt/cob/ti me-brasil/ esportes/atleti smo/.CURIOSIDADES:No site da Confederação Brasileira de Atleti smo podemos encontrar algumas curiosidades como:• O campeão dos 100m rasos é chamado de “o homem mais rápido o mundo”;• O vencedor da maratona é o mais resistente;• Os lançadores são os mais fortes;• O campeão do decatlo é o mais completo;• O martelo é uma bola metálica ligada por um cabo de aço a uma empunhadura que o atleta usa para lançar.Fonte: Imagem: www.agenciabrasil.ebc.com.br/rio-2016Silvania de Oliveira saltou 4.98m e conseguiu a ouroREUTERS/ Jason Cairnduff /Direitos reservados.Fonte: www.lance.com.br/mais-esportes/ revezamento 4x400m misto do Brasil.SAIBA MAISh� ps://www.youtube.com/watch?v=-gL1XDppdiz4SUGESTÃO DE APRENDIZAGEMa) Elaboração de mapas mentais sobre atleti smo, colocando em ênfase as diferenças encontradas nas modalidades do atleti smo.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS9b) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, realizadas para realização do mini atleti smo na escola: Vídeo Impulsiona: Fonte: h� ps://www.youtube.com/ watch?v=iu-z9Q1XUZU.MOMENTO ENEM1. (INEP – ENEM 2014) Os discursos referentes à práti ca de exercícios � sicos estão imbricados de valores sociais, culturais e educati vos infl uenciados, principalmente, pelos discursos midiáti cos. O processo natural de envelhecimento passa a ser visto como um descuido por aqueles que assim o aparentam, especialmente nos cuidados com o corpo.Ao analisarmos a imagem, podemos considerar que ela apresenta:(A) os valores do corpo visto enquanto conjunto de partes funcionando como uma máquina, fruto dos valores mecanicistas.(B) o exercício � sico como possibilidade de atender às pessoas de qualquer idade e classe para o aprimoramento estéti co.(C) a práti ca de exercícios como promoção de saúde e respeito ao desenvolvimento humano.(D) um corpo em toda a sua essência, � sico, psíquico, biológico e cultural e o exercício auxiliando o entendimento de todas essas dimensões.(E) a ideia do corpo ideal jovem, musculoso e atléti co e o exercício como a fórmula para se alcançar a juventude eterna e, por sua vez, o sucesso. REFERÊNCIASBRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional ComumCurricular.2018 h� ps://www.cob.org.br/pt/cob/ti me-brasil/esportes/ atleti smo/.SQUASHHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a comunidade escolar, estudando sua realidade local para respeitar seus interesses, e democrati zar o acesso a esses momentos.OBJETO DE CONHECIMENTOConhecimento teórico-práti co sobre ati vidade � sica, exercício � sico e treinamento corporal no contexto das práti cas corporais. Conhecimento teórico-práti co dos fundamentos técnicos e. das regras básicas nas práti cas corporais.Segundo a BNCC Brasil (2018), Os esportes de rede/parede envolvem o conjunto de “modalidades que se caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores da quadra adversária nos quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma ou que leve o adversário a cometer um erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em movimento. Alguns exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis de campo, tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede incluem pelota basca, raquetebol, squash etc.” Neste módulo iremos explorar e conhecer o esporte de parede denominado squash.O squash se caracteriza por ser um esporte de parede, pois os competi dores alternam-se atacando a bola e rebatendo-a contra uma parede de rebote. O ponto irá ocorrer quando um dos jogadores não conseguir responder aos ataques adversários.Squash pode ser jogado individualmente ou em duplas sendo um esporte disputado em quadra fechada e que se uti liza das paredes laterais e frontal para que ocorra o jogo. A quadra que tem o formato de um quadrado, possui marcações que delimitam as ações dos jogadores e, obrigatoriamente, a bola LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS10tem que ser rebati da contra a parede frontal antes da jogada.HistóriaEm relação a origem do squash causa muita controvérsia e muitas histórias. Existem pessoas que afi rmam que surgiu nas prisões da Inglaterra, no século XIX. Os presos, só com um cubículo para se exercitar, improvisaram nas próprias celas uma bolinha e jogavam com as mãos, sem raquetes. Outros relatos dão conta que é um esporte derivado do tênis.Fonte: Imagens extraída de h� ps://placar.abril.com.br/esporte/a--descoberta-do-squash-um-dos-esportes-nao-olimpicos-em-to-ronto/ acessado em: 30/05/2022.Por volta de 1920 surgiu no Brasil, com os ingleses, que introduziram o novo esporte nos locais onde procuravam ouro. Há documentos que comprovam que em São João D’el Rey, nas minas de ouro da fi rma de mesmo nome, em Minas Gerais, existi u uma das primeiras quadras.Fonte: Squash. Foto: wavebreakmedia / Shu� erstock.com.Por ser jogado em quadra fechada, permite sua práti ca durante todos os meses do ano. Muitas empresas do setor civil estão procurando construir quadras de squash nos prédios residenciais e comerciais, em construção, incluindo-as nas áreas de lazer.O squash tem crescido muito no Brasil e é cada dia maior o número de adeptos. Em 2002 o Brasil ganhou sua primeira quadra toda de vidro (com visão nas quatro paredes da quadra) e, com isso, possibilitou um aumento de público e de transmissões para a TV. A quadra de vidro pode ser montada em qualquer lugar, (estacionamentos de shoppings, praças, ruas, áreas verdes) desde que respeitadas as medidas ofi ciais.Fonte: Texto extraído e adaptado de: h� ps://www.infoescola. com/esportes/squash/ acessado em: 31/05/2022.A pontuaçãoO squash é uma modalidade que não requer tempo determinado de parti da como em outros esportes, como por exemplo, o basquete e o futebol. É o sistema de pontuação que determina sua fi nalização, mas podemos ter uma média de tempo de jogo que depende de fatores como, quanti dade de games, equilíbrio técnico e principalmente do nível técnico do parti cipante. A contagem dos pontos é disputada através de uma melhor de três ou cinco games, em que cada game é jogado até 11 pontos. O jogador que ati ngir 11 pontos primeiro vence o game, a não ser que a contagem fi que em 10 iguais, neste caso vence o game quem fi zer 2 pontos de diferença. Os dois jogadores podem pontuar (pontos corridos). O sacador, se vencer uma jogada, marca um ponto e mantém o serviço, e o recebedor se vencer uma jogada, marca um ponto e se torna o sacador (COSTA; SILVA, 2013; REGRAS WSF-CBS-FSPB, 2010).Fonte: Imagem extraída de: h� ps://homenscomh.wordpress. com/2011/03/31/squash-o-esporte-que-queima-mais-caloria/em que só por só com Deus e conosco, cuidemos na nossa morte e na nossa vida.E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo que aceitareis este bom conselho, quero acabar, deixando-vos quatro pontos de consideração: Primeiro, quanto tenho vivido? Segundo, como vivi? Terceiro, quanto posso viver? Quarto, como é bem que viva?(MENDES, João S. J. Padre Antônio Vieira. Editorial Verbo, 1972.Adaptado)Com base no texto selecionado, é correto afi rmar que, ao redigir seus sermões, padre Antônio Vieiraa) uti lizava-se de an� teses, ou seja, da apresentação de ideias opostas.b) empregava vocabulário diversifi cado e não repeti a palavras.c) centrava o discurso em seu ponto de vista e não propunha questi onamentos aos ouvintes.d) optava por uma linguagem ininteligível, pois não expunha as ideias de forma gradati va e sequencial.e) limitava a compreensão dos ouvintes ao citar frases em lati m, língua que poucos conheciam.Questão 3 - (UESPI)Os Sermões do Padre Antonio Vieira, enquanto gênero sacro, se caracterizam por usar a palavra de maneira perspicaz e por dar a cada palavra a tensão necessária. Para o críti co português Antônio José Saraiva, “não há nele palavras átonas, indiferentes, languescentes. Cada uma parece ocupar o lugar que lhe é próprio, como um estado de alerta”. Ante o exposto, qual é, dentro das opções elencadas abaixo, o processo retórico que não caracteriza e, por sua vez, não compõe a estrutura da extensa e erudita obra de Vieira?a) Cultor da oratória concepti sta, os Sermões partem sempre de um fato real ou de algo observado.b) Construindo uma analogia entre o seu momento presente e a “verdade” do texto bíblico, Vieira seduz, por meio da palavra precisa, o ouvinte/leitor a refl eti r e a reagir sobre os temas da sua pregação.c) Seus Sermões, apesar da riqueza imagéti ca, se caracterizam por um vocabulário pouco seleto e uma sintaxe previsível e pobre.d) Orientado por objeti vos morais, políti cos ou religiosos, Vieira busca sempre ati ngir seu alvo com invulgar eloquência e força de persuasão.Os Sermões de Vieira seguem, em quase totalidade, a estrutura da retórica clássica triparti te: introito (ou exórdio), desenvolvimento (ou argumento) e peroração.De vinte e quatro horas que tem o dia, por que se não dará uma hora à triste alma? Esta é a melhor devoção e a mais agradável a Deus que podeis fazer nesta Quaresma. Tomar uma hora cada dia, em que só por só com Deus e conosco, cuidemos na nossa morte e na nossa vida.E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo que aceitareis este bom conselho, quero acabar, deixando-vos quatro pontos de consideração: Primeiro, quanto tenho vivido? Segundo, como vivi? Terceiro, quanto posso viver? Quarto, como é bem que viva?(MENDES, João S. J. Padre Antônio Vieira. Editorial Verbo, 1972. Adaptado)Com base no texto selecionado, é correto afi rmar que, ao redigir seus sermões, padre Antônio Vieiraf) uti lizava-se de an� teses, ou seja, da apresentação de ideias opostas.g) empregava vocabulário diversifi cado e não repeti a palavras.h) centrava o discurso em seu ponto de vista e não propunha questi onamentos aos ouvintes.i) optava por uma linguagem ininteligível, pois não expunha as ideias de forma gradati va e sequencial.j) limitava a compreensão dos ouvintes ao citar frases em lati m, língua que poucos conheciam.Questão 3 - (UESPI)Os Sermões do Padre Antonio Vieira, enquanto gênero sacro, se caracterizam por usar a palavra de maneira perspicaz e por dar a cada palavra a tensão necessária. Para o críti co português Antônio José Saraiva, “não há nele palavras átonas, indiferentes, languescentes. Cada uma parece ocupar o lugar que lhe é próprio, como um estado de alerta”. Ante o exposto, qual é, dentro das opções elencadas abaixo, o processo retórico que não caracteriza e, por sua vez, não compõe a estrutura da extensa e erudita obra de Vieira?a) Cultor da oratória concepti sta, os Sermões partem sempre de um fato real ou de algo observado.b) Construindo uma analogia entre o seu momento presente e a “verdade” do texto bíblico, Vieira seduz, por meio da palavra precisa, o ouvinte/leitor a refl eti r e a reagir sobre os temas da sua pregação.c) Seus Sermões, apesar da riqueza imagéti ca, se caracterizam por um vocabulário pouco seleto e uma sintaxe previsível e pobre.d) Orientado por objeti vos morais, políti cos ou religiosos, Vieira busca sempre ati ngir seu alvo com invulgar eloquência e força de persuasão.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS55e) Os Sermões de Vieira seguem, em quase totalidade, a estrutura da retórica clássica triparti te: introito (ou exórdio), desenvolvimento (ou argumento) e peroração.Questão 4 - (UESPI)A parti r das duas fi guras proeminentes do barroco brasileiro, identi fi que a que autor se refere cada uma das afi rmações a seguir.1) Gregório de Matos2) Pe. Antônio Vieira( ) Sati rizando a sociedade da época, este advogado/ poeta baiano do século XVII, abordou também em sua poesia temas sacros e líricos.( ) Orador sacro famoso, na Bahia do século XVII, foi também conselheiro do rei de Portugal. Em seus sermões, defendeu os índios e criti cou os costumes dos colonos.( ) Com retórica bem trabalhada, usava uma linguagem rebuscada, com silogismos e fi guras de linguagem, tendo sido predominantemente concepti sta, abordando questões morais e políti cas.( ) Foi denominado Boca do Inferno devido a seu humor cáusti co e contundente, expresso nos poemas sa� ricos.A sequência correta é:a) 1, 2, 2, 1b) 2, 2, 1, 1c) 1, 1, 2, 2d) 2, 1, 1, 2e) 1, 2, 1, 2DETALHES IMPORTANTES DO BARROCO BRASILEIROBento TeixeiraBento Teixeira (1561-1618) foi um poeta lusobrasileiro, autor do poema épico “Prosopopeia”, considerado o marco inicial do Barroco brasileiro.Nasceu em Porto, Portugal, no ano de 1561. Filho de Manuel Álvares de Barros e de Leonor Rodrigues, cristãos novos, mudou-se com a família para o Brasil colônia, em 1567, instalando-se na Capitania do Espírito Santo.Recebeu de sua mãe a doutrina judaica, no entanto, estudou em colégio jesuíta. Tentou seguir a carreira eclesiásti ca, mas desisti u. Depois da morte dos pais, mudou-se para Ilhéus na Bahia. Em 1584, casou-se com a cristã Filipa Raposo.Em seguida, transferiu-se para a Capitania de Pernambuco, onde em 1590 instalou uma escola em Olinda e se dedicou ao magistério e ao comércio.Acusado pela mulher, de ser judeu e de rejeitar as práti cas cristãs, passou a ser perseguido pela inquisição. Em 1589, foi julgado e absolvido pelo ouvidor Em novembro de 1594, Bento Teixeira mata a esposa e se refugia no Mosteiro de São Bento, em Olinda. Durante uma tentati va de fuga, Bento foi preso e enviado para Lisboa em 1595.Na capital portuguesa, inicialmente negou, mas resolveu depois confessar sua crença e práti cas judaicas. Em 31 de janeiro de 1599, em auto de fé, foi obrigado a renunciar solenemente a religião judaica.ProsopopeiaEnquanto esteve na prisão em Lisboa, redigiu o longo poema épico, Prosopopeia, publicado em 1601, que abriu as portas do barroco brasileiro.Seguindo a estrutura camoniana, o autor apresenta o poema em oitavas-heroicas, com 94 estrofes, que exalta as glórias dos Albuquerque, sobretudo do seu protetor Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro Donatário da Capitania de Pernambuco, onde prosperava a cultura da cana-de-açúcar.Conta a viagem de Jorge, o futuro donatário de Pernambuco, quando retornou a Lisboa, em 1565 e os problemas enfrentados pelo navio em que viajava, quando foi atacado pelos corsários franceses e pelas fortes tempestades que enfrentou, levando a navegação à deriva, da falta de alimentos e de água a bordo e pôr fi m do socorro recebido e da chegada a Cascais. No poema, Bento Teixeira procurou ressaltar o destemor e a solidariedade de Jorge de Albuquerque Coelho para com os companheiros de viagem. Jorge voltou a Pernambuco em 1573, afi m de governar a capitania de Pernambuco.Bento Teixeira Pinto faleceu na cadeia em Lisboa, em julho de 1618.TEATRO BARROCOTeatro A grande personalidade teatral portuguesa do séc. XVI é Gil Vicente. A sua obra é uma obra de transição entre o espírito medieval e o Renascimento, mantém estruturas e ti pos caracteristi camente populares e tradicionais, mas onde se incluem já algumas das questões discuti das no âmbito do humanismo. Signifi cati vo durante o século XVII. Chamado de a arte da contrarreforma, o barroco é, ao mesmo tempo, uma reação ao materialismo renascenti sta e às ideias reformistas de Lutero e Calvino e um retorno à tradição cristã. O espírito da época é atormentado, cheio de tensão interna, marcado pela sensação da transitoriedade das coisas, LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS56pessimista e com gosto pelo macabro. A princípio sóbrio e depurado, torna-se, com o tempo, rebuscado, com abundância de metáforas.A Arte Barroca BrasileiraEstudiosos afi rmam que foi no esti lo barroco quando surgiram as primeiras expressões de arte verdadeiramente brasileiras.No Brasil, o Barroco tem seu apogeu no século XVIII e perdurou até o século XIX. No nosso país, em virtude da riqueza do período colonial, temos um acervo marcante de obras de expressão barroca.Aqui, esse esti lo está fortemente relacionado ao catolicismo. Existem muitas igrejas barrocas, entretanto, também é possível encontrar outros projetos arquitetônicos com tais característi cas, por exemplo, câmaras municipais, penitenciárias e residências de pessoas ilustres.O maior ícone da arte barroca no Brasil foi o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730- 1814). Sua produção varia de trabalhos em madeira entalhada, pedra-sabão, altares e igrejas e tem como característi cas o uso das cores e a maneira simples e dinâmica de retratar as cenas.Vertentes do Barroco no BrasilHá duas vertentes dentro da arte barroca produzida em solo nacional.A mais requintada ocorreu nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, onde a economia era baseada na cana-de-açúcar e mineração. Nessas regiões são encontradas igrejas com trabalhos em madeira, nos quais os relevos eram cobertos por camadas de ouro. Há também janelas e portas que exibem minuciosas produções em escultura.Nas regiões menos abastadas do país, onde não havia a produção de açúcar nem o ouro, o esti lo ar quitetônico barroco era mais simplifi cado. As igrejas não possuíam trabalhos tão elaborados, pois eram realizados por arti stas menos experientes e renomados.Cidades Brasileiras e o BarrocoOuro Preto, localizada no estado de Minas Gerais, mantém uma riqueza cultural decorrente desse período. É a cidade brasileira que mais se destaca no que respeita ao esti lo barroco.O ouro havia sido descoberto em Minas Gerais, o que propiciou que fossem feitas construções riquíssimas.A cidade de Salvador é outro exemplo de expressão do Barroco. Nessa altura, ela era a capital do Brasil (até 1763). Por esse moti vo, além de pinturas e esculturas, abriga belas obras arquitetônicas. É exemplo o Palácio do Governador.ROMANTISMOO século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políti cas e culturais causadas por acontecimentos do fi nal do século XVIII pela Revolução Industrial, que gerou novos inventos com o objeti vo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra, e pela Revolução Francesa, que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectati va na Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a ati vidade ar� sti ca tornou-se mais complexa.Um dos primeiros movimentos ar� sti cos que surge em reação ao Neoclassicismo do século XVIII é o Romanti smo e historicamente situa-se entre 1820 e 1850. Os arti stas românti cos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do arti sta.O termo românti co foi empregue pela primeira vez na Inglaterra para defi nir o tema das novelas pastoris e de cavalaria que existi am nessa época. Românti co signifi cava pitoresco: expressão de uma emoção que é defi nida e que foi provocada pela visão de uma paisagem.O termo românti co passou depois a ser adotado no movimento ar� sti co-fi losófi co Romanti smo, que seguiu as ideias políti cas e fi losófi cas do século das luzes (liberdade de expressão e afi rmação dos direitos dos indivíduos) e também as ideias de um movimento alemão chamado – Strürm und Drang (que ti nha como principais elementos o senti mento e a natureza).Característi cas do romanti smo:• Culti vo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, evasão para mundos exóti cos onde se podia fantasiar e imaginar;• Exaltação da natureza;• Gosto pela Idade Média (porque ti nha sido o tempo de formação das nações);• Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade indi-vidual, liberdade do povo);• Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal disti nto do mundo, Deus e o mundo seriam uma só substância);• Individualismo, visão de mundo centrada nos senti mentos do indivíduo.• Subjeti vismo, o arti sta idealiza temas, exage-rando em algumas das suas característi cas (por exemplo, a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de pátria também é idealizada).LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS57É na Alemanha que se manifesta pela primeira vez a estéti ca da interioridade, que considera a arte como um instrumento para se ati ngir o cerne da criação, para se entrar em contato com a natureza infi nita, através do senti mento sublime.É o início da pintura moderna de paisagem, capaz de exprimir, melhor do que outro, certos aspectos da sensibilidade do homem oitocenti sta.No século XIX aparece um movimento de reação que procura os fundamentos da arte nas anti gas realidades nacionais. O gosto pela arqueologia torna-se extensivo à Idade Média e redescobre-se o românico e o góti co, que os arti stas tentam fazer reviver em suas obras. Dedicam-se à redescoberta das técnicas construti vas desses dois esti los, chegando à conclusão que as soluções técnicas da Idade Média eram tão racionais como as clássicas greco-romanas.O romanti smo procura elementos rústi cos e entrega-se às realizações espontâneas, o que dá origem à incorporação, na nossa cultura, de vários conhecimentos acumulados pelos povos primiti vos ou que se desenvolveram longe da Europa civilizada. Isto leva ao estudo das artes chinesa, japonesa, indiana e a africana.Com o regresso à Idade Média, o romanti smo recusa as regras impostas pelas academias neoclássicas, pois estas eram inspiradas nos valores clássicos (ordem, proporção, simetria e harmonia).Os arquitetos românti cos preferem:• Irregularidades nas estruturas espaciais e vo-lumétricas;• Preferência pelas geometrias mais complexas e pelas formas curvas;• Efeitos de luz;• Movimentos dos planos;• Pitoresco de decoração (tudo o quer pode ser pintado ou representado em imagem).Com a recuperação das formas ar� sti cas medievais (românico e o góti co) acompanhada do gosto pelo exóti co conti do nas culturais orientais (bizanti na, chinesa e árabe) evidenciando as característi cas de revivalismo, ecleti smo, historicismo e exoti smo.PinturaEnquadramos a pintura dentro período de 1820- 1850 que traz infl uências da pintura pré-românti ca de fi nais do século XVIII, do Grupo Os Nazarenos, que era um grupo de pintores alemães do tempo do neo-classicismo que formaram em Roma uma comunidade para estudar e pintar a parti r da arte italiana do Renascimento e dos pré-rafaelitas, que era um grupo de pintores que surgiu na Inglaterra cerca de 1848 e que procurava inspiração nos pintores italianos anteriores à Rafael. Foi este grupo que trabalhou no período tardo-românti co e fez a transiçãopara o Realismo e para o Simbolismo.As principais característi cas da pintura românti ca são:• Corte com o academicismo neoclássico;• O arti sta emancipa-se da encomenda e faz a sua obra baseado nos impulsos da sua alma e na sua própria inspiração;• A pintura é bastante individualizada e diversi-fi cada no que diz respeito ao próprio esti lo e aos temas;• Pretende integrar o observador, tal como no barroco, mas agora ela já não se serve dos des-concertantes efeitos trompe l’oeil, que diluem fronteira entre a aparência e a realidade. Aqui o observador, assim como os personagens repre-sentados principalmente de costas, contempla as paisagens distantes que se desdobram à sua frente;• Uma pintura românti ca pretende ser contem-plada e o observador terá que dar um signifi -cado à pintura consoante às suas emoções;• O pintor lança um olhar subjeti vo sobre o mun-do objeti vo e apresenta-nos uma imagem fi l-trada pelas suas emoções. O arti sta torna-se o intérprete do mundo.Os temas da pintura românti ca são divididos em três grupos. O primeiro, não são temas novos, mas são tratados com a mentalidade românti ca e seus novos conceitos ar� sti cos: históricos, literários, mitológicos, retratos e autorretratos. O segundo, são temas que representam a alma românti ca, emocional e apaixonada, idealista e simples, como:• Reti rados da atualidade políti co-social da época (naufrágios, revoltas sociais, lutas nacionalistas e seus heróis, lutas pela libertação de minorias);• Inspirados no mundo dos sonhos e do fantásti co (mundo interior do arti sta)• Costumes populares (feiras e romarias)• Tradições, hábitos e raças exóti cas (civilizações não europeias, como a China, Japão, Índia e Norte da África)• Vida animal (animais selvagens e indomados)• Paisagens (retratadas com simplicidade e nos-talgia, de uma forma dramáti ca e emocional, projetando o estado de espírito do próprio ar-ti sta).E o terceiro grupo, retrata a pintura de paisagem revelando-se o gênero predileto desse período. São composições solitárias e indefesas perante as forças da natureza, olhando nostalgicamente para o horizonte ou composições com árvore mortas e ruínas cobertas por vegetação, que mostram a passagem do tempo e o ciclo da evolução.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS58Das característi cas do esti lo, destacamos:• A cor prevalece sobre o desenho linear e são uti lizadas cores variadas explorando contrastes fortes e não harmoniosos;• Os intensos efeitos de claro-escuro dão um lado mais arti fi cial e dramáti co à luz. A luz focaliza--se sobre o ponto que se quer evidenciar na composição, acentuando a expressividade e o senti mentalismo das cenas;• Uti lização do óleo e da aquarela;• A composição uti liza estruturas agitadas, mo-vimentadas, orientadas por linhas oblíquas, diagonais e sinuosas que reforçam o senti do trágico, dramáti co e heroico dos temas.EsculturaA escultura teve que encontrar meios técnicos de expressividade para representar o espírito românti co exaltando senti mentos e emoções. Expressa reação ao Neoclassicismo, evitando as composições estáti cas e as super� cies lisas e polidas. Há a exaltação da expressividade através de composições movimentadas e de senti do dramáti co. A temáti ca em geral era natureza, animais e plantas, temas heroicos e cenas de fantasia e da imaginação. A palavra romanti smo designa uma maneira de se comportar, de agir, de interpretar a realidade. O comportamento românti co caracteriza-se pelo sonho, por uma ati tude emoti va diante das coisas e esse comportamento pode ocorrer em qualquer tempo da história. O ballet nasceu em 1489, em Itália, quando se realizou um espetáculo por ocasião do casamento do duque de Milão. Nessa altura, só havia bailarinos masculinos, já que as mulheres não estavam autorizadas a dançar e as roupas eram pesadas, o que limitava a variedade de passos; a presença das mulheres apenas começou a ser aceita em fi nais do século XVII. O ballet surgiu na sequência dos espetáculos que os nobres ofereciam aos visitantes, onde havia poesia, música, mímica e dança. Leonardo Da Vinci chegou a desenhar cenários para estes espetáculos.O balé românti co buscava através da técnica a expressão, a fl uidez do corpo e do movimento. Temos como característi ca dele a idealização do amor, a elevação do espírito, a divisão entre Vivos X Espíritos. No balé românti co encontramos a mulher idealizada, etérea, inacessível, inalcançável. A dança na ponta de pés, uma imagem de marca do ballet, apareceu no LONGA NARRATIVA DE FICÇÃO - Defi nição de Hegel (epopeia burguesa moderna) – consolidação no séc. XVIII - momento em que a epopeia era sufocada e no qual o Romance ascendeu.Obra precursora do romance moderno:Publicação: entre 1605 e 1612 Dom Quixote de La Mancha (Miguel de Cervantes)Característi cas do Romance História complexa (leitor se aprofunda na trama / conhece bem cada protagonista) personagens (várias) cenário (variado) tempo (período de duração) enredo (vários fatos) narrador (foco narrati vo) nem todo romance é românti co - (podem ser românti cos, de suspense, aventura, policial, etc.)Tipos de romance: abordagem (tema principal)• Romance Urbano : criti ca os costumes da so-ciedade (século XIX - sinônimo de romance re-alista) Principais representantes: Jorge Amado (Capitães da Areia) José de Alencar (Senhora)• 1930 – 1945 (Era do Romance brasileiro)• Romance Sertanejo ou Regionalista: aborda questões sociais – condição de subdesenvol-vimento (especialmente da região Nordeste) Visão críti ca das relações sociais e do impacto do meio sobre o indivíduo. Principais representantes: Bernardo Guimarães (O Ermitão de Muquém) Graciliano Ramos, (Vidas secas) Rachel de Queiroz, (O Quinze) José Lins do Rego, (Menino de engenho, Ban-güê, Usina) Érico Veríssimo, (Clarissa, Caminhos cruzados– (pampas gaúcho) Jorge Amado (Terras do sem--fi m, conta histórias de Salvador)• Romance Histórico: reconstrução dos cos-tumes, da fala e das insti tuições do passado (início do século XIX ). Mistura de personagens históricos e de fi cção. Primeiro romance histó-rico - literatura universal: Waverley (1814) de Sir Walter Sco� . O maior de todos os romances históricos: Guerra e Paz (1869), de Tolstoi.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS59• Romance Indianista: costumes indígenas como foco. Nosso representante: José de Alencar (O Gua-rani e Iracema). Indianismo moderno: Macunaína, de Mário de Andrade Cobra Norato, de Raul Bopp e Marti n Cererê, de Casiano Ricardo.• Romance Psicológico: analisa os moti vos ínti -mos das decisões e indecisões humanas O primeiro exemplo: As ligações Perigosas de-Choderlos Laclos (1782). Na Literatura Brasileira - marco inicial: Dom Casmurro, de Machado de Assis.• Romance Góti co: aborda toda série de horro-res, mistérios terrifi cantes, torturas etc. Alema-nha - produziu: As Drogas do Diabo (1816) de Hoff mann. No Brasil, Álvares de Azevedo (1831-1852) - A Lira dos Vinte Anos (1853) e a coletânea de contos A Noite na Taverna (1855) - publicados após sua morte.• Romance Românti co: liberdade de criação e expressão da supremacia do indivíduo (fi nal do século XVIII e início do século XIX). Ex: A Moreninha (Joaquim Manuel de Macedo).ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMA MoreninhaJoaquim Manuel de MacedoD. Carolina passou uma noite cheia de pena e de cuidados, porém já menos ciumenta e despeitada; a boa avó livrou-a desses tormentos. Na hora do chá, fazendo com habilidade e destreza cair a conversação sobre o estudante amado, dizendo:- Aquele interessante moço, Carolina, parece pagar-nos bem a amizade que lhe temos, não entendes assim?...- Minha avó...eu não sei.- Dize sempre, pensarás acaso de maneira diversa?...A menina hesitou um instante e depois respondeu:- Se ele pagasse bem, teria vindo domingo.- Eis uma injusti ça, Carolina. Desde sábado ànoite que Augusto está na cama, prostrado por uma enfermidade cruel.O Romanti smo português é subdividido em três fases:• Prisão ao Neoclassicismo: ainda havia traços pre- sos ao Neoclassicismo (ou Arcadismo), como a poesia de Almeida Garret e Alexandre Herculano.• Início dos Exageros: os poetas se assumem intei- ramente românti cos, deixando a escola anterior para trás. É o caso de Soares de Passos e Camilo Castelo Branco.• Início dos Traços Realistas: os poetas já estão dei- xando o Romanti smo para trás e inserindo traços da escola posterior em suas obras: o Realismo. Os poetas de destaque são João de Deus e Júlio Dinis.- Doente?! Exclamou a linda Moreninha, extremamente comovida. Doente?...em perigo?...- Graças a Deus, há dois dias fi cou livre dele; hoje já pôde chegar à janela, assim me mandou dizer Filipe.- Oh! Pobre moço!... se não fosse isso, teria vindo vernos!...E, pois, todos os anti gos senti mentos de ciúme e temor da inconstância do amante se trocaram por ansiosas inquietações a respeito de sua molésti a.No dia seguinte, ao amanhecer, a amorosa menina despertou, e buscando o toucador, há uma semana esquecido, dividiu seus cabelos nas duas costumadas belas tranças, que tanto gostava de fazer ondear pelas espáduas, vesti u o esti mado vesti do branco e correu para o rochedo.- Eu me alinhei, pensava ela, porque enfi m... hoje é domingo e talvez... como ontem já pôde chegar à janela, talvez consiga com algum esforço vir ver-me.E quando o sol começou a refl eti r seus raios sobre o liso espelho do mar, ela principiou também a cantar sua balada:“Eu tenho quinze anos / E sou morena e linda”.Mas, como por encantamento, no instante mesmo em que ela dizia no seu canto:“Lá vem sua piroga / Cortando leve os mares”Um lindo batelão apareceu ao longe, voando com asa intumescida para a ilha.Com força e comoção desusadas bateu o coração de d. Carolina, que calou-se para empregar no batel que vinha atentas vistas, cheias de amor e de esperanças. Ah! Era o batel suspirado.Quando o ligeiro barquinho se aproximou sufi cientemente, a bela Moreninha disti nguiu dentro dele Augusto; sentado junto a um respeitável ancião, a quem não pôde conhecer (...).Augusto, com efeito, saltava nesse momento fora do batel, e depois deu a mão a seu pai para ajudá-lo a desembarcar; d. Carolina, que ainda não mostrava dar fé deles, prosseguiu seu canto até que quando dizia: “Quando há de ele correr / Somente para me ver...”Senti u que Augusto corria para ela. Prazer imenso inundava a alma da menina, para que possa ser descrito; como todos preveem, a balada foi nessa LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS60estrofe interrompida e d. Carolina, aceitando o braço do estudante, desceu do rochedo e foi cumprimentar o pai dele.Ambos os amantes compreenderam o que queria dizer a palidez de seus semblantes e os ves� gios de um padecer de oito dias, guardaram silêncio e não ti veram uma palavra para pronunciar; ti veram só olhares para trocar e suspiros a verter. E para que mais?01. D. Carolina estava atormentada pelo ciúme e despeito devidoa) as conversas que ela ti nha com a avó.b) ao não comparecimento de Augusto a sua casa.c) as informações que Filipe deu sobre Augusto.d) ao bom conceito que a avó ti nha de Augusto.02. A conversa entre d. Carolina e sua avó sobre o estudante amado pela jovem foia) Esclarecedorab) Desmoti vantec) Entedianted) animadora03. O ciúme e o despeito de d. Carolina foram substi tuídosa) pela esperança e serenidade diante das informações dadas pela avó.b) pelo alívio e tranquilidade por causa do recado de Filipe.c) pelas ansiosas inquietações a respeito da doença de Augusto.d) pela culpa de ter julgado mal seu amado.04. A menina voltou a arrumar-se poisa) queria ir visitar o amado.b) ti nha esperança de ser visitada pelo amado.c) recuperou-se do ciúme e do despeito.d) foi aconselhada pela avó a cuidar-se.05. “Com força e comoção desusadas bateu o coração de d. Carolina...”, o termo em destaque signifi caa) enormesb) constantesc) incomunsd) reais06. O reencontro de d. Carolina e Augusto foia) cheio de declarações de amor.b) cheio de questi onamentos.c) marcado pela indiferença e dúvidas.d) marcado pela troca de olhares e suspiros.ROMANTISMOContexto HistóricoTeve início na Europa no fi nal do século XVIII, na Europa, obtendo maior destaque na França. Desenvolveu-se em meio à Revolução Industrial e à Revolução Francesa.Acontece que a parti r da segunda metade do século XVIII começou a consti tuir-se na Inglaterra a sociedade industrial. Passou-se bruscamente do sistema domésti co ao sistema fabril de produção, provocando o surgimento de várias cidades industriais. Assim, a burguesia começou a crescer econômica e politi camente e o proletariado (trabalhadores) começou a crescer em número. Da anti ga sociedade de senhores e servos, passou-se à sociedade de operários e empresários.A Revolução Francesa, por sua vez, desencadeada em 1789, acabou por levar a burguesia ao poder. Assim, ambas as revoluções incenti varam a livre iniciati va, o individualismo econômico e o liberalismo políti co, esti mulando também o nacionalismo. Esse clima de valorização da liberdade e renovação marcou muito a literatura românti ca, afi nal, principalmente baseados nessa liberdade, os poetas se senti ram livres para expressar seus senti mentos na poesia, além de não se senti rem mais presos à métrica dos versos que as escolas anteriores valorizavam. Nascia uma nova forma de escrever. Desse modo, o Romanti smo é a escola da expressão dos senti mentos, da liberdade de expressão. Por isso, alguns escritores passaram a falar da natureza e do amor num tom pessoal e melancólico, fazendo da literatura uma forma de expressar seus senti mentos. Além disso, voltaram-se para os tempos medievais, época da formação de suas nações, valorizando os heróis e as tradições populares, exaltando o nacionalismo. E essa liberdade também fi ca evidente na forma de escrever, já que os escritores românti cos abandonaram o tom solene e adotaram um esti lo simples e comunicati vo na escrita.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS61As principais obras românti cas na europa são: Contos e Inocência, de Willian Blake; Os Miseráveis, de Victor Hugo; Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas.O Romanti smo foi o principal movimento estéti co do fi nal do século XVIII e início do século XIX. O romance Os sofrimentos do jovem Werther, do alemão Goethe, é considerado a primeira obra românti ca publicada. Não obstante, o movimento espalhou-se por toda a Europa e pelas então colônias, tais quais o Brasil. Podendo ser defi nido como a arte da nova burguesia, que ascendia ao poder, o Romanti smo foi uma arte complexa, diversifi cada e rica.Romanti smo em PortugalEm Portugal o Romanti smo surgiu em meio a uma grande agitação políti ca. Em 1808 a corte de D. João VI se transfere para o Brasil, ameaçada pelas tropas de Napoleão Bonaparte. A parti r daí é organizado um movimento de resistência que consegue expulsar o invasor e, em 1820, ocorre na cidade de Porto uma rebelião que se espalha por todo o país, combatendo a monarquia absoluti sta, forma de governo em que o rei exerce o poder absoluto, superior ao poder de outros órgãos do Estado. Além disso, o cenário do nascimento do Romanti smo em Portugal também era de disputa pelo poder. Depois de abdicar do trono brasileiro em favor do fi lho,D. Pedro I volta para Portugal para disputar o trono com seu irmão D. Miguel. Essa disputa foi vista como uma luta entre o liberalismo de D. Pedro e o absoluti smo de D. Miguel. Enfi m, D. Pedro sai vitorioso e começam a ocorrer diversas mudanças sociais e políti cas, apesar de as disputas entre conservadores e liberais ter perdurado por todo o século XIX.Assim, é nesse ambiente de lutas políti cas e reivindicações liberais que se desenvolve o Romanti smo português.Seu marcoinicial foi em 1825 com a publicação do poema Camões, de Almeida Garret, em que o autor faz uma espécie de biografi a senti mental do poeta.O poema de Almeida Garre� possui característi cas como subjeti vismo, nostalgia, melancolia e outros considerados como defi nidores do esti lo. Além disso, o movimento prezava a originalidade, fazendo oposição aos modelos ou às regras impostas.Com o crescimento da burguesia, os autores do esti lo passam a ser pagos por suas obras. Por conta disso, o Romanti smo em Portugal pode ser chamado de Arte da Burguesia. Isso faz com que a arte leve em conta valores considerados importantes para essa classe.Começam a ser valorizados o amor e o casamento, a religião ligada à espiritualidade e a Deus, e o amor pela nação, o patrioti smo. O escritor uti liza conteúdo do eu lírico e senti mentalistas. Falava-se sobre o amor, sobre a vida e, algumas vezes, sobre a morte.A mulher volta a ser exaltada nos textos. Histórias sobre a busca constante por amor, sobre a mulher dos sonhos ou sobre as perdas desses amores são constantes nesse período. A natureza também tem lugar de destaque nas obras românti cas de Portugal. LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS62O Romanti smo em Portugal ainda é caracterizado pelo escapismo. Isso marca uma tentati va de escapar da realidade, novamente apelando mais para a emoção mais do que para a razão. Os autores constantemente escreviam seus textos com foco nos sonhos, na natureza, no passado e na morte.O Romanti smo português é subdividido em três fases:• Prisão ao Neoclassicismo: ainda havia traços presos ao Neoclassicismo (ou Arcadismo), como a poesia de Almeida Garret e Alexandre Herculano.• Início dos Exageros: os poetas se assumem inteiramente românti cos, deixando a escola anterior para trás. É o caso de Soares de Passos e Camilo Castelo Branco.• Início dos Traços Realistas: os poetas já estão deixando o Romanti smo para trás e inserindo traços da escola posterior em suas obras: o Realismo. Os poetas de destaque são João de Deus e Júlio Dinis.Característi cas dos autores portuguesesAlmeida GarretPrecursor do Romanti smo em Portugal, com a obra Camões; apesar disso ele não se inti tulava nem clássico nem românti co e, de fato, suas criações como poeta, prosador e dramaturgo estavam longe do senti mentalismo exagerado que caracteriza o � pico escritor românti co.Alexandre HerculanoA característi ca principal de suas obras é a historiografi a, o relato da história de Portugal; sua principal obra é Eurico, o Presbítero, que fala sobre a fi gura do Clero, destacando o amor proibido, além da retomada do poder de Portugal.Camilo Castelo BrancoFoi o primeiro autor a ganhar a vida com a Literatura. Ele vivia dela, e escrevia sobre temas que seriam lucrati vos para ele. É considerado o criador da novela passional portuguesa, isto é, das histórias que envolvem a paixão; sua obra mais conhecida, e de maior destaque como novela passional, é Amor de Perdição.Julio DinisEm sua obra não há o clima de tragédia e fatalismo que marca, por exemplo, a novela passional de Camilo Castelo Branco. Ainda que fale de amor e paixão, fala de um jeito mais simples e, no fi nal, os mal entendidos se esclarecem e tudo se resolve. Sua obra possui um ar de oti mismo e esperança; obra mais conhecida, inclusive com grande repercussão no Brasil: As Pupilas do Senhor Reitor.Característi cas gerais• Liberdade de criação e expressão;• Individualismo / subjeti vismo;• Valorização das emoções;• Nacionalismo;• Escapismo / fuga da realidade;• Pessimismo;• Valorização da natureza;• Religiosidade / Cristi anismo;• Idealismo.ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM01. (FMU-FIAM-FAAM-SP) O homem de todas as épocas se preocupa com a natureza. Cada período a vê de modo parti cular. No Romanti smo, a natureza aparece como:a) Um cenário cienti fi camente estudado pelo homem: a natureza é mais importante que o elemento humano.b) Um cenário estáti co, indiferente; só o homem se projeta em busca de sua realização.c) Um cenário sem importância nenhuma; é apenas um pano de fundo para as emoções humanas.d) Confi dente do poeta, que comparti lha seus senti mentos com a paisagem; a natureza se modifi ca de acordo com o estado emocional do poeta.e) É um cenário idealizado onde todos são felizes e os poetas são pastores.02. (FEI-SP) São característi cas comuns aos movimentos românti co e modernista:a) Senti mento trágico da vida; desilusão e sofrimento.b) Visão da natureza como refúgio acolhedor; atração por ambiente noturno.c) Projeção na natureza do estado de espírito do poeta; religiosidade cristã.d) Nacionalismo; liberdade; desejo de reformas sociais.e) Idealização da mulher; morte encarada como libertação.03. (ENC-SP) As duas obras-primas do romanti smo português – Frei Luís de Sousa e Eurico, o Presbítero – gêmeas no tempo e nos moti vos, saparam-se tanto quanto Garre� se afasta e diverge de Herculano. Um é a constante pessoal do português aberto à ordem clássica, o português lúcido e sensível da saudade e do pecado de delícia numa equação de tragédia, com senti mentos de Bermardim em formas de Camões; outro, o do português de cerne, que peca sobriamente e supera com dureza o seu pecado, senti ndo a Sá de LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS63Miranda e falando com ásperos soluços. Ambos bem nossos. Vitorino Nemísio.Tendo por base o texto críti co abaixo e, sobretudo, a leitura de Frei Luís de Sousa e Eurico, o Presbítero, é correto afi rmar que:a) O “português aberto à ordem clássica” difere de “português de cerne”, porque se deixa levar mais profundamente pela emoção, devido às infl uências da tragédia clássica.b) O problema do celibato, no drama de Garre� , serve para criar intenso confl ito entre as personagens, que adotam o hábito forçadas pela situação; já, em Eurico, o Presbítero, supera-se a ideia do pecado, porque a personagem veste o hábito movida pela autênti ca fé cristã e pelo desejo de combater os infi éis.c) Frei Luís de Sousa insere-se na linha da rigorosa construção clássica, que supõe a recuperação de � picos expedientes dramáti cos da tragédia, enquanto que a construção mais livre, em Eurico, o Presbítero, implica a atualização em grande escala de expedientes comuns ao Romanti smo, como o da expansão senti mental.d) Há infl uência clássica tanto em Frei Luís de Sousa quanto em Eurico, o Presbítero, presente na construção rigorosa das duas obras, que obedecem aos cânones da estéti ca seiscenti sta.e) O senti mento da emoção, muito mais presente em Herculano do que em Garre� , é autenti camente português. Enquanto que a construção trágica não passa de infl uência estranha a Portugal.04. (UNIVERSITÁRIO-SP) Leia com atenção o trecho abaixo, extraído do últi mo capítulo de Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco.Viram na um momento, bracejar, não para resisti r à morte, mas para abraçar-se ao cadáver de Simão, que uma onda lhe ati rou aos braços. O comandante olhou para o síti o donde Mariana ati rara, e viu, enleado no cordame, o avental, e à fl or da água, um rolo de papéis, que os marujos recolheram na lancha.a) Que relação há, em Amor de Perdição, entre as personagens Simão e Mariana?b) No trecho citado, o narrador menciona um “rolo de papéis”. Que papéis são esses?c) Considerando as respostas dadas aos itens a e b, analise a função desempenhada pela personagem Mariana na estrutura do romance.05.Leia e responda:Amor de perdição - Capítulo II[...] No espaço de três meses fez-se maravilhosa mudança nos costumes de Simão. As companhias da relé desprezou-as. Saía de casa raras vezes, ou só, ou com a irmã mais nova, sua predileta. O campo, as árvores e os síti os mais sombrios e ermos eram o seu recreio. Nas doces noites de esti o demorava-se por fora até ao repontar da alva. Aqueles que assim o viam admiravam-lhe o ar cismador e o recolhimento que o sequestravada vida vulgar. Em casa encerrava-se no seu quarto, e saía quando o chamavam para a mesa.D. Rita pasmava da transfi guração, e o mari-do, bem convencido dela, ao fi m de cinco meses, consenti u que seu fi lho lhe dirigisse a palavra.Simão Botelho amava. Aí está uma palavra única, explicando o que parecia absurda reforma aos dezessete anos.Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira pela primeira vez, para amá-la sempre. Não fi cara ela incólume da ferida que fi zera no coração do vizinho: amou o também, e com mais seriedade que a usual nos seus anos.Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da mulher aos quinze anos, como paixão perigosa, única e infl exível. Alguns prosadores de romances dizem o mesmo. Enganam-se ambos. O amor dos quinze anos é uma brincadeira; é a últi ma manifestação do amor às bonecas; é a tentati va da avezinha que ensaia o voo fora do ninho, sempre com os olhos fi tos na ave-mãe, que a está de fronte próxima chamando: tanto sabe a primeira o que é amar muito, como a segunda o que é voar para longe.Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção no seu amor.O magistrado e sua família eram odiosos ao pai de Teresa, por moti vo de li� gios, em que Do mingos Botelho lhe deu sentenças contra. Afora isso, ainda no ano anterior dois criados de Tadeu de Albuquerque ti nham sido feridos na celebrada pancadaria da fonte. É, pois, evidente que o amor de Teresa, declinando de si o dever de obtemperar e sacrifi car-se ao justo azedume de seu pai, era verdadeiro e forte.[...] CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de perdição. SãoPaulo: Áti -ca, 2001Vocabulárioalva: primeira claridade da manhã. cismador: pensati vo.declinar: eximir-se, recusar. ermo: deserto.esti o: verão.incólume: ileso, livre de dano ou perigo. li� gio: questão judicial.obtemperar: obedecer, pôr-se de acordo. pasmar: admirar-se de algo.relé: ralé; a camada mais baixa da sociedade. transfi guração: transformação na maneira de pensar e proceder.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS64a) Segundo o texto, que grande transformação o amor provocou em Simão?b) O que essa alteração de comportamento revela sobre o novo estado de espírito de Simão?c) Leia: “[...] O campo, as árvores e os síti os mais sombrios e ermos eram o seu recreio. Nas doces noites de esti o demorava-se por fora até ao repontar da alva. [...]” O espaço é fundamental em uma narrati va não só porque determina muitas das ações das personagens, mas porque pode revelar seu estado de espírito. Por que os novos espaços por onde circula Simão são coerentes com sua transformação?d) Explique o que é, segundo o narrador, o amor dos 15 anos.e) Por que Teresa de Albuquerque é uma exceção em seu amor?06. (UM-SP) O gosto pela expressão dos senti mentos, dos sonhos e das emoções que agitam seu mundo interior, numa ati tude individualista e profundamente pessoal, marcou os autores do:a) movimento realistab) movimento árcadec) movimento românti cod) movimento barrocoe) movimento naturalista07. (ITA-SP) O tema do excerto abaixo relaciona-se à representati va tendência de um determinado esti lo literário. Assinale, então, a opção cujos autores pertencem à tendência e ao esti lo em questão:“Amei-te sempre: – e pertencer-te quero / Para sempre também, amiga morte. / Quero o chão, quero a terra - esse elemento / que não se sente dos vaivéns da sorte.”a) Casimiro de Abreu, Visconde de Taunay, José de Alencar.b) Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Junqueira Freire.c) Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Basílio da Gama.d) Castro Alves, Gonçalves Dias, Manuel Antônio de Almeida.e) Gregório de Matos, Padre Vieira, Bernardo Guimarães.08.(UFPA) A liberdade de inspiração, pregada pelos românti cos, correspondia, também, à liberdade formal – esta peculiaridade possibilitou a mistura dos gêneros literários e o consequente abandono da hierarquia clássica que os presidia. Como consequência, no Brasil:a) Observa-se um detrimento da poesia em favor da prosa.b) Registra-se o abandono total do soneto.c) Verifi ca-se a interpenetração dos gêneros, o que muito enriqueceu os já existentes, possibilitando o aparecimento de novos.d) Ampliou-se o alcance da poesia, o que já não se pode dizer quanto ao romance e ao teatro.e) Usou-se, quase abusivamente, o verso livre, o que muito contribuiu para o desenvolvimento de nossa poesia.09. (UCP-PR) Coube a ati ngir o ponto mais alto do teatro românti co brasileiro. Numa linguagem simples e correta, retratou os variados ti pos da sociedade do século XIX:a) Marti ns Pena.b) Procópio Ferreira.c) Joaquim Manuel de Macedo.d) Machado de Assis.e) Cornélio Pena.(PUCCAMP) Para responder às questões, você vai usar o texto abaixo.Texto críti co“Embora seja importante indagar das razões por que público brasileiro dos anos de 1870 avidamente leu e com entusiasmo aplaudiu “A Escrava Isaura”, razões que encontram o principal moti vo em onda então crescente de senti mento abolicionista – convenhamos em que muito mais importante o comportamento desse público é, para a críti ca, a natureza desse romance.Mesmo lido com simpati a, “A Escrava Isaura” não resiste à críti ca. Seu enredo resulta em ser inverossímil, tais e tantos são os expedientes primários do Autor, usados para conduzir por determinados caminhos e para desenlace preestabelecido: em frequentes exabruptos, mudam os senti mentos dos protagonistas com relação à bela e desditosa Isaura, e assim de protetores se transformam de pronto em pérfi dos algozes, servindo à linha dramáti ca premeditada pelo fi ccionistas; não menos precipitada e arti fi cialmente se engendram e desenrolam as situações ou episódios concebidos sempre com a intenção de marcar “passus” da vida “crucis” da desgraçada heroína, que, por fi m, mais arrastada pelo autor que pelas forças do drama que vive, encontra no alto do seu calvário, ao invés do sacri� cio fi nal (o que teria dado ao romance verossimilhança e força), a salvação e a felicidade de LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS65extrema. Tão primário e arti fi cial quanto enredo que domina a obra, dandolhe � pica estrutura novelesca ou romanesca, é, não digo a concepção, mas o modo de conduzir personagens: Isaura, Malvina, Rosa, Leôncio, Álvaro, Belchior, André, o Dr. Geraldo, Marti m e Miguel, se têm peculiaridades � sicas e morais que os caracterizam sufi cientemente e os individualizam na galeria das personagens da fi cção românti ca, se ocupam posições bem “marcadas” no palco dos acontecimentos, decomposto em dois cenários (uma fazenda de café da Baixada Fluminense e o Recife), não chegam contudo, a receber sufi ciente estofo psicológico: daí a impressão que deixam, não apenas de símbolos dramáti cos quase vazios, senão que também � teres (vá lá a cansada imagem) conduzidos pelo autor, para esta ou aquela ação indispensável, a seu ver, às suas principais intenções”.(Antônio Soares Amora, “O Romanti smo”, vol. II da A Literatura Brasileira).10. (PUCCAMP) Antônio Soares Amora diz-nos, no texto, que:a) a críti ca, ao avaliar um romance, baseia-se na natureza da obra e não simplesmente nas reações do público leitor;b) a críti ca ataca os romances que cati vam a simpati a e o entusiasmo dos leitores;c) Bernardo Guimarães, ao escrever seu romance “A Escrava Isaura”, não se preocupou com a críti ca e, sim, com a Abolição;d) é muito di� cil a críti ca avaliar romances de grande popularidade e aceitação;e) romance da natureza é para a críti ca muito mais importante do que o comportamento do público leitor.11. (PUCCAMP) Ainda, de acordo com o texto:a) enredo inverossímil de “A Escrava Isaura” resulta de um autor primário que se perde nos caminhos escolhidos para um fi m determinado;b) os protetores de Isaura transformam-se em seus algozes, crucifi cando-a nofi nal do romance;c) os recursos empregados pelo Autor forçam um defeso preestabelecido;d) a parte mais inverossímil do romance é a que assinala os “passus” da “via crucis” de Isaura;e) embora reconhecesse a inverossimilhança do drama, o autor via nela a salvação e felicidade extrema da heroína.12. (PUCCAMP) De texto concluímos que:a) de tal modo os episódios de “A Escrava Isaura” são dominados pela precipitação e arti fi cialidade, que a ação resulta muito mais da inserção do Autor do que das forças do confl ito;b) a � pica estrutura novelesca de “A Escrava Isaura” caracteriza-se pelo desenvolvimento do enredo, pela concepção das personagens e pelo desfecho;c) em “A Escrava Isaura” o Autor vive um drama cujas forças o arrastam a um calvário onde encontra, em vez do sacri� cio fi nal, a sua felicidade;d) a bela e desditosa Isaura muda os senti mentos dos protagonistas, levando-os ao sacri� cio fi nal, no alto do calvário;e) para a heroína é muito mais importante encontrar a salvação e a felicidade extrema do que o sacri� cio fi nal, no alto do Calvário.13. (PUCCAMP) O texto afi rma que:a) as personagens Isaura, Malvina, Rosa, Leôncio, Álvaro, Belchior, Dr. Geraldo, Marti m e Miguel são sufi cientemente caracterizados � sica, moral e psicologicamente;b) uma falha comparável no primarismo e arti fi cialidade do enredo é a concepção das personagens de “A Escrava Isaura’;c) as personagens � teres cansam o leitor, à medida que o Autor as conduz a esta ou àquela ação indispensável ao enredo;d) as personagens, conduzidas de modo primário e arti fi cial, sem profundidade psicológica, são como fantoches nas mãos do Autor;e) sem o arti fi cialismo das personagens, “A Escrava Isaura” teria resisti do à críti ca.GERAÇÕES DO ROMANTISMOLINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS66O Romanti smo pode ser dividido em 3 gerações que possuem algumas característi cas que as diferem. Veja:Primeira GeraçãoQuando o Romanti smo surgiu os autores ainda manti nham em seus textos algumas característi cas clássicas, seguindo regras da produção literária referentes ao período.As obras desse período abordam a natureza, o país e idealizam tudo maravilhoso, por isso alguns estudiosos chamam essa geração de nacionalista. Em Portugal, os temas mais frequentes eram o nacionalismo, o romance histórico e o medievalismo. No Brasil, esse apego ao passado era visto no indianismo.Os versos de Gonçalves Dias ilustram bem a primeira geração românti ca que tem como principais característi cas a referência ao índio, aos negros, à natureza brasileira.Segunda GeraçãoA segunda geração é o período conhecido como Ultrarromânti co, em que o mal do século tem papel de destaque e as obras acabam sendo mais pesadas. Suas característi cas marcantes são o exagero no subjeti vismo e emocionalismo. As menções ao tédio e desejo de morte são frequentes.O poema de Alvares de Azevedo retrata muito bem segunda geração. O verso” se eu morresse amanhã” nos dá essa visão da geração melancólica, do conhecido mal do século (uma visão depressiva das coisas; culto da noite; doenças psíquicas; angústi a e morbidez) e a fuga da realidade (através de sonhos, da morte, loucura, embriagues)Terceira GeraçãoNesse período os escritores quebraram regras da literatura. Os poemas começaram a ser escritos de maneira diferente e na prosa começam a aparecer palavras que antes não eram da literatura, ou seja, palavras mais usadas pelo povo.No poema de Castro Alves percebemos a fi gura feminina denotando um amor mais real, despertando a sensualidade e a concreti zação do contato � sico. Diferente das donzelas virginais e inacessíveis representadas pela segunda geração, a mulher se entrega aos encantos de seu admirador, levando-nos a crer que o encontro amoroso foi realmente consumado. Nessa geração os autores também começaram a falar de questões sociais. Foi o primeiro passo para o realismo, próximo movimento literário Característi cas do Romanti smoO Romanti smo foi um movimento ar� sti co que surgiu na Europa no século XVIII, mais especifi camente na década de 1770, e durou até o século XIX. Esse movimento infl uenciou a literatura, a pintura, a arquitetura e a música.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS67Qual foi o principal objeti vo do romanti smo?No romanti smo, a sociedade evidenciou o espírito românti co – ati tude e visão de mundo centrada no indivíduo – com o objeti vo de se diferenciar dos pensamentos do Iluminismo, que colocava a razão como centro do mundo e pregava a objeti vidade.Movidos por esse ideal de mudança, os arti stas românti cos começaram a mudar a teoria e a práti ca de suas artes. Além disso, a forma como essas pessoas enxergavam o mundo também começou a mudar. Tais transformações ultrapassaram o campo ar� sti co e teve imenso impacto na fi losofi a e em toda a cultura ocidental, que passou a aceitar a emoção e os senti dos como uma forma válida de experimentar a vida.A infl uência das revoluções pode ser percebida nas característi cas de idealismo e rebeldia, que foram marcantes nas obras produzidas no período.Da mesma forma, o escapismo e o subjeti vismo, que valorizavam mais os senti mentos individuais do que os coleti vos, como consequência do desgosto com a situação social, também podem ser apontados como uma infl uência do período histórico no Romanti smo. O individualismo, que era outro aspecto do des-se movimento, era uma característi ca da burguesia da época, que se tornou mais evidente a parti r das revoluções do fi nal do século XVIII.Liberdade de expressão e de criaçãoAs regras externas não importam no Romanti smo. As obras desse movimento têm como principal objeti vo retratar e valorizar o “eu”. Por esse moti vo, os autores sentem que têm total liberdade para expressarem seus senti mentos e visão de mundo da forma como desejam.É importante considerar também que os pensadores e arti stas românti cos frequentemente recorriam à imaginação na produção das suas obras. Na literatura, por exemplo, o objeti vo não era descrever o mundo como ele é, mas sim como ele poderia ser.Rebeldia e IdealismoOs autores do Romanti smo ti nham uma visão de mundo completamente idealizada. A realidade para esses autores era considerada desesperadora, já que eles enxergavam as regras do mundo moderno como limitações ao crescimento pessoal, políti co e ar� sti co. Para eles, a pátria, a mulher e o amor são vistos não da forma como são, mas como eles acreditam que deveriam ser. Por esse moti vo, a pátria é sempre perfeita. A mulher é sempre retratada como virgem, frágil, bela e submissa e além dessas característi cas, está o inati ngível. O amor é espiritual, geralmente inalcançável e a causa de grande sofrimento.Assim, os arti stas românti cos eram idealistas e frequentemente se retratavam como heróis rebeldes, à margem da sociedade passaram a ver seu trabalho como uma forma de promover a mudança. Por esse moti vo, era comum que a arte românti ca também retratasse as injusti ças sociais e as opressões políti cas da época.IndividualismoOs autores do Romanti smo consideravam que eles e seus senti mentos estavam no centro do universo. Na visão dos romancistas, seus desejos, paixões e frustrações são mais importantes do que os acontecimentos externos.Eles davam grande ênfase às suas característi cas e experiências pessoais, que geralmente eram defi nidas por senti mentos e emoções. Dessa forma, as obras românti cas eram também marcadas por um forte subjeti vismo que retratava de forma fi el a visão de mundo dos autores.NacionalismoMuitas obras do Romanti smo exaltam os feitos dos heróis nacionais, resgatando o passado das nações, principalmente o período medieval. Também é comum a valorização da pátria.Valorização da NaturezaPara os romancistas, a natureza consisti a em uma força incontrolável e transcendental. O autor românti co é fascinado pela natureza. Eledescreve as paisagens exóti cas e usa, também, essa característi ca para exaltar sua nação.Além disso, o autor românti co transforma a natureza em uma personagem que refl ete o “eu”. Portanto, ela assume as emoções, como tristeza, e esbanja exuberância diante da alegria e das conquistas do indivíduo.Pessimismo e EscapismoOs romancistas, frequentemente, fi cam impossibilitados de realizar os desejos do seu “eu”. Isso acaba gerando angústi a, frustração, desespero, tristeza, entre outras emoções que acabam caracterizando esse estado de espírito como o “mal do século”.Um fator gerado por esse pessimismo existente é a fuga da realidade que o autor não consegue suportar. A causa dessa frustração vem do contexto histórico: a Revolução Francesa promoveu mudanças, mas essas mudanças não deixaram os homens sati sfeitos e nem realizou seus desejos. Dessa forma, ele sente a necessidade de escapar da realidade.Devido a isso, o fi nal de muitas obras do período do Romanti smo traz a saída encontrada pelos autores para essa tristeza e para fugir da realidade. Morte, suicídio, fuga para a natureza ou a pátria são os escapes possíveis para esse mal.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS68Senti mentalismoA ênfase nas emoções pessoais é uma das principais característi cas do Romanti smo. O autor expressa não só os senti mentos dos personagens, mas sua própria percepção das situações e da vida. ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM01. Complete o texto com as palavras: Maniqueísta, mal-do-século, idealizados, Trovadoresco, burguesa.O Romanti smo é a primeira estéti ca cultural. Privilegia a subjeti vidade, a liberdade de expressão, o senti mentalismo e a idealização – grosso modo, resgata os traços medievais do período ________ , demonstrando nacionalismo (formação estado nacional burguês) e religiosidade (Teocentrismo). De origem alemã e inglesa, o Romanti smo se difunde através dos ideais da Revolução Francesa (1789). Seu universo fi ccional se consti tui como o avesso do mundo real e, de maneira , expressa a vitória do bem sobre o mal. Em 1774, na Alemanha, Goethe publica Werther e lança as bases do senti mentalismo e do escapismo; em 1781, Schiller publica Os salteadores e recupera o passado histórico medieval. Na Inglaterra, George Byron se destaca com a poesia impregnada de pessimismo ( / “spleen”), e W. Sco� exalta o passado com romances históricos medievais, do ti po Ivanhoé. Na França, autores como Alfred Musset, Alexandre Dumas, Victor Hugo, e outros difundem enredos .02. A questão versa sobre aspectos do Romanti smo, enquanto “estado de alma” e “esti lo literário”. Marque C, para certo, e E, para errado:Texto: “Nenhuma força virá me fazer calar / Faço no tempo soar minha sílaba / Canto somente o que pede para se cantar / Sou o que soa / Eu não douro pílula. / Tudo o que eu quero / É um acorde perfeito, maior / Com todo mundo podendo brilhar / Num cânti co / Canto somente o que não pode mais se calar / Noutras palavras, sou muito românti co.” (Caetano Veloso / “Muito Românti co”)a) É comum encontrar traços de Romanti smo até na literatura dos nossos dias, a exemplo destes versos, em que o “eu lírico” mostra seu “estado de alma” românti co. ( )b) Enquanto “estado de alma”, o Romanti smo encontra-se unicamente concentrado na literatura da primeira metade do século XIX. ( )c) Pela temáti ca explorada, Caetano Veloso integra o “esti lo de época” chamado Romanti smo. ( )d) Não há qualquer disti nção entre Romanti smo, como “estado de alma”, e Romanti smo, como “esti lo de época”. ( )e) A fuga da realidade através da imaginação, o comportamento baseado na liberdade, na emoção e na idealização da realidade defi nem o “estado de alma” românti co. ( )f) Hoje em dia, a palavra “românti co” designa um rótulo, não raro comercial, demonstrando imaginação e senti mentalismo. ( )g) Como “esti lo de época”, o Romanti smo resgata, grosso modo, posturas medievais.( )03. (UEL) Assinale a alternati va que completa adequadamente a asserção:O Romanti smo, graças à ideologia dominante e a um complexo conteúdo ar� sti co, social e políti co, caracteriza-se como uma época propícia ao aparecimento de naturezas humanas marcadas pora) teocentrismo, hipersensibilidade, alegria, oti mismo e crença.b) etnocentrismo, insensibilidade, descontração, oti mismo e crença na sociedade.c) egocentrismo, hipersensibilidade, melancolia, pessimismo, angústi a e desespero.d) teocentrismo, insensibilidade, descontração, angústi a e desesperança.e) egocentrismo, hipersensibilidade, alegria, descontração e crença no futuro.04. (FUVEST)I - “Ah! enquanto os desti nos impiedosos Não voltam contra nós a face irada, Façamos, sim façamos, doce amada,Os nossos breves dias mais ditososII -”É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida.”III - “E quando eu durmo, e o coração ainda Procura na ilusão da lembrança,Anjo da vida, passa nos meus sonhos E meus lábios orvalha de esperança!”Associe os trechos acima com os respecti vos movimentos literários, cujas característi cas estão enunciadas:Romanti smo: evasão e devaneio na realização de um eroti smo difuso.Arcadismo: aproveitamento do momento presente (“carpe diem”).Barroco: efemeridade da beleza � sica, brevidade enganosa da vida.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS69a) I - romanti smo; II - arcadismo; III - barroco;b) I - barroco; II - arcadismo; III - romanti smo;c) I - arcadismo; II - romanti smo; III - barroco;d) I - arcadismo; II - barroco; III - romanti smo;e) I - barroco; II - arcadismo; III - romanti smo.05. (FEI) Numere a coluna, tendo em vista a poesia românti ca brasileira:1. primeira geração2. segunda geração3.terceira geração( ) abolicionismo ( ) condoreirismo( ) autocomiseração exacerbada ( ) obsessão pela morte( ) indianismo( ) nacionalismoAgora, escolha a alternati va que apresenta a sequência correta dos numerais:a) 2 - 3 - 2 - 1 - 2 - 1;b) 1 - 3 - 2 - 1 - 2 - 3;c) 3 - 2 - 2 - 1- 2 - 2;d) 2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 1;e) 3 - 3 - 2 - 2 - 1 - 1;ROMANTISMO NO BRASILDe acordo com o texto do Gonçalves Dias: Qual das estrofes é lembrada no Hino Nacional? A distância no poema é marcada por dois advérbios. Quais são eles e o que cada um representa? Dois elementos da natureza são destacados no poema como símbolo da pátria. Identi fi que-os.No poema, de Álvarez de Azevedo estão sinteti zados os temas do escapismo da vida e das angústi as que consomem a existência do poeta. Que outras característi cas do ultrarromanti smo encontramos nele? Explique por que Álvares de Azevedo é ti do como a “An� tese personifi cada”.Em O Navio Negreiro, na estrofe, a expressão vocati va “Senhor Deus dos desgraçados!” introduz a súplica dos escravos que virá nos versos seguintes. A quem são dirigidas as perguntas do poema?LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS70O tema sobre o Romanti smo no Brasil é sempre cobrado em provas como Enem e outras. Ele foi, não somente um movimento ar� sti co (como nas artes plásti cas e no teatro), mas também fi losófi co, combinando o racionalismo formal com uma visão mais emocional, enfati zando o “eu”, a criati vidade e o valor subjeti vo da arte. Além disso, o movimento foi crucial para revolucionar a prosa e a poesia brasileira, infl uenciando nas próximas manifestações culturais.O que foi o Romanti smo no BrasilO impulso do Romanti smo surgiu como um contraponto da intensa racionalização e mecanização provenientes da revolução industrial. Ele é marcado por um ambiente intelectual de grande rebeldia, oposição à realidade social e inconformismo às regras que determinavam o fazer ar� sti co, principalmente na literatura. Para explicar o que foi o Romanti smo no Brasil, primeiro vamos entender suas origens.Com foco nas emoções e expressão da subjeti vidade, o Romanti smo literário abriu espaço paraque o arti sta criasse livremente, o que também refl eti a o cenário externo, aquilo que acontecia na esfera social. Originalmente surgido na Alemanha, que estava se formando conação, o romanti smo teve bases nacionalistas e se mostrou como espaço para a religação à natureza e também à essência humana.Como você verá a seguir, esse contexto foi um marco em comum para o Brasil, que passava justamente pelo processo de independência de Portugal. Como nação, o Romanti smo teve bases nacionalistas e se mostrou como espaço para a religação à natureza e também à essência humana.Contexto Histórico do Romanti smo no BrasilA melhor forma de conhecer uma escola literária é acompanhando o cenário da época. Com o contexto histórico do Romanti smo no Brasil, você percebe que ele foi uma necessidade que caminhou ao encontro da independência do nosso país. Após o grito da independência em 1822, surge uma nova mentalidade no povo brasileiro, que deseja reforçar a nova realidade, negando tudo o que ti nha origem na cultura portuguesa.Além disso, o país atravessava um momento marcado por reformas políti cas, ânimo de liberdade, necessidade de construção dessa nova nação e, principalmente, destaque para o nacionalismo e valorização da nossa pátria. Semelhante ao contexto histórico do Romanti smo europeu, a situação, ao mesmo tempo em que criava uma certa insegurança em relação ao novo modelo, também inspirava com os novos ares.Um marco que aponta para o início do Romanti smo no Brasil foi o livro “Suspiros Poéti cos e Saudades” LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS71de Gonçalves de Magalhães, no ano de 1836. Veja o trecho inicial do prefácio, que expõe como o Romanti smo não está ligado a um lugar ou vertente específi ca, mas principalmente ao compromisso do escritor consigo, não podendo ser as obras julgadas pela forma e, sim, senti das pelo leitor.“LedePede o uso que se dê um prólogo ao livro, como um pórti co ao edi� cio; e como este deve indicar por sua construção a que divindade se consagra o templo, assim deve aquele designar o caráter da obra. Santo uso de que nos aproveitamos para desvanecer alguns preconceitos, que talvez contra este livro se elevem em alguns espíritos apoucados. É um livro de poesias escritas segundo as impressões dos lugares; ora sentado entre as ruínas da anti ga Roma, meditando sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a imaginação vagando no infi nito como um átomo no espaço; ora na góti ca catedral, admirando a grandeza de Deus e os prodígios do cristi anismo; ora entre os ciprestes que espalham sua sombra sobre túmulos; ora, enfi m, refl eti ndo sobre a sorte da pátria, sobre as paixões dos homens, sobre o nada da vida. São poesias de um peregrino, variadas como as cenas da natureza, diversas como as fases da vida, mas que se harmonizam pela unidade do pensamento e se ligam como os anéis de uma cadeia; poesias d’alma e do coração, e que só pela alma e o coração devem ser julgadas ”Característi cas do Romanti smo no BrasilCom relação aos aspectos que marcam a literatura desse movimento, podemos destacar como principais característi cas do Romanti smo no Brasil:• o rompimento com a cultura precedente, a es-cola literária do Arcadismo com o predomínio da racionalidade, ciência e cultura pagã;• a subjeti vidade e valorização das expressões dos senti mentos e manifestações do eu;• a arte voltada para o povo, surgimento de um público consumidor da cultura (com o surgi mento de tecnologias que agilizavam a produ-ção, surgiram os folheti ns);• a liberdade e originalidade, com a criação da forma livre de regras;• a idealização da mulher, muitas vezes culmi-nando no amor platônico;• o indianismo, no qual o índio é apresentado como herói;• a evasão, ou um escape (escapismo) do mundo real;• o patrioti smo, com expressões de nacionalis-mo chegando à sua forma exacerbada, que é o ufanismo;• a religiosidade, na qual o escritor ou poeta se sustenta como resposta para a insegurança e incerteza, além do contraponto ao cienti fi cismo presente no Neoclassicismo (ou Arcadismo);• a exaltação da natureza.POESIAAs Três Gerações Românti cas Brasileiras1ª Geração: Nacionalista / IndianistaO Romanti smo no Brasil, primeira geração, está muito ligado ao ufanismo, uma vez que o país ti nha se tornado independente recentemente. Outra temáti ca muito explorada nessa época é o indianismo, apresentando o índio como elemento de ligação à pátria e à natureza (e riquezas naturais) próprias do Brasil. O foco foi um resgate da essência história e cultural do país.• Índio como herói. Figura do “bom selvagem”;• Exaltação de nossas paisagens naturais e de nossa pátria;Principais poetas: Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias, sendo este últi mo o autor da clamada obra Canção do Exílio. ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM01. Que visão de pátria é apresentada no poema? Confi rme sua resposta transcrevendo dois versos do texto em seu caderno.02. No poema, as palavras “lá” e “cá” aparecem repeti damente. O que elas representam para o eu poéti co?LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS7203. Apesar de se referir ao próprio país, o Brasil, podemos considerar universal a maneira como o poeta vive seu senti mento em relação à pátria. Por quê?04. Como você interpretaria a repeti ção da expressão “Minha terra tem...”?05. Transcreva, em seu caderno, os versos do poema que podem ilustrar os seguintes senti mentos:a) Desilusão.b) Encantamento.06. Alguns versos do poema de Gonçalves Dias podem ser relacionados a trechos do “Hino Nacional Brasileiro”, escrito 63 anos depois, em 1909. Identi fi que esses versos e transcreva-os.07. O que é exílio?08. Caracterize o eu lírico do poema.09. No poema, o eu lírico compara a terra natal com a terra onde está exilado. Que elementos são uti lizados nessa comparação?a) Sociais.b) Naturais.c) Econômicos.d) Políti cos.10. A distância da terra natal provoca no eu lírico:a) Tristeza.b) Desespero.c) Angústi a.d) Saudade.11. Ao se referir à terra natal, o eu lírico apresenta uma imagem:a) Realista.b) Racional.c) Idealizada.d) Imparcial.12. Quais os principais temas característi cos do Romanti smo apresentados nesse poema?13. Nos versos “Em cismar, sozinho à noite/ Mais prazer encontro eu lá”, destaca-se a característi ca românti ca:a) Exaltação da natureza.b) Valorização da cultura popularc) Escapismo.d) Críti ca social.14. Apresenta um apelo o verso:a) “Minha terra tem palmeiras”.b) Que tais não encontro eu cá”.c) “Nosso céu tem mais estrelas”.d) “Não permita Deus que eu morra”.15. Revela-se no poema um tom de:a) Lamento.b) Humor.c) Ironia.d) Rancor.16. A distância e a saudade provocam a distorção da imagem da terra natal, cuja natureza é minuciosamente comparada com a da terra do exílio.a) A oposição e a distância são marcadas por dois advérbios insistentemente repeti dos ao longo do poema. Quais são eles e o que cada um representa?b) Entre os diversos elementos da natureza, dois se destacam e se tornam símbolos da pátria distante. Quais são eles?Romanti smo - Poesia2ª Geração: Ultrarromânti ca / Mal do SéculoA segunda geração do Romanti smo no Brasil, também conhecida como mal do século, recebeu grande infl uência da poesia de George Gordon Byron, ou Lord Byron. A melancolia e o pessimismo ganham destaque e o medo, o sofrimento e os vícios são temas abordados nessas produções. A fuga da realidade se apresenta com um saudosismo à infância, exaltação da morte e no medo do amor.Também conhecida como Ultrarromanti smo, nessa fase do movimento românti co os autores já não ti nham tanta afi nidade com o nacionalismo. Houve maior exacerbação dos senti mentos, levando a um egoísmo.Com relação à mulher, que até então era retratada de forma respeitosa (com o amor puro e cortês — presente desde o Trovadorismo), agora tem um novo papel. A parti r de então, o poeta demonstracerta sensualidade em relação à mulher, para a qual ele sugere ter desejos sexuais, mas percebe que não é digno de tocá-la. Individualismo / Egocentrismo; Morte como refúgio; Idealização do amor perfeito; Pessimismo; Saudade da infância;Principais poetas: Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, sendo este últi mo autor da renomada obra Meus Oito Anos.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS73ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM1. Leia o poema o conhecido poema “Meus oito anos”, do poeta românti co Casimiro de Abreu:Meus oito anosCasimiro de Abreu (1839-1860)Oh! Que saudades que tenho / Da aurora da minha vida, / Da minha infância querida /Que os anos não trazem mais! /Que amor, que sonhos, que fl ores, / Naquelas tardes fagueiras, / À sombra das bananeiras, / Debaixo dos laranjais!Como são belos os dias / Do despontar da existência! / – Respira a alma inocência / Como perfumes a fl or; / O mar é – lago sereno, / O céu – um manto azulado, / O mundo – um sonho dourado, / A vida – um hino d’amor!Que auroras, que sol, que vida, / Que noites de melodia / Naquela doce alegria, / Naquele ingênuo folgar! / O céu bordado d’estrelas, / A terra de aromas cheia, / As ondas beijando a areia/ E a lua beijando o mar!Oh ! dias da minha infância! / Oh ! meu céu de primavera! / Que doce a vida não era / Nessa risonha manhã! / Em vez das mágoas de agora,/ Eu ti nha nessas delícias / De minha mãe as carícias / E beijos de minha irmã!Livre fi lho das montanhas, / Eu ia bem sati sfeito, / Da camisa aberta o peito, / – Pés descalços, braços nus – / Correndo pelas campinas / À roda das cachoeiras, / Atrás das asas ligeiras / Das borboletas azuis!Naqueles tempos ditosos / Ia colher as pitangas, / Trepava a ti rar as mangas, / Brincava à beira do mar; / Rezava às Ave-Marias, / Achava o céu sempre lindo, / Adormecia sorrindo / E despertava a cantar!Oh ! Que saudades que tenho / Da aurora da minha vida, / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais! / Que amor, que sonhos, que fl ores, / Naquelas tardes fagueiras, / À sombra das bananeiras, / Debaixo dos laranjais!Agora leia o poema “Ai que saudades”, de escritora de literatura infanto-juvenil Ruth Rocha:AI QUE SAUDADES...Ruth Rocha (1931- )Ai que saudades que tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais... / Me senti a rejeitada, / Tão feia, desajeitada, / Tão frágil, tola, impotente, / Apesar dos laranjais.Ai que saudades que eu tenho / Da aurora da minha vida, / Não gostava da comida / Mas ti nha que comer mais... Espinafre, beterraba, / E era � gado e era fava, / E tudo que eu não gostava / Em porções industriais.Como são tristes os dias / Da criança escravizada, / Todos mandam na coitada, / Ela não manda em ninguém... / O pai manda, a mãe desmanda, / O irmão mais velho comanda, / Todos entram na ciranda, / E ela sempre diz amém...Naqueles tempos ditosos / Não podia abrir a boca, / E a professora era louca, / Só queria era gritar. / Senta direito, menina! / Ou se não, tem sabati na! / Que letra mais horrorosa! / E pare de conversar!Oh dias da minha infância, / Quando eu fi cava doente, / Ou senti a dor de dente, / E lá vinha tratamento! / Era um tal de vitamina... / Mingau, remédio, vacina, / Inalação e aspirina, / Injeção e linimento!E sem falar na tortura: / Blusa de gola engomada, / Roupa de cava apertada, / Sapati nho de verniz... / E as ordens? Anda direito! / Diz bom dia pras visitas! / Que menina mais sem jeito! / Tira o dedo do nariz!Que aurora! Que sol! Que nada! / Vai já guardar os brinquedos! / Menina, não chupe os dedos! / Não pode brincar na lama! / Vai já botar o agasalho! / Vai já fazer a lição! / Criança não tem razão! / É tarde, vai já pra cama!Vê se penteia o cabelo! / Menina se mostradeira! / Menina novidadeira! / Está se rindo demais! / — Que amor, que sonhos, que fl ores, / Naquelas tardes fagueiras, / À sombra das bananeiras, / Debaixo dos laranjais!Comparando os dois poemas, é correto afi rmar:a) ( ) Ruth Rocha faz um plágio do poema de Casimiro de Abreu, ou seja, uma cópia fraudulenta do primeiro texto, apresentando assim uma “imitação ou cópia de obra intelectual ou ar� sti ca alheia como sendo de própria autoria” (Dicionário Caldas Aulete).b) ( ) Ruth Rocha faz uma paródia do poema de Casimiro de Abreu, já que promove não só “a introdução de um novo senti do ao texto primeiro, mas sim uma completa alteração do signifi cado do primeiro texto.” (FERRAZ, Salma).c) ( ) Ruth Rocha faz um pasti che do poema de Casimiro de Abreu, uma vez que imita seu esti lo com fi nalidade estéti ca e lúdica, confi rmando o senti do original do poema por meio processos de adaptação, apropriação e colagem de trechos do texto original.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS74Romanti smo - Poesia3ª Geração: Social / LibertáriaEntre 1870 e 1881 manifestou-se a terceira geração do Romanti smo no Brasil. Inspirada nas produções do escritor francês Vitor Hugo, essa fase também foi nomeada como Geração Condoreira, em atribuição ao Condor (águia, falcão), que tem uma visão mais ampla, simbolizando que nessa etapa os poetas haviam alcançado a maturidade e liberdade fundamentais para suas produções.Historicamente, o Brasil estava vivendo um momento de pensamentos em favor de um Brasil republicano (consequentemente, o fi m da monarquia) e com foco no abolicionismo, promovendo o fi nal da escravidão (que começou em 1850, se concreti zando em 1888). Dessa forma, o nacionalismo brasileiro deixa de ser representado apenas pela cultura europeia e indígena, integrando-se também o reconhecimento pela identi dade negra.Por um lado, a poesia do Romanti smo no Brasil, 3ª geração, estava empenhada em denunciar as condições de trabalho dos escravos e a realidade social e econômica no país e, por outro, surgiu também uma nova representação da mulher. Agora, ela deixa de ser algo puro, quase divino como na primeira geração ou apenas sensual, como na segunda, para uma relação eróti ca e a consumação do amor. Abordagem das questões sociais, principalmente acerca da abolição da escravatura; Linguagem enfáti ca; Defesa dos escravos; Eroti smo;Principal poeta: Castro Alves, “o poeta dos escravos”, tendo como obra de destaque O Navio Negreiro.ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMO texto que segue, a parte IV de “O navio negreiro”, é a descrição do que se via no interior de um navio negreiro. Perceba a capacidade de Castro Alves em nos fazer ver a cena, como se esti véssemos num teatro.“O navio negreiro”Castro Alves Era um sonho dantesco... O tombadilho,Que das luzernas avermelha o brilho, Em sangue a se banhar.Tinir de ferros... estalar do açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar...Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães:Outras, moças... mas nuas, espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs.E ri-se a orquestra, irônica, estridente... E da ronda fantásti ca a serpenteFaz doudas espirais...Se o velho arqueja... se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala.E voam mais e mais...Presa nos elos de uma só cadeia, A multi dão faminta cambaleia,E chora e dança ali!Um de raiva delira, outro enlouquece... Outro, que de mar� rios embrutece, Cantando, geme e ri!No entanto o capitão manda a manobra. E após, fi tando o céu que se desdobra Tão puro sobre o mar,Diz do fumo entre os densos nevoeiros: “Vibrai rijo o chicote, marinheiros!Fazei-os mais dançar!...”E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantásti ca a serpenteFaz doudas espirais!Qual num sonho dantesco as sombras voam!... Gritos, ais, maldições, preces ressoam!E ri-se Satanás!...açoite: chicote.arquejar: ofegar.dantesco: relati vo às cenas de horríveis narradas por Dante Alighieri em sua obra Divina comédia, na parte em que descreve o inferno.luzernas:acessado em 03/06/2022.Bene� ciosDe acordo com a revista americana Forbes, o Squash é o melhor esporte para o bem-estar e saúde. Para isso, apresentou método construído com base em consultas a especialistas, treinadores pessoais, competi dores e educadores � sicos. Os quatro componentes básicos da preparação � sica (resistência cardiorrespiratória, força muscular, resistência muscular e fl exibilidade) foram medidos com base em uma escala de 1 a 5 (5 “excelente”, 4 “muito bom”, 3 “bom”, 2 “nada mal” e 1 “nada especial”).O risco de lesão foi medido em uma escala de 1 a 3 (1 “baixa”, 2 “mais ou menos” e 3 “alta”). Queima de calorias se baseou na energia gasta por um indivíduo de 86 quilos após 30 minutos, com medição em uma escala de 1 a 5 (5 “+ de 450 calorias”, 4 “entre 400-450 calorias”, 3 “entre 350-400 calorias”, 2 “entre 300-350 calorias” e 1 “entre 250-300 calorias”). Esse padrão foi reti rado da Faculdade Americana de Medicina Esporti va.Os valores foram pontuados para se chegar a uma classifi cação individual para cada esporte. A publicação ainda ressaltou que os bene� cios � sicos, riscos de lesão e queima calórica podem variar dependendo da técnica, vigor, cuidado e entusiasmo individual por quem prati ca.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS11O Squash foi classifi cado como o mais completo. Isto é, obteve os melhores resultados para quem procura um esporte saudável. Por isso, pode ser considerado o melhor esporte para o bem-estar e saúde. O Briti sh Journal of Sports Medicine publicou um estudo que examinou mais de 80 mil adultos na Inglaterra e Escócia entre 1994 e 2008 que parti ciparam de uma pesquisa nacional sobre saúde. Dentre os resultados, a publicação sugere que o risco de morte por qualquer causa era 47% menor entre aqueles que jogavam esportes de raquete, e que a práti ca regular de Squash poderia ajudar a se manter longe da morte pelo maior período comparati vamente aos demais esportes. Em últi ma análise, os pesquisadores sugeriram que o Squash é o melhor esporte para garanti r uma vida longa. Ou seja, o melhor esporte para o bem-estar e saúde.Fonte: Texto extraído e adaptado de: h� ps://squashistas.com. br/o-dia-mundial-do-squash/ acessado em: 04/06/2022.Tratando-se de modalidades com interação entre adversários, podemos concluir que não é sufi ciente realizar de forma adequada os gestos técnicos demandados pelo o jogo esporti vo, mas também é imprescindível escolher/decidir (individualmente squash 1x1 ou individualmente e coleti vamente squash 2x2) o que fazer diante da situação criada pela dinâmica do jogo. O squash compõe a classe dos esportes alternado direto, pois a bola deve ser rebati da apenas a parti r de um golpe, segundo González, 2017.SAIBA MAIShttps://www.youtube.com/watch?v=I85ng-l0Se4 acessado em: 31/05/20222.h� ps://www.youtube.com/watch?v=8V-QbmozYqNU acessado em: 02/06/2022.SUGESTÃO DE APRENDIZAGEMa) Realização de práti ca esporti va (squash) para que os estudantes possam vivenciar o esporte de parede. Adaptar o esporte com recursos que podem ser encontrados no colégio/escola. Assisti r o vídeo h� ps://www.youtube.com/watch?v=Li8FMmOzG2c&t=487s.MOMENTO ENEM1. (INEP – ENEM 2014 - ADAPTADA) Os esportes podem ser classifi cados levando-se em consideração diversos critérios, como a quanti dade de competi dores, a relação com os companheiros de equipe, a interação com o adversário, o ambiente, o desempenho comparado e os objeti vos táti cos da ação. Os chamados esportes Os esportes de rede/parede envolvem o conjunto de “modalidades que se caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores da quadra adversária nos quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma ou que leve o adversário a cometer um erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em movimento. São exemplos de esportes de rede/parede(A) Handebol, basquetebol, futebol e voleibol.(B) Rúgbi, futsal, natação e futebol americano.(C) Tênis de mesa, vôlei de praia, badminton e squash.(D) Basquetebol, handebol, futebol e futsal.(E) Ginásti ca olímpica, beisebol, judô e tae kwon do.REFERÊNCIASBRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum curricular.2018.COSTA, Marina Luisa de Lima Costa; SILVA, Mauro Amâncio da. O ensino da técnica de squash: uma abordagem metodológica. Do corpo: ciências e artes, Caxias do Sul, v. 1, n. 3, 2013. Disponível em: h� p://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/docorpo/arti cle/ view/2912.GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Planejamento curricular na educação � sica escolar: diálogos com a praxiologia motriz. In: RIBAS, J. F. M (Org.). Praxiologia motriz na América Lati na: aportes para a didáti ca na educação � sica. Ijuí: Editora Unijuí, 2017.REDFERN, Karen; NETO, Nelson; RODRIGUES, Gilvandro. Regras mundiais do squash individual com edição em português. Tradução original por Nelson Neto e Karen Redfern, Adaptação para Regras 2010, Revisão e Formatação por Gilvandro Rodrigues, WFS (World Squash Federati on), CBS (Confederação Brasileira de Squash), FSPB (Federação Squash Paraíba) 2018.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS12BADMINTONHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG502) Analisar criti camente preconceitos, estereóti pos e relações de poderes presentes nas práti cas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injusti ça e desrespeito a direitos humanos e valores democráti cos.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a comunidade escolar, estudando sua realidade local para respeitar seus interesses, e democrati zar o acesso a esses momentos.OBJETO DE CONHECIMENTOConhecimento teórico-práti co sobre ati vidade � sica, exercício � sico e treinamento corporal no contexto das práti cas corporais. Conhecimento teórico-práti co dos fundamentos técnicos e. das regras básicas nas práti cas corporais.No módulo anterior estudamos o squash, esporte considerado de parede, neste módulo iremos estudar o badminton, que é considerado um esporte de rede, desta maneira a diferença entre essas duas categorias é, principalmente, a organização do jogo. Nos esportes com rede como o badminton existe uma divisória, essa organização se dá em relação à rede que divide a quadra em duas partes. Nessa categoria, o objeti vo é que o “birdie” (voltante) passe por cima da rede. Já nos esportes com parede de rebote como o squash, há uma parede contra a qual a bola deve obrigatoriamente ser rebati da para a conti nuidade do jogo.O volante ou também chamado de “birdie” é uma espécie de peteca que pode ser feita de peça sintéti ca, como o nylon, com peso variando entre 4g a 6 g, ou de penas de ganso. Sendo que em alguns países o volante pode ser denominado pluma ou “shu� lecock.Fonte: Imagem extraída de: h� ps://olympics.com/pt/esportes/badminton/ – Raquetes e “birdies” do badminton.A raquete é feita de material como alumínio ou aço e é feito para alcançar uma alta performance e bons resultados, já existem até mesmo raquetes feitas de carbono, sendo muito mais leves.A parti daUma parti da de badminton é feita por 3 games, cada um com 21 pontos, o ponto é marcado quando o “birdie” cai no campo adversário dentro das limitações e passando por cima da rede. Se a peteca sair das limitações do campo, mesmo passando por cima da rede, o ponto irá para o adversário.A raquete e nem o atleta podem encostar na rede, o “birdie” não pode encostar no atleta, no teto ou nos arredores da quadra, o jogador não pode tocar a peteca mais de uma vez por jogada e a “birdie” não pode passar por baixo da rede.A história do badmintonNo site da Confederação Brasileira de Badminton podemos conferir um pouco da história deste esporte:O esporte surge na Índia, com o nome de Poona. Ofi ciais ingleses a serviço neste país gostaram do jogo e levaram-no para a Europa.O “poona” passou a se chamar Badminton quando, na década de 1870, uma nova versão do esporteclarões.tombadilho: alojamento do navio.turbilhão: redemoinho.vãs: inúteis, sem valor.1. O texto revela grande força expressiva em razão de sua plasti cidade, criada a parti r das fortes imagens e das sugestões de cor, som e movimento que envolvem a cena. Com relação a esses recursos, responda:a) A que se referem as metáforas “a orquestra” e “a serpente” na 3ª e na 6ª estrofes?b) Duas cores são postas em contraste na 1ª e na 2ª estrofes. Quais são elas e o que representam?c) Observe a 1ª, 3ª, 4ª e 5ª estrofes e destaque delas palavras ou expressões que sugiram movimento.d) Observe a 1ª e a 3ª estrofes e destaque delas palavras ou expressões que se associem a sonoridade.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS752. Acentuando a plasti cidade do texto, por duas vezes o poeta aproxima as ideias de som e movimento, empregando as palavras orquestra e dança, como se houvesse uma dança dos escravos ao som da orquestra. De acordo com o texto, explique que ti po de dança os escravos realizam.3. Além de an� teses, também hipérboles foram empregadas nesse poema de Castro Alves. A hipérbole é uma fi gura de linguagem que se caracteriza pelo exagero na expressão. Destaque da 1ª estrofe três hipérboles e indique que efeito de senti do têm no texto.4. O poema “O navio negreiro” tem uma fi nalidade políti ca e social evidente: a erradicação da escravidão no Brasil. De que modo o poeta procura ati ngir o público e convencê-lo de suas ideias: com argumentos racionais ou com a exploração das emoções? Justi fi que.PROSASurgimento dos folheti ns, a parti r da implantação da imprensa no Brasil, que veio com a chegada da família real, em 1808. Esses folheti ns eram o que chamamos hoje de telenovelas. Herói idealizado. A literatura passar a ter um público alvo, visando à lucratividade. Exaltação do Brasil / nacionalismo Flashbacks: recordações uti lizadas para explicar acontecimentos do presente. Senti mentalismo explícito.Tipos de romance Indianista• Exaltação da cultura e costumes indígenas;• Índio representado como herói;• Representação da paisagem brasileira;Principais obras: Iracema e O Guarani, ambasHistórico• Exposição dos costumes do passado;• Mescla de fi cção e realidade;• Principais obras: As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates, ambas também de José de Alencar.Urbano• Exposição dos costumes no ambiente urbano, principalmente na cidade do Rio de Janeiro;• Principais obras: A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, Senhora, de José de Alencar.Sertanejo• Aborda temas e situações que se passam longe dos ambientes urbanos, focando no povo do interior e em seus costumes;• Principal obra: O Sertanejo, de José de Alencar.ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMO GUARANIJosé de AlencarOs gritos e bramidos dos selvagens, que conti nuavam com algumas interrupções, foram-se aproximando da casa; conhecia-se que escalavam o rochedo nesse momento.Alguns minutos se passaram numa ansiedade cruel. D. Antônio de Mariz depositou um últi mo beijo na fronte de sua fi lha; D. Lauriana apertou ao seio a cabeça adormecida da menina e envolveu-se numa manta de seda.Peri, com o ouvido atento, o olhar fi to na porta, esperava. Ligeiramente apoiado sobre o espaldar da cadeira às vezes estremecia de impaciência e bati a com o pé sobre o pavimento da sala.De repente um grande clamor soou em torno da casa; as chamas lamberam com as suas línguas de fogo as frestas das portas e janelas; o edi� cio tremeu desde os alicerces com o embate da tromba de selvagens que lançava nomeio do incêndio.Peri, apenas ouviu o primeiro grito, reclinou sobre a cadeira e tomou Cecília nos braços; quando o estrondo soou na porta larga do salão, o índio já ti nha desaparecido.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS76Apesar da escuridão profunda que reinava em todo o interior da casa, Peri não hesitou um momento; caminhou direto ao quarto onde habitara sua senhora, e subiu à janela.Uma das palmeiras da cabana estendia-se por cima do precipício e apoiava-se a trinta palmos de distância sobre um dos galhos da árvore que os aimorés ti nham abati do durante o dia que ti raram aos habitantes da casa a menor esperança de fuga.Peri, apertando Cecília nos braços, fi rmou o pé sobre essa ponte frágil, cuja face convexa ti nha quando muito algumas polegadas de largura.Quem lançasse os olhos nesse momento para aquela banda da esplanada veria ao pálido clarão do incêndio deslizar-se lentamente por cima do precipício um vulto hirto, como um desses fantasmas que, segundo a crença popular, atravessam à meia-noite as velhas ameias de algum castelo em ruínas.A palmeira oscilava, e Peri, embalando-se sobre o abismo, adiantava-se vagarosamente para a encosta oposta. Os gritos dos selvagens repercuti am nos ares de envolta com o estrépito dos tacapes que abalavam as portas da sala e as paredes do edi� cio.Sem se inquietar com a certa tumultuosa que deixava após si, o índio ganhou a margem oposta, e segurando com uma mão nos galhos da árvore, conseguiu tocar a terra sem o menor acidente.Então, fazendo uma volta para não aproximar-se do campo dos aimorés, dirigiu-se à margem do rio; aí estava escondida entre as folhas a pequena canoa que serviria outrora para os habitantes da casa atravessarem o Paquequer.Durante a ausência de uma hora que Peri ti nha feito, quando deixava Cecília adormecida, ele havia tudo preparado para essa empresa arriscada que devia salvar sua senhora.Graças à sua ati vidade espantosa, armou com o auxílio da corda a ponte pênsil sobre o precipício, correu ao rio, amarrou a canoa no lugar que lhe pareceu mais propício, e em duas viagens levou esse barquinho que ia servir de morada a Cecília durante alguns dias, tudo quanto a menina podia crescer.1. O texto, sem deixar dúvidas, é legíti mo representante do ti po de romance do Romanti smo. Que afi rmação NÃO comprovaria essa tese?a) A tendência a desenvolver um discurso comovente e emocionante.b) A confi guração, pelos seus atos, da personagem como herói.c) A narrati va marcada por situações que conduzem ao suspense, técnica essa que prendia o leitor aos acontecimentos.d) O emprego esti lísti co da hipérbole, denunciando a maneira senti mentalmente exagerada de conduzir a narrati va.e) O apego ao descriti vismo da realidade imediata com a fi nalidade de dar verossimilhança aos fatos narrados.2. De que modo podemos ver a presença da personagem Peri como personagem � pica da criação poéti ca do Romanti smo?3. Qual o ponto de vista da narrati va?4. (UFPR 2009) Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, tem merecido atenção dos críti cos literários há bem mais de um século. Identi fi que, entre os trechos de críti cas literárias a seguir, quais se referem a essa obra.1. Essa obra é, dos seus primeiros livros, o que mais possui o ar de modernidade a que se referiu Barreto Filho, “deslocando o interesse do acontecimento objeti vo para o estudo dos caracteres”, na linha portanto do romance psicológico a que se entregaria defi niti vamente, rompendo com a tendência ao romanesco tão em voga. (Adaptado de: COUTINHO, Afrânio. Estudo Críti co. p. 26.)2. Essa obra difere da maioria dos romances românti cos, pois apresenta uma série de procedimentos que fogem ao padrão da prosa românti ca. O protagonista não é herói nem vilão, mas um malandro simpáti co que leva uma vida de pessoa comum; não há idealização da mulher, da natureza ou do amor, sendo reais as situações retratadas; a linguagem se aproxima da jornalísti ca, deixando de lado a excessiva metaforização que caracteriza a prosa românti ca. (Adaptado de: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens, vol II, p. 182.)3. [...] o distanciamento cronológico dessa obra é de poucos anos, o que autoriza classifi cá-la antes de novela de memóriasque histórica. Donde o argumento, que o escritor ouviu de um colega do “Correio Mercanti l”, de ostentar característi cas de documento de uma fase histórica do Rio de Janeiro, porventura ainda vigente na altura em que a narrati va foi elaborada. Desse teor documental nasce o realismo que perpassa [...] toda a obra: um realismo insti nti vo, quase de reportagem social, a que faltam apenas arquitraves cien� fi cas para se transformar no Realismo ortodoxo da segunda metade do século XIX. (Adaptado de: MOISÉS, Massaud, A literatura brasileira através dos textos. p. 173.)4. É supérfl uo encarecer o valor documental da obra. A críti ca sociológica já o fez com a devida minúcia. Essa obra nos dá, na verdade, um corte sincrônico da vida familiar brasileira nos meios urbanos em uma fase em que já se esboçava uma estrutura LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS77não mais puramente colonial, mas ainda longe do quadro industrial-burgûes. E, como o autor conviveu de fato com o povo, o espelhamento foi distorcido apenas pelo ângulo da comicidade. Que é, de longa data, o viés pelo qual o arti sta vê o � pico, e sobretudo o � pico popular. (Adaptado de: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. p. 134.)Referem-se à obra Memórias de um sargento de milícias os trechos:a) 1,2 E 3 apenas.b) 2 e 4 apenas.c) 1 e 4 apenas.d) 2, 3 e 4 apenas.e) 1, 2, 3 e 4.5. (UTFPR) Em relação à obra Memórias de um Sargento de Milícias, marque a alternati va correta;a) o tempo dos acontecimentos que envolvem Leonardo Pataca e seu fi lho, Leonardo, é o mesmo em que o narrador escreve no romance.b) a linguagem do romance é bem românti ca, idealizando muito e sempre os fatos que se revelam sob um prisma enaltecedor.c) a insti tuição familiar, especialmente, a família composta por Leonardo Pataca, Maria e o herói da narrati va é sobretudo burguesa, ordeira e sólida.d) a igreja, sobretudo a Católica, passa por um processo de idealização, emergindo como insti tuição inabalável, piedosa e principalmente voltada para a vida espiritual. o coti diano fl uminense, simultaneamente de voto e profano, revela-se a parti r de uma linguagem prosaica em que as festas religiosas são pintadas em parte como folias carnavalescas.6. (UFPR) Sobre o romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, assinale a alternati va correta.a) o pretérito imperfeito da frase que dá início ao romance – “Era no tempo do rei”- fornece uma referência temporal equivalente à das lendas e histórias da carochinha, sem verossimilhança histórica.b) a divisão em capítulos revela a difi culdade da literatura da época para encadear em uma narrati va con� nua as ações de uma grande quanti dade de personagens.c) localizamos boa parte do humor da narrati va na diferença existente entre as pretensões do padrinho e da madrinha para o futuro do afi lhado Leonardo Pataca e a realidade das trapalhadas e peripécias realizadas por ele.d) os desati nos do protagonista são justi fi cados na narrati va pelo abandono paterno e materno, demonstrando o aprofundamento psicológico que sustenta a construção da personagem.e) a ênfase na denúncia da violência contra os escravos permite afi rmar que Memórias de um Sargento de Milícias é um romance social.7. (UFPR) Considere as seguintes afi rmações sobre Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:I – publicado originalmente como folheti m, alcançou o patamar de cânone da literatura brasileira por inaugurar no Brasil e escola realista-naturalista, muito afeita a denúncias sociais.II – a personagem principal, Leonardo Pataca, fi lho, embora tendo nascido em uma família desestruturada, dá mostras de superação pessoal no longo esforço que lhe custou alcançar o cargo de Sargento de Milícias.III – na passagem do jornal para o livro, foram manti dos os elementos folheti nescos do original. IV – como personagem José Dias, de Dom Casmurro, Leonardo Pataca, fi lho, é um exemplo de agregado, fi gura � pica presente nas grandes famílias brasileiras, que ganham teto e comida em troca de pequenos favores.Assinale a alternati va correta.Apenas as afi rmati vas I e II são verdadeiras:a) Apenas a afi rmati va III é verdadeirab) Apenas as afi rmati vas I, II e III são verdadeirasc) Apenas as afi rmati vas II, III e IV são verdadeirasd) Apenas as afi rmati vas I, II e IV são verdadeirase) Apenas as afi rmati vas I e II são verdadeirasAutores do Romanti smo no Brasil Gonçalves de Magalhães: poeta responsável por trazer o Romanti smo para o Brasil; Gonçalves Dias: importante poeta indianista e nacionalista, da primeira geração do Roman-ti smo brasileiro; Álvares de Azevedo: representante da segunda fase do Romanti smo, expressava a angústi a e melancolia da geração; Casimiro de Abreu: assim como Álvares de Azevedo, também apresentava um subjeti vis-mo exacerbado e grande melancolia. Entretan-to, foi considerado como um poeta inocente, por retratar mais o saudosismo à infância; Junqueira Freire: poeta também da segunda fase do Romanti smo, ti nha como marca a gran-de angústi a e relação com a morte; Fagundes Varela: inspirado na poesia de Lord Byron, abordava a angústi a, a melancolia e o desengano;LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS78 Castro Alves: conhecido como Poeta dos Es-cravos, foi da 3ª geração do Romanti smo. Ele contribuiu tanto com a denúncia em relação aos escravos, quanto escreveu poemas que apresentam a nova representação da mulher; Tobias Barreto: poeta também da 3ª fase do Romanti smo, abordava a escravidão e defendia a liberdade religiosa; Bernardo Guimarães: boêmio e defensor do byronismo, contribuiu principalmente para a prosa românti ca; José de Alencar: um dos principais escritores em prosa do Romanti smo brasileiro; Franklin Távora: importante escritor da pro-sa românti ca, foi responsável por introduzir o Romanti smo regionalista no nordeste; Machado de Assis: escritor que pertenceu ao fi nal do Romanti smo e início do movimento literário subsequente, o Realismo.Obras do Romanti smo no BrasilRomanti smo no Brasil — poesiaSuspiros Poéti cos e Saudades; Os Mistérios; Primeiros Cantos; Últi mos Cantos; As Brasilianas; Canção do Exílio; Lira dos Vinte Anos; As Primaveras; Meus Oito Anos; Noturnos; Anchieta ou O Evangelho nas Selvas; Diário de Lázaro; O Navio Negreiro – Tragédia no Mar; Espumas Flutuantes; Vozes d’África; Os Escravos; Obras Poéti cas; Que Mimo; O Gênio da Humanidade; A Escravidão.Romanti smo no Brasil — prosaO Ermitão de Muquém; O Garimpeiro; Lendas e Romances; O Seminarista; A Escrava Isaura; O Corti ço;Suspiros Poéti cos e Saudades; Os Mistérios; Primeiros Cantos; Últi mos Cantos; As Brasilianas; Canção do Exílio; Lira dos Vinte Anos; As Primaveras; Meus Oito Anos; Noturnos; Anchieta ou O Evangelho nas Selvas; Diário de Lázaro; O Navio Negreiro – Tragédia no Mar; Espumas Flutuantes; Vozes d’África; Os Escravos; Obras Poéti cas; Que Mimo; O Gênio da Humanidade; A Escravidão.Ubirajara; Iracema; O Guarani; Lucíola; A Viuvinha; O Tronco do Ipê; Ressurreição; A mão e a luva; Helena; A Moreninha; Memórias de um Sargento de Milícias; O Noviço; O Cabeleira; O Matuto; Inocência.O Romanti smo no Brasil representou historicamente três grandes momentos que foram: o fi m do Brasil Colônia e início do Brasil Império, a luta contra a escravidão e a favor do Brasil República. Marcado pelo senti mentalismo exacerbado e fi m da preocupação com a forma.Principais Autores e Obras Românti cosGONÇALVES DIASGonçalves Dias (1823-1864) foi um poeta, professor, jornalista e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da Primeira Geração Românti ca. Deu romanti smo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É lembrado como um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº. 15 da Academia Brasileira deLetras.Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mesti ça viveu em um meio social conturbado. Durante os anos da infância, ajudou seu pai no comércio, ao mesmo tempo, que recebeu educação de um professor parti cular.Em 1838, viajou para Coimbra e ingressou no Colégio das Artes, onde concluiu o curso secundário. Em 1840 matriculou-se na Universidade de Direito de Coimbra, onde teve contato com escritores do romanti smo português, entre eles, Almeida Garre� , Alexandre Herculano e Feliciano de Casti lho.Durante sua permanência em Coimbra, escreveu a maior parte de suas obras, inclusive a famosa “Canção do Exílio” (1843), onde expressa o senti mento da solidão e do exílio. Em 1845, depois de formado em Direito, Gonçalves Dias retornou para o Maranhão, indo no ano seguinte morar no Rio de Janeiro procurando integrar-se ao meio literário.Em 1847, com a publicação de “Primeiros Cantos”, conseguiu sucesso e o reconhecimento do público. Recebeu elogios de Alexandre Herculano, poeta românti co português. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: “Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últi mas”. Em 1848 publica o livro “Segundos Cantos”.Em 1849, é nomeado professor de Lati m e História do Brasil no Colégio Pedro II. Durante esse período escreveu para várias publicações, entre elas, o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercanti l e para o Correio da Tarde. Nessa época funda a Revista Literária Guanabara. Em 1851, Gonçalves Dias publica o livro, “Últi mos Cantos”. Regressa ao Maranhão e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona, mas por ser mesti ço não tem o consenti mento da família dela que proíbe o casamento. Mais tarde casa-se com Olímpia da Costa. Gonçalves Dias exerceu o cargo de ofi cial da Secretaria de Negócios Estrangeiros, poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS79foi várias vezes à Europa e em 1854, em Portugal, encontra-se com Ana Amélia, já casada. Esse encontro inspira o poeta a escrever o poema “Ainda Uma Vez — Adeus!”.Em 1862, Antônio Gonçalves Dias vai à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarca de volta no dia 10 de setembro de 1864, porém o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece.Gonçalves Dias faleceu na costa do Maranhão, no dia 3 de novembro de 1864.Gonçalves Dias é considerado o grande poeta ro mânti co brasileiro. A história do Romanti smo no Brasil se confunde com a própria história políti ca da primeira metade do século XIX. A Independência políti ca, em 1822, despertou a consciência de se criar uma cultura brasileira identi fi cada com as raízes históricas, linguísti cas e culturais.Gonçalves Dias fez parte da Primeira Geração de “poetas” românti cos brasileiros. Sua obra poéti ca apresenta os gêneros lírico e épico. Na lírica, os temas mais comuns são: o índio, o amor, a natureza, a pátria e a religião. Na épica, canta os feitos heroicos dos índios.O Indianismo: Gonçalves Dias é o mais célebre poeta indianista. Exaltou a coragem e a valenti a do índio, que passa a ser o personagem principal, o herói. Entre os principais poemas indianistas destacam-se: “Marabá”, “O Canto do Piaga”, “Leito de Folhas Verdes” e principalmente, “I-Juca Pirama” – considerado o mais perfeito poema épico indianista da literatura brasileira.O Amor: A parte amorosa conti da em seus versos foi inspirada por Ana Amélia Ferreira do Vale. O poeta amou a jovem, cujo casamento não foi permiti do pela família. A recusa causa-lhe penosos sofrimentos, por ele registrados nos poemas: “Se se morre de amor”, “Ainda Uma Vez – Adeus” e “Minha Vida e Meus Amores”.A Natureza: Como poeta da natureza, Gonçalves Dias canta as fl orestas e a imensa luz do sol. Seus poemas sobre os elementos naturais conduzem seu pensamento a Deus. Sua poesia sobre a natureza se entrelaça com o saudosismo. Sua nostalgia o remete à infância, Na Europa sente-se exilado e é levado até sua terra natal através da “Canção do Exílio” um clássico de nossa literatura.Obras de Gonçalves Dias• Canção do Exílio, 1843• Primeiros Cantos, 1847• Segundos Cantos, 1848• Sexti lhas do Frei Antão, 1848• Últimos Cantos, 1851• I - Juca Pirama, 1851• Os Timbiras,1857 (inacabado)• Dicionário da Língua Tupi, 1858• Liria Varia, 1869 (obra póstuma)• Canção do Tamoio• O Canto do GuerreiroÁLVARES DE AZEVEDOÁlvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, escritor e conti sta, da Segunda Geração Românti ca brasileira. Suas poesias retratam o seu mundo interior. É conhecido como «o poeta da dúvida».Faz parte dos poetas que deixaram em segundo plano, os temas nacionalistas e indianistas, usados na Primeira Geração Românti ca, e mergulha fundo em seu mundo interior. É Patrono da cadeira n.º 2, da Academia Brasileira de Letras.Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em São Paulo no dia 12 de setembro de 1831. Era fi lho do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa Azevedo. Aos dois anos de idade, junto com sua família, muda-se para o Rio de Janeiro.Em 1836 morre seu irmão mais novo, fato que o deixou bastante abalado. Foi aluno brilhante, estudou no colégio do professor Stoll, onde era constantemente elogiado. Em 1845 ingressou no Colégio Pedro II.Em 1848, Álvares de Azevedo voltou para São Paulo e iniciou o curso de Direito na Faculdade do Largo de São Francisco, onde passou a conviver com vários escritores românti cos.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS80Nessa época fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófi co Paulistano, traduziu a obra Parisina, de Byron e o quinto ato de Otelo, de Shakespeare, entre outros trabalhos.Álvares de Azevedo vivia em meio aos livros da faculdade e se dedicava a escrever suas poesias. Toda sua obra poéti ca foi escrita durante os quatro anos que cursou a faculdade. O senti mento de solidão e tristeza, refl eti dos em seus poemas, era de fato a saudade da família, que fi cara no Rio de Janeiro.MorteEm 1852, Álvares de Azevedo adoece e abandona a faculdade, um ano antes de completar o curso de Direito. Viti mado por uma tuberculose e sofrendo com um tumor, Álvares de Azevedo é operado, mas não resiste.Álvares de Azevedo faleceu no dia 25 de abril de 1852, com apenas 20 anos de idade. Sua poesia Se Eu Morresse Amanhã!, escrita alguns dias antes de sua morte, foi lida, no dia de seu enterro, pelo escritor Joaquim Manuel de Macedo.O Ultrarromanti smoÁlvares de Azevedo é o nome mais importante do «Ultrarromanti smo», também conhecido como a «Segunda Geração Românti ca», quando os poetas deixaram em segundo plano os temas nacionalistas e indianistas e mergulharam no seu mundo interior. Seus poemas falam constantemente do tédio da vida, das frustrações amorosas e do senti mento de morte. A fi gura da mulher aparece em seus versos, ora como um anjo, ora como um ser fatal, mas sempre inacessível.Álvares de Azevedo deixa transparecer em seus textos, a marca de uma adolescência confl itante e dilacerada, representando a experiência mais dramáti ca do Romanti smo brasileiro.Em alguns poemas, Álvares de Azevedo surpreende o leitor, pois além de poeta triste e sofredor, mostra-se irônico e com um grande senso de humor, que ri da própria poesia românti ca. Álvaro de Azevedo não teve nenhuma obra publicada em vida. O livro Lira dos Vinte Anos foi a única obra preparada pelo poeta.FAGUNDES VARELAFagundes Varela (1841- 1875) foi um poeta brasileiro. Sua poesia apresenta característi cas da segunda e da terceira geração de poetas românti cos do Brasil. Além de apresentar temas sobre a natureza, a angústi a, a solidão, a melancolia e o desengano, apresenta também temas sociais e políti cos. É patrono da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras. FagundesVarela (Luís Nicolau Fagundes Varela) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1841. Filho do Magistrado e fazendeiro Emiliano Fagundes Varela LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS81e de Emília de Andrade passou a infância junto à natureza. Em 1860, muda-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito no Largo São Francisco e parti cipa da vida boêmia da cidade.Livros de Álvares de Azevedo• Macário, obra dramáti ca, (1850)• Lira dos Vinte Anos, poesia (1853)• A Noite na Taverna, prosa (1855)• O Conde Lopo, poesia (1866)Em 1861, Fagundes Varela publica seu primeiro livro de poesias “Noturnas”, com apenas 32 páginas, com infl uência de Byron e dos poetas românti cos que lhe antecederam como no poema “Arquéti po”:Ele era belo! Na espaçosa fronte O dedo do Senhor gravado havia O sigilo do Gênio: em seu caminhoO hino da manhã soava ainda, E os pássaros da selva gorjeandoSaudavam-lhe a passagem neste mundo. (...)Em 1862, Fagundes Varela conhece Alice Guilhermina Luande, fi lha do proprietário de um circo que estava instalado em São Paulo. Segue até Sorocaba e lá casa-se com ela, no dia 28 de maio.Em 1863 nasce seu fi lho Emiliano, que morre em dezembro, com apenas três meses de vida. A morte do fi lho lhe inspira seu mais famoso poema “Cânti co do Calvário”, um dos momentos mais sublime de sua produção literária.Em 1865, Fagundes Varela muda-se para o Recife e ingressa na Faculdade de Direito, onde presencia a onda de nacionalismo ali desencadeada. Nesse mesmo ano, com a morte da esposa, volta para São Paulo. Em 1866 retorna para a Faculdade de Direito de São Paulo, mas pouco frequenta as aulas. Nessa ocasião, Fagundes renuncia aos estudos defi niti vamente e volta para a sua casa paterna.Em 1869 casa-se com a prima Maria Beliscaria Lambert. Da união nasceram duas fi lhas, Lélia e Rute. Seu terceiro fi lho, também chamado Emiliano, não sobreviveu. Fagundes leva uma vida boemia e era visto muitas vezes embriagado.Fagundes Varela faleceu precocemente, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, no dia 18 de fevereiro de 1875.Geração Românti caFagundes Varela é considerado o poeta da natureza, é o autor que melhor a reproduz nos versos da literatura brasileira. Sua obra é repleta de um lirismo bucólico.Sua obra poéti ca, embora ainda presa a certas ati tudes ultrarromânti cas, da segunda geração, como o pessimismo, a solidão e a morte, aponta novos rumos, que conduzem à geração seguinte.A poesia de Fagundes Varela além de ser um lamento senti mental ou uma queixa amorosa passa a ser também um grito de protesto ou de reivindicação social. É considerado o precursor da poesia social e abolicionista.A obra de Fagundes Varela pode ser separada de acordo com os temas abordados:Obras de Fagundes Varela• Noturnos (1861)• Cânti co do Calvário (poema 1863)• O Estandarte Auriverde (1863)• Vozes da América (1864)• Cantos e Fantasias (1865)• Cantos Meridionais (1869)CASTRO ALVES(1847-1871) foi um poeta brasileiro, representante da Terceira Geração Românti ca no Brasil. O Poeta dos Escravos expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. É patrono da cadeira n.º 7 da Academia Brasileira de Letras. Antônio Frederico de Castro Alves nasceu na vila de Curralinho, hoje cidade de Castro Alves, Bahia, em 14 de março de 1847. Era fi lho de Antônio José Alves, médico e também professor, e de Clélia Brasília da Silva Castro.Em 1854, sua família mudou-se para Salvador, pois seu pai foi convidado para lecionar na Faculdade de Medicina. Em 1858 ingressou no Ginásio Baiano onde foi colega de Rui Barbosa.Demonstrou vocação apaixonada e precoce pela poesia. Em 1859 perdeu sua mãe. No dia 9 de setembro de 1860, com 13 anos, recitou sua primeira poesia em público em uma festa na escola.Sofrimento: a dor confere a Fagundes Varela uma notável inspiração poéti ca, como no poema “Cânti co do Calvário”, dedicado ao fi lho e publicado na obra “Cantos e Fantasias”. Sua Brasília da Silva Castro.Em 1854, sua família mudou-se para Salvador, pois seu pai foi convidado para lecionar na Faculdade de Medicina. Em 1858 ingressou no Ginásio Baiano onde foi colega de Rui Barbosa.Demonstrou vocação apaixonada e precoce pela poesia. Em 1859 perdeu sua mãe. No dia 9 de setembro de 1860, com 13 anos, recitou sua primeira poesia em público em uma festa na escola.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS82No dia 24 de janeiro de 1862, seu pai se casa com a viúva Maria Ramos Guimarães. No dia 25, o casal, o poeta e seu irmão José Antônio partem no vapor Oiapoque para a cidade do Recife onde o jovem iria fazer os preparatórios para ingressar na Faculdade de Direito.Castro Alves chegou ao Recife numa época em que a capital pernambucana efervescia com os ideais abolicionistas e republicanas. Cinco meses depois de chegar, publicou o poema “A Destruição de Jerusalém”, no Jornal do Recife, recebendo muitos elogios. Na tentati va de entrar na Faculdade de Direito, Castro Alves foi reprovado duas vezes.No Teatro Santa Isabel, que se tornou quase um prolongamento da faculdade, realizavam-se verdadeiros torneios entre os estudantes. Nesse ambiente, em março de 1863, durante uma apresentação da peça Dalila, de Octave Feuillet, Castro Alves se encanta com a atriz Eugênia Câmara. Em 17 de maio publica no jornal “A Primavera”, sua primeira poesia sobre a escravidão. Um mês depois, enquanto escrevia uma poesia para Eugênia, os sintomas da tuberculose começaram a aparecer. Em 1864 morre seu irmão. Mesmo abalado, é fi nalmente aprovado no curso de Direito. Castro Alves parti cipa ati vamente da vida estudanti l e literária. Publica suas poesias no jornal “O Futuro”. No 4.º número, publica uma sáti ra à academia e aos estudos jurídicos.No dia 7 de outubro, prova o gosto da morte. Uma dor no peito e uma tosse incontrolável o faz lembrar, da mãe e dos poetas que morreram com a doença. No ímpeto, escreve “Mocidade e Morte”.Nesse mesmo ano, volta para a Bahia, faltando aos exames e perdendo o ano na faculdade. Em Salvador, na casa da Rua do Sodré procura repousar. Em março de 1865 ele retorna ao Recife e ao curso de Direito. Isolado no bairro de Santo Amaro, vive com a misteriosa Idalina.Ao visitar o amigo Maciel Pinheiro, condenado à prisão escolar, no térreo do Colégio das Artes, por haver criti cado a academia em um arti go no Diário de Pernambuco, escreve o poema “Pedro Ivo”, exaltando o revolucionário da Praieira e o ideal republicano.No dia 11 de agosto de 1865, na abertura solene das aulas, a sociedade pernambucana se reunia no salão nobre da faculdade para ouvir os discursos e saudações das autoridades, professores e alunos.Castro Alves é um deles: “Quebre-se o cetro do Papa, / Faça-se dele uma cruz! / A púrpura sirva ao povo/ Para cobrir os ombros nus. (...)”. Os mais velhos olhavam admirados e os mais jovens deliravam.Direito, Castro Alves foi reprovado duas vezes.No dia 23 de janeiro de 1866 morre seu pai, deixando cinco fi lhos menores de 14 anos. A responsabilidade fi cou com a viúva e com Castro Alves, agora com 19 anos.Nessa época, Castro Alves inicia um intenso caso de amor com Eugênia Câmara, dez anos mais velha que ele. Em 1867 partem para a Bahia, onde ela iria representar um drama em prosa, escrito por ele “O Gonzaga ou a Revolução de Minas”.Em seguida, Castro Alves parte para o Rio de Janeiro onde conhece Machado de Assis, que o ajuda a ingressar nos meios literários. Em seguida, vai para São Paulo e conclui o Curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.Em 1868 rompe com Eugênia. De férias, numa caçada nos bosques da Lapa, fere o pé esquerdo com um ti ro de espingarda, resultando na amputação do pé. Em 1870 volta para Salvador onde publica Espumas Flutuantes, único livro editado em vida, onde apresenta uma poesia lírica, exaltando o amor sensual e a natureza,como no poema Boa Noite.Castro Alves faleceu em Salvador, no dia 6 de julho de 1871, viti mado pela tuberculose, com apenas 24 anos de idade.Característi cas da Obra de Castro AlvesCastro Alves é a maior fi gura do Romanti smo. Desenvolveu uma poesia sensível aos problemas sociais de seu tempo e defendeu as grandes causas da liberdade e da justi ça.Denunciou a crueldade da escravidão e clamou pela liberdade, dando ao romanti smo um senti do social e revolucionário que o aproximava do Realismo. Sua poesia era como um grito explosivo a favor dos negros, sendo por isso denominado “O Poeta dos Escravos”.Sua poesia é classifi cada como “Poesia Social”, que aborda o tema do inconformismo e da abolição da escravatura, através da inspiração épica e da linguagem ousada e dramáti ca como nos poemas: Vozes d’África e Navios Negreiros, da obra Os Escravos (1883), que fi cou inacabada.Com “Poeta do Amor” ou “Poeta Lírico”, a mulher não aparece distante, sonhadora, intocada como em outros românti cos, mas uma mulher real e sensual. Foi também o “Poeta da Natureza”, como se observa nos versos de “No Baile na Flor” e “Crepúsculo Sertanejo”, onde enaltece a noite e o Sol, como símbolos da esperança e liberdade.Poesias de Castro Alves• A Canção do Africano• A Cachoeira de Paulo Afonso• A Cruz da Estrada• AdormecidaLINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS83• Amar e Ser Amado• Amemos! Dama Negra• As Duas Flores• Espumas Flutuantes• Hinos do Equador• Minhas Saudades• O “Adeus” de Teresa• O Coração• O Laço de Fita• O Navio Negreiro• Ode ao Dois de Julho• Os Anjos da Meia Noite• Vozes d’ÁfricaJOSÉ DE ALENCARJosé de Alencar (1829-1877) foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e políti co brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista e o principal romancista brasileiro da fase românti ca. Entre seus romances destacam-se “Iracema” e “Senhora”.Seu romance “O Guara ni”, publicado em forma de folheti m, no Diário do Rio de Janeiro, alcançou enorme sucesso e serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes que compôs a ópera O Guarani. Foi escolhido por Machado de Assis para patrono da Cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras.Infância e JuventudeJosé Marti niano de Alencar Júnior nasceu no síti o Alagadiço Novo, Mecejana, Ceará, no dia 1 de maio de 1829. Era fi lho de José Marti niano de Alencar, senador do império, e de Ana Josefi na. Em 1838 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.Com 10 anos, José de Alencar ingressou no Colégio de Instrução Elementar. Durante a noite, presenciava os encontros políti cos de seu pai. Em sua casa, tramou-se a maioridade de D. Pedro II, decretada em 1840. Com 14 anos, José de Alencar foi para São Paulo, onde terminou o secundário e ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.Em 1844, ao ver o sucesso do livro “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo, resolveu que seria escritor de romances. Entregou-se à leitura dos autores mais infl uentes da época, como Alexandre Dumas, Balzac, Byron, entre outros.Em 1847, com 18 anos, iniciou seu primeiro romance “Os Contrabandistas”, que fi cou inacabado. Em 1848 foi para Pernambuco, onde conti nuou seu curso na Faculdade de Direito de Olinda, concluído em 1851. De volta a São Paulo levou o esboço de dois romances históricos: “Alma de Lázaro” e “O Ermitão da Glória”, que só seriam publicados no fi m da vida.Ainda em 1851, José de Alencar voltou para o Rio de Janeiro onde exerceu a advocacia. Em 1854, in gressou no Correio Mercanti l, na seção “Ao Correr da Pena”, onde comentava os acontecimentos sociais, as estreias de peças teatrais, os novos livros e as questões políti cas.Em 1855 assumiu as funções de gerente e redatorchefe do “Diário do Rio”, onde publicou, em folheti m, seu primeiro romance “Cinco Minutos” em 1856. No dia 1 de janeiro de 1857 começou a publicar o romance “O Guarani”, também em forma de folheti m, que alcançou enorme sucesso e logo foi editado em livro. Em 1858, José de Alencar abandonou o jornalismo para ser Chefe da Secretaria do Ministério da Justi ça, chegando a Consultor com o � tulo de Conselheiro, ao mesmo tempo em que lecionava Direito Mercanti l. Em 1860, com a morte do pai, se candidatou a deputado pelo Ceará, pelo parti do Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Na visita a sua terra Natal se encanta com a lenda de “Iracema” e a transforma em livro.Em 186, sob um pseudônimo, publicou “Cartas de Erasmo”, dirigidas ao imperador onde descrevia a situação do país. Defendia um governo forte e propu nha uma abolição gradati va da escravatura. EmboraD. PedroII não simpati zasse com Alencar, não se opôs a sua escolha para o Ministério da Justi ça do Império. Em 1870 foi eleito senador pelo Ceará, porém, com os confl itos com o Ministro da Marinha não foi o escolhido. Voltou para a Câmara, onde permaneceu até 1877, porém rompido com o parti do Conservador. Mesmo no auge da carreira políti ca, José de Alencar não abandonou a literatura. Em 1864, casou-se com Georgina, com quem teve quatro fi lhos, entre eles, Mário Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai. Viu suas obras atacadas por jornalista e críti cos que faziam campanha sistemáti ca contra o romancista.Triste e desiludido publicou sob o pseudônimo de Sênio. Porém, a maioria o louvava. Durante toda sua vida procurou trazer para os livros as tradições, a história, a vida rural e urbana do Brasil. Famoso, a ponto de ser aclamado por Machado de Assis, como “o chefe da literatura nacional”. José de Alencar morreu aos 48 anos no Rio de Janeiro víti ma da tuberculose. José de Alencar faleceu no Rio de Janeiro, no dia 12 de dezembro de 1877.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS84Característi cas da Obra de José de AlencarComo romancista, José de Alencar escreveu uma variedade de obras em diferentes gêneros. Deixou romances indianistas, históricos, regionalistas e urbanos. As principais realizações indianistas em prosa de nossa literatura são os três romances de José de Alencar: “O Guarani”, “Iracema” e “Ubirajara”.Como poeta, José de Alencar escreveu o poema indianista “Os Filhos de Tupã”.Como teatrólogo destacam-se as comédias “Verso e Reverso”, “O Demônio Familiar” e “As Asas de um Anjo”.Obras de José de Alencar• Cinco Minutos, romance, 1856;• Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios, críti ca, 1856;• O Guarani, romance, 1857;• Verso e Reverso, teatro, 1857;• A Viuvinha, romance, 1860;• Lucíola, romance, 1862;• As Minas de Prata, romance, 1862-1864-1865;• Diva, romance, 1864;• Iracema, romance, 1865;• Cartas de Erasmo, críti ca, 1865;• O Juízo de Deus, críti ca, 1867;• O Gaúcho, romance, 1870;• A Pata da Gazela, romance, 1870;• O Tronco do Ipê, romance, 1871;• Sonhos d’Ouro, romance, 1872;• Til, romance, 1872;• Alfarrábios, romance, 1873;• A Guerra dos Mascate, romance, 1873-1874;• Ao Correr da Pena, crônica, 1874;• Senhora, romance, 1875;• O Sertanejo, romance, 1875.MACHADO DE ASSISMachado de Assis (1839 - 1908) foi um escritor brasileiro, um dos nomes mais importantes da literatura do século XIX. Escreveu poesias, contos e romances. Foi também jornalista, teatrólogo, críti co de teatro e críti co literário.Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na Chácara do Livramento no Rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 1839. Foi o primeiro fi lho de Francisco José de Assis, um decorador de paredes, e da imigrante portuguesa Maria Leopoldina. Machado de Assis passou sua infância e adolescência no bairro do Livramento. Seus pais viviam na propriedade do falecido senador Bento Barroso Pereira e D. Leopoldina era a protegida de D. Maria Jose Pereira.Machado fez seus primeiros estudos na escola pública do bairro de São Cristovão. Tornou-se amigo do padre Silveira Sarmento, o ajudava nas missas, familiarizava-se com o lati m.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS85Quando ti nha dez anos perdeu sua mãe.Viúvo, seu pai saiu da Chácara e foi morar em São Cristovão. Logo passou a viver com Maria Inês da Silva, só vindo a casar-se em 1854.Sua madrasta trabalhava como doceira em uma escola e levava o enteado para assisti r algumas aulas.À noite, Machado ia para uma padaria, local onde aprendia francês com o forneiro.À luz de velas, Machado lia tudo que passava em suas mãos e já escrevia suas primeiras poesias.Em busca de um emprego, com 15 anos, conheceu Francisco de Paula e Brito, dono da livraria, do jornal e da ti pografi a.Daí por diante não parou de escrever na Marmota e de fazer amizades com os políti cos e literatos, frequentadores da livraria, onde o assunto principal era a poesia.Em 1856, Machadinho, como era conhecido, entrou para a Imprensa Ofi cial como aprendiz de ti pógrafo, mas além de mau funcionário, escondia-se para ler tudo que lhe interessava.O diretor decidiu incenti var o jovem e o apresentou a três importantes jornalistas: Francisco Otaviano, Pedro Luís e Quinti no Bocaiúva.Otaviano e Pedro dirigiam o Correio-Mercanti l e para lá foi Machado de Assis, em 1858, como revisor de provas. Colaborava também para outros jornais, mas ganhava pouco e estava sempre sem dinheiro.Com 20 anos, Machado de Assis já frequentava os círculos literários e jornalísti cos do Rio de Janeiro, capital políti ca e ar� sti ca do Império.Em 1960, Machado de Assis foi chamado por Quinti no Bocaiúva para trabalhar na redação do “Diário do Rio de Janeiro”, que estava sendo preparado para reaparecer sob a direção políti ca de Saldanha Marinho. Além de escrever sobre todos os assuntos e manter uma coluna de críti ca literária, Machado tornou-se o representante do jornal no Senado.Machado também escrevia no “Jornal das Famílias”, onde suas histórias inconsequentes e açucaradas eram lidas nos serões familiares.Em 1864, Machado de Assis publicou “Crisálidas”, uma coletânea de seus poemas. O livro foi dedicado a seus pais, Maria Leopoldina e a Francisco, que morrera naquele ano.Em 1867, o Imperador concedeu a Machado o grau de “Cavaleiro da Ordem da Rosa”, por serviços prestados às letras nacionais. No dia 8 de abril Machado foi nomeado ajudante do diretor do Diário Ofi cial, iniciando sua “carreira burocráti ca”.Em 1868 ele conheceu Carolina Xavier de Novais, uma portuguesa culta, irmã do poeta português Fausti no Xavier de Novais, que lhe revelou os clássicos lusitanos.No dia 12 de novembro de 1869, o casamento de Machado e Carolina é realizado, tendo como testemunhas, Artur Napoleão e o Conde de São Mamede, em cuja residência se realizou a cerimônia.Em 1872, Machado de Assis publicou seu primeiro romance, “Ressurreição”. No dia 30 de janeiro de 1873, a capa do décimo número do “Arquivo Contemporâneo”, periódico do Rio de Janeiro, coloca lado a lado as fotos de José de Alencar, até então o maior romancista do Brasil, e a de Machado de Assis.Ainda em 1873, ele foi nomeado primeiro ofi cial da Secretaria da Agricultura e, três anos depois assumiu a chefi a da seção.Em 1881, Machado de Assis publica o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, que marca o início da fase acentuadamente realista de sua obra. A obra havia sido publicada, no ano anterior, em folheti ns na Revista Brasileira.Em 1896, fundou com outros intelectuais, a Academia Brasileira de Letras. Nomeado para a cadeira n.º 23, tornando-se, em 1897, seu primeiro presidente, cargo que ocupou até sua morte.Na entrada do prédio há uma estátua de bronze do escritor. Em sua homenagem, a academia chama-se também “Casa de Machado de Assis”.Em outubro de 1904 morreu sua esposa, Carolina, companheira de 35 anos, que além de revisora de suas obras era também sua enfermeira, pois Machado de Assis ti nha a saúde abalada pela epilepsia.Após a morte da esposa o romancista raramente saía de casa, em homenagem à sua amada, escreveu o poema “À Carolina”. Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de 1908. Em seu velório, comparecerem as maiores personalidades do país. Rui Barbosa, um dos juristas mais aplaudidos da época, fez um discurso de despedida com elogios ao homem e escritor. Levado em uma carreta do Arsenal de Guerra, só desti nada às grandes personalidades, um grande cortejo fúnebre saiu da Academia para o cemitério de São João Bati sta, onde foi enterrado.Fases da obra de Machado de AssisMachado de Assis teve uma carreira literária ininterrupta, produziu de 1855 a 1908. Escreveu poesias, romances, contos, crônicas, críti cas e peças de teatro. O ponto alto de sua produção literária é o romance e o conto, onde se observa duas fases:LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS86Primeira faseA primeira fase das obras de Machado de Assis apresenta-se presa a algum aspecto do “Romanti smo”, com uma história cheia de mistérios, com fi nal feliz ou trágico e uma narrati va linear.Apresenta também traços inovadores, como uma linguagem menos descriti va, menos adjeti vada e sem o exagero senti mental. As personagens têm um comportamento não só movido pelo amor, mas também pela ambição e pelo interesse. São dessa fase os romances:• Ressurreição (1872)• A Mão e a Luva (1874)• Helena (1876)• Iaiá Garcia (1878)Segunda fase (Realismo)A segunda fase das obras de Machado de Assis inicia-se com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), onde retrata a miséria humana, indo até seu últi mo romance, “Memorial de Aires” (1908) - o livro da saudade, escrito após a morte de Carolina.É nesse período que se encontram suas mais ricas criações literárias. Diferente de tudo quanto havia sido escrito no Brasil, Machado inaugura o “Realismo”.O esti lo realista de Machado de Assis difere de seus contemporâneos, porque ele aprofunda-se na análise psicológica dos personagens desvendando a fragilidade existencial na relação consigo mesmo e com os outros personagens. São dessa fase os romances:• Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)• Quincas Borba (1891)• Dom Casmurro (1899)• Esaú e Jacó (1904)• Memorial de Aires (1908)Contos de Machado de Assis• Papéis Avulsos (1882)• Histórias Sem Data (1884)• Várias Histórias (1896)• Páginas Recolhidas (1899)• Relíquias da Casa Velha (1906)LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS87Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador era um defunto que resolveu distrair-se um pouco saindo da monotonia da eternidade escrevendo suas memórias, livre das convenções sociais, pois está morto. O narrador fala não só da vida, mas de todos os que com ele conviveram, revelando a hipocrisia das relações humanas.As personagens femininasAs grandes “personagens femininas” das obras de Machado de Assis ou são adúlteras ou estão a ponto de ser como Virgília de Memórias Póstumas que repele Brás Cubas quando podia casar-se com ele, mas torna-se sua amante depois que está casada com outro homem mais importante na escala social.Sofi a, protagonista de Quincas Borba, fi ca no limiar do adultério, tentando o pobre Rubião até levá-lo à loucura, para ti rar dele seu últi mo centavo e assim enriquecer seu esposo.Capitu, sua heroína mais famosa, personagem de Dom Casmurro, é o protóti po de mulher dissimulada, que engana vilmente o marido – ou parece enganá-lo. Apenas Fidélia, de Memorial de Aires, é a mulher honesta e fi el, como seu próprio nome sugere.O escritor Machado de Assis é uma fi gura tão importante para o nosso país que a sua biografi a foi escolhida para fi gurar no arti go A biografi a das 20 pessoas mais importantes para a história do Brasil.VISCONDE DE TAUNAYVisconde de Taunay (1843-1899) foi um escritor, militar e políti co do império brasileiro. Monarquista e grande admirador de D. Pedro II, com ele manteve uma longa correspondência quando o ex-imperador foi exilado do país.Em 1863 formou-se em Ciências Físicas e Matemáti ca na Escola Militar. Em 1864 casou-se com Cristi na Teixeira Leite, fi lha do Barão de Vassouras. Ingressou no cursode Engenharia Militar.Em 1871, Visconde de Taunay publica uma de suas principais obras: “A Reti rada da Laguna”, onde em uma narrati va forte, e dramáti ca, evidencia os problemas militares, o sofrimento dos combatentes e o nacionalismo durante os anos na guerra.Terminado o curso de Engenharia, Taunay passa a lecionar História, Línguas, Mineralogia, Biologia e Botânica no Colégio Militar.InocênciaO romance “Inocência” publicado em 1872 é considerado o melhor romance sertanejo do Romanti smo, obteve extraordinária popularidade e foi traduzido para diversas línguas.Vida políti caEm 1872, o Visconde de Taunay ingressou na vida políti ca. Foi deputado por Goiás. Em 1876, foi nomeado presidente da província de Santa Catarina. Entre 1881 a 1884 foi deputado por Santa Catarina. Foi presidente da província do Paraná de 1885 a 1886.Taunay presidiu a Sociedade Central de Imigração que promoveu a chegada dos primeiros imigrantes alemães e italianos para o sul do Brasil. Em seguida, foi senador por Santa Catarina na vaga do Barão de Laguna. Foi um dos mais dedicados parti dários da abolição da escravatura.Dedicado às suas múlti plas ati vidades, Visconde de Taunay destacou-se também como jornalista músico e pintor, além de ter sido administrador da fl oresta da Tijuca, no Rio de Janeiro.Títulos e honrariasFoi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Música, onde ocupou a cadeira n.º 13.Taunay foi ofi cial da Ordem da Rosa, Cavaleiro da Ordem de São Bento, da Ordem de Aviz e da Ordem de Cristo.No dia 6 de setembro de 1889, recebeu de D. Pedro II o � tulo de “Visconde, com Grandeza”. Neste mesmo ano, com a queda da Monarquia, afasta-se do Senado, mas permanece fi el ao ex-imperador, por quem manti nha a mais profunda admiração.Durante o exílio de D. Pedro, Taunay manteve farta correspondência com ele, que posteriormente foi reunida e publicada por seu fi lho Aff onso de E. Taunay, no livro “Visconde de Taunay: Pedro II”.Visconde de Taunay faleceu no Rio de Janeiro, no dia 25 de janeiro de 1899.ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM1. (USP) O índio, em alguns romances de José de Alencar, como Iracema e Ubirajara, é:a) retratado com objeti vidade, numa perspecti va rigorosa e cien� fi ca.b) idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico.c) pretexto episódico para descrição da natureza.d) visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior.e) representado como um primiti vo feroz e de maus insti ntos.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS882. (SANTA CASA) No conto “Um Homem Célebre”, ocorre o falecimento da esposa do Pestana, personagem central, compositor que não logra concluir um réquiem para a missa da mulher. “Contentou-se da missa rezada e simples, para ele só. Não se pode dizer se todas as lágrimas que lhe vieram sorrateiramente aos olhos foram do marido, ou se algumas eram do compositor.” Conforme o excerto lembra, na obra de Machado de Assis é comum que o narrador:a) ponha em dúvida o signifi cado aparente da realidade, muitas vezes enganoso.b) interfi ra emocionalmente no texto, tornando-o dramáti co, senti mentalista e ultrarromânti co.c) busque revelar a profunda hipocrisia e bondade que, a um tempo, caracterizam o comportamento dos seres humanos.d) busque revelar o aspecto mais piedoso do caráter das personagens construindo uma narrati va eminentemente moralista.e) construa um texto fortemente espiritualizado, em que importa pouco o signifi cado material das ações.3. (FUVEST) “Neste despropositado e inclassifi cável livro (...), não é que se quebre, mas enreda-se o fi o das histórias e das observações por tal modo, que, bem o vejo e sinto, só com muita paciência se pode deslindar e seguir em tão embaraçada meada”. Eis como o autor vê sua obra, dentro da qual faz refl exões como esta: “o povo, o povo está são: os corruptos somos nós os que cuidamos saber e ignoramos tudo.” Trata-se da obraa) Portugal, de Miguel Torga.b) Quincas Borba, de Machado de Assis.c) Os maias, de Eça de Queirós.d) Vidas secas, de Graciliano Ramos.e) Viagens na minha terra, de Almeida Garre� .4. (FUVEST)I - Autor que levava no palco a sociedade portuguesa da primeira metade do século XVI, vivenciando, na expressão de Antônio José Saraiva, o refl exo da crise.II - Atuou na linha do teatro de costumes, associou o burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar fl agrantes da vida brasileira, do campo à cidade.Os enunciados referem-se, respecti vamente, aos teatrólogos:a) Camilo Castelo Branco e José de Alencar.b) Machado de Assis e Miguel Torga.c) Gil Vicente e Nelson Rodrigues.d) Gil Vicente e Marti ns Pena.e) Camilo Castelo Branco e Nelson Rodrigues5. (PUCCAMP) “Cantor das selvas, entre bravas matas / Áspero tronco da palmeira escolho, / Unido a ele soltarei meu canto, / Enquanto o vento nos palmares zune, / Rugindo os longos, encontrados leques.”Os versos acima, de Os Timbiras, de Gonçalves Dias, apresentam característi cas da primeira geração românti ca:a) apego ao equilíbrio na forma de expressão; presença do nacionalismo, pela temáti ca indianista e pela valorização da natureza brasileira.b) resistência aos exageros senti mentais e à forma de expressão subordinada às emoções; visão da poesia a serviço de causas sociais, como a escravidão.c) expressão preocupada com o senso de medida; “mal do século”; natureza como amiga e confi dente.d) transbordamento na forma de expressão; valorização do índio como � pico homem nacional; apresentação da natureza como refúgio dos males do coração.e) expressão a serviço da manifestação dos estados de espírito mais exagerados; senti mento profundo de solidão.6. (F.C.CHAGAS) “O critério de apresentação da obra, colocando em primeiro lugar a parte referente ao indígena, está de acordo com a busca do exoti smo que era moda na época.“A moda que o juízo críti co acima transcrito menciona, a propósito da obra A Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, do pintor Jean-Bapti ste Debret, era vigente no período da literatura.a) barroco;b) arcádicoc) românti co;d) realista;e) naturalista.7.(USC) A respeito do Romanti smo no Brasil, pode-se afi rmar que:a) sua ação nacionalista deu origem às condições políti cas que propiciaram a nossa Independência;b) coincidiu com o momento decisivo de defi nição da nacionalidade e colaborou para essa defi nição;c) espelhou sempre as infl uências estrangeiras, em nada aproveitando os costumes e a cor locais;d) foi decisivo para o amadurecimento dos senti mentos nati vistas que culminaram na Inconfi dência Mineira;e) ganhou relevo apenas na poesia, talvez por falta de talentos no culti vo da fi cção.8. (F.C.CHAGAS) O movimento românti co, cujas origens estão na Alemanha e na Inglaterra, adquiriu na literatura brasileira um refl exo extraordinário porque:a) nossas letras contavam, à época, com arti stas do talento de um Machado de Assis e de um Raul Pompéia;LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS89b) coincidiu com o momento decisivo de defi nição da nossa nacionalidade e de valorização do nosso passado histórico;c) prosperavam, entre nós, os senti mentos nati vistas elevados ao mais alto plano estéti co, como demonstram os poemas “O Uruguai” e “Caramuru”;d) nosso complexo cultural de colonizadores encontrava na prosa inti mista sua expressão mais adequada e natural;e) nossos homens de letras e de ciências criaram teorias em que se demonstrava a fl agrante superioridade do pensamento anglo-germânico sobre o de outros povos.9. (F.C.CHAGAS) “Em cismar, sozinho, à noite, / Mais prazer encontro eu lá; / Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá.”Nestes versos de Gonçalves Dias, escritos em Portugal, o poeta vive um momento marcado pora) solidão, devaneio e idealização nacionalista.b) melancolia, tédio e ironia;c) amor a Portugal, devaneio e idealização nacionalista;d) saudades, ânimo sa� rico e pessimismo;e) alívio, expectati va e oti mismo.10. (VUNESP) Baseando-se na leitura do texto de Álvares de Azevedo, assinale a única alternati va incorreta.“Junto a meu leito, com as mãos unidas, / Olhos fi tos no céu, cabelos soltos, / Pálida sombra de mulher formosa / Entre nuvens azuis pranteia orando. / É um retrato talvez. Naquele seio / Porventura sonhei doiradas noites. / Talvez sonhando desatei sorrindo / Alguma vez nos ombros perfumados / Esses cabelos negros, e em delíquio / Nos lábios dela suspirei tremendo. / foi-se minha visão. E resta agora / Aquela vaga sombra na parede / – Fantasma de carvão e pó cerúleo, / Tão vaga, tão exti nta e fumarenta / Como de um sonho o recordar incerto.”(AZEVEDO, Álvares de. VI Parte de “Ideias Ínti mas”. In: CÂNDIDO, A. & CASTELLO, J. A. Presença da Literatura Brasileira, vol. II, São Paulo, Difusão Europeia do Livro,1968, p. 26).Considerando os aspectos temáti cos e formais do poema pode-se vinculá-lo ao segundo momento do movimento românti co brasileiro, também conhecido como “geração do spleen” ou “mal do século.”a) A presença da mulher amada torna-se o ponto central do poema. Isso é claramente manifestado pelas recordações do eu-lírico, marcado por um passado vivido, que sempre volta em imagens e sonhos.b) texto refl ete um arti culado jogo entre o plano do imaginário e o plano real. Um dos elementos, entre outros, que arti cula essa contradição é a alternância dos tempos verbais presente/ passado.c) Realidade e fantasia tornam-se a única realidade no espaço da poesia lírica românti ca, gênero privilegiado dentro desse movimento.d) Apesar de uti lizar decassílabo, esse poema possui o andamento próximo ao da prosa. Esse aspecto formal é importante para intensifi car certo prosaísmo inti mista da poesia românti ca.11.(PUC) Considerado pela críti ca brasileira o escritor mais bem-dotado de sua geração, Álvares de Azevedo, além das poesias, deixou-nos que obra de prosa narrati va?a) Conde Lopo;b) Macário;c) Espumas Flutuantes;d) Noite na Taverna;e) Pedro Ivo.12.(U.FORTALEZA) “Eu deixo a vida como deixa o tédio / Do deserto, o poento caminheiro / Como as horas de um longo pesadelo / Que se desfaz ao dobre de um sineiro.”Os versos acima exemplifi cam:a) a uti lização de metáforas grandiosas para expressar a indignação com as injusti ças sociais que caracteriza a obra de Castro Alves;b) a temáti ca a procura da morte como solução para os problemas da existência em que se encontra em Álvares de Azevedo;c) tratamento ao mesmo tempo irônico e lírico a que Carlos Drummond de Andrade submete o coti diano;d) a presença da natureza como cenário para o encontro do pastor com sua amada, como ocorre em Tomás Antônio Gonzaga;e) a exploração de ecos, assonâncias, aliterações em busca de uma sonoridade válida por si mesma, como se vê na obra de Cruz e Sousa.13. (F.C.CHAGAS) A poesia confessional e fantasia de Álvares de Azevedo pertence a uma geração românti ca situada entre a de;a) Gonçalves Dias e a de Cláudio Manuel da Costab) Gonçalves de Magalhães e a de Gonçalves Dias;c) Castro Alves e a de Cruz e Sousa;d) Gonçalves Dias e a de Castro Alves;e) Cláudio Manuel da Costa e a de Tomás Antônio Gonzaga.14. (F.C.CHAGAS) A palavra de Castro Alves seria, no contexto em que se inseriu, uma palavra aberta à realidade da nação, indignando-se o poeta como problema do escravo e entusiasmando-se com o LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS90progresso e a técnica que já ati ngiam o meio rural. Esse últi mo aspecto permite afi rmar que Castro Alves.a) identi fi ca-se aos poetas da segunda geração românti ca no que se refere à concepção da natureza como refúgio.b) afasta-se, nesse senti do, de outros poetas, como Fagundes Varela, que o consideram o campo um an� doto para os males da cidade;c) trata a natureza da mesma forma que o poeta árcade que o antecedeu;c) antecipa o comportamento do poeta parnasiano que se entusiasma com a realidade exterior;e) idealiza a natureza da pátria, buscando preservar a sua simplicidade e pureza, tal como Gonçalves Dias.15. (AFA - Adaptado) Observe o ideal de liberdade, preconizado por Cecília Meirelles em “Romanceiro da Inconfi dência: “Agora, peço a você. / Ó caboclo brasileiro, / caboclo ainda cati vo, / ler o ‘Navio Negreiro’ / para fi car informado / do passado cati veiro. / Era um navio maldito, / uma ave de rapina / voando a fl or do oceano, / no bojo a gana a assassina / conduzia ouro humano: / a rapa negra era a mina. / Caboclo, não chore não, / não chora quando o poema / apertar-lhe o coração; / se não puder impe ou gema / ou grite de indignação. / caboclo, este o dilema. / Depois leias as Vozes d’África / com a mesma indignação/ contra os senhores de escravos, / ó caboclo do sertão, / o cati veiro de hoje / é o mesmo: cana e algodão.”Esse ideal de liberdade repete, de certa forma, a temáti ca da poesia social de:a) Castro Alves;b) Fagundes Varela;c) Casimiro de Abreu;d) Álvares de Azevedo.16. (FUVEST) Lucíola e Senhora; O Gaúcho, Sertanejo; e o Guarani e As Minas de Prata representam na obra de Alencar, de acordo com os seus conteúdos e seus cenários, romances de ti pos, respecti vamente:a) urbanos, regionalistas e pré-históricos;b) documentais, sociais e histórico-indianistas;c) europeus, nacionais e indianistas;d) psicológicos, documentais e folclóricos;e) realistas, impressionistas e românti cos.17. (PUC) Nos romances Senhora e Lucíola, José de Alencar dá um passo em relação à críti ca dos valores da sociedade burguesa, na medida em que coloca como protagonistas personagens que se deixam corromper por dinheiro. Entretanto, essa críti ca se dilui e ele se reafi rma como escritor românti co, nessas obras, porque.a) pune os protagonistas no fi nal, levando-os a um casamento infeliz;b) justi fi ca o confl ito dos protagonistas com a sociedade pela diferença de raça: uns, índios idealizados; outros, brasileiros com maneiras europeias;c) confi rma os valores burgueses, condenando os protagonistas à morte;d) resolve a contradição entre o dinheiro e valores morais tornando os protagonistas ricos e poderosos;e) permite aos protagonistas recuperarem sua dignidade pela força do amor.Leia os fragmentos de Inocência para responder as questões 18 a 22:Texto I:O dia 15 de julho de 1860 era dia claro, sereno e fresco, como costumam ser os chamados de inverno no interior do Brasil.Ia o Sol alto em seu percurso, iluminando com seus raios, não muito ardentes para regiões intertropicais, a estrada, cujo aspecto há pouco tentamos descrever e que da Vila de Sant’Ana do Paranaíba vai ter aos campos de Camapuã.A essa hora, um viajante, montado numa boa besta tordilho-queimada, gorda e marchadeira, seguia aquela estrada. A sua fi sionomia e maneiras de trajar denunciavam de pronto que não era homem de lida fadigosa e comum ou algum fazendeiro daquelas cercanias que voltasse para casa. Trazia na cabeça um chapéu-do-chile de abas amplas e cingido de larga fi ta preta, sobre os ombros um poncho-pala de variegadas cores e calçava botas de couro da Rússia bem feitas e em bom estado de conservação.Tinha quando muito vinte e cinco anos, presença agradável, olhos negros e bem rasgados, barba e cabelos cortados quase à escovinha e ar tão inteligente quanto decidido.Texto II:—Está aqui o doutor, disse-lhe Pereira, que vem curar-te de vez—Boas-noites, dona, saudou Cirino.Tímida voz murmurou uma resposta, ao passo que o jovem, no seu papel de médico, se sentava num escabelo junto à cama e tomava o pulso à doente.Caía então luz de chapa sobre ela, iluminando-lhe o rosto, parte do colo e da cabeça, coberta por um lenço vermelho atado por trás da nuca.Apesar de bastante descorada e um tanto magra, era Inocência de beleza deslumbrante.Do seu rosto irradiava singela expressão de encantadora ingenuidade, realçada pela meiguicedo LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS91olhar sereno que, a custo, parecia coar por entre os cílios sedosos a franjar-lhe as pálpebras, e compridos a ponto de projetarem sombras nas mimosas faces.Era o nariz fi no, um bocadinho arqueado; a boca pequena, e o queixo admiravelmente torneado.Ao erguer a cabeça para ti rar o braço de sob o lençol, descera um nada a camisinha de crivo que vesti a, deixando nu um colo de fascinadora alvura, em que ressaltava um ou outro sinal de nascença.Razões de sobra ti nha, pois, o pretenso facultati vo para senti r a mão fria e um tanto incerta, e não poder ati nar com o pulso de tão genti l cliente.18. A denominação romance regionalista aplica-se ao livro em que o autor identi fi ca par o leitor a paisagem, os costumes, a linguagem de uma região específi ca do interior do Brasil. Reconheça do primeiro fragmento elementos que permitem identi fi car a paisagem rural de Inocência:19. Identi fi que no primeiro fragmento os aspectos que apresentam Cirino como elemento estranho à paisagem.20. O segundo fragmento apresenta ao leitor a moça, Inocência. Ela está doente, com febre brava, de cama. Em sua descrição, porém, o narrador destaca que aspectos da moça?21. Destaque as expressões que realçam a meiguice de Inocência:22. Os protagonistas do romance pertencem a grupos sociais disti ntos. Comente em que este aspecto interfere no relacionamento deles.23. (UNICENTRO) Relati vamente ao romance Inocência, de Taunay, todas as afi rmati vas abaixo são procedentes, EXCETOa) O autor desenvolve toda a história em cenário e meio ti picamente sertanejo.b) Numa atmosfera agreste e idílica, a gente rústi ca do sertão de Mato Grosso vive seus confl itos.c) Pereira decide casar a fi lha com Manecão, homem honrado e rude tal como o pai de Inocência.d) Órfã de mãe desde o nascimento, Inocência é criada pelo pai, Pereira, mineiro afetuoso mas turrão.e) Inocência, que vivia, desde menina, apaixonada pelo práti co Cirino, deixa de aceitar o noivado imposto pelo pai.24. (UFRN) O romance Inocência (1872), de Visconde de Taunay, é reconhecido pela críti ca como uma das mais populares narrati vas da Literatura Brasileira. Nessa obra, o leitor pode identi fi car valores do Romanti smo regionalista por meio daa) Caracterização do modo de vida urbano como sendo perverso.b) Assimilação dos costumes do homem branco pelo caboclo.c) Reprodução do linguajar � pico do interior brasileiro.d) Intervenção refl exiva do narrador protagonista.e) Descrição da cidade que se passa o romance.25. Observe a sequência abaixo, do penúlti mo capítulo de Inocência, de Visconde de Taunay:“Vinha a morte desdobrando as suas sombras no rosto de Cirino. Iase-lhe empanando o brilho dos olhos; fi cara a língua trôpega, afi larase-lhe o nariz e sinistro palor mais realçava a negra cor dos seus cabelos e barbas. Sentara-se Cesário no chão para segurar com mais jeito o corpo do moribundo. Duas lágrimas vinham-lhe sulcando as másculas faces. Ligeiro estremecimento agitava o corpo de Cirino.—Agora, acrescentou com voz muito sumida, chegou… o meu dia… Mas… eu lhe peço… nada diga… à sua afi lhada… Não consinta… que case com… Manecão.—Então, interrompeu Cesário, foi ele quem?…—Não, não, contestou Cirino, mas… ela havia de ser… infeliz… Ouviu? Promete-me?—Prometo, respondeu Cesário com fi rmeza.Juro até…—Pois bem, suspirou o agonizante, agora… agradeço a morte. Quero apegar-me… às Santas do Paraíso… e chamo por…E com esforço, no últi mo alento, murmurou mais e mais baixo:—Inocência!Na tarde deste dia, o viajante que passasse por aquele siti o poderia ver uma cova coberta de fresco, sobre a qual se erguia uma cruz tosca feita de dois grossos paus amarrados com cipós. Eram mostras da caridade do mineiro Antônio Cesário.A cena da morte de Cirino revela:a) Que o livro é adepto de uma visão barroca da realidade, baseando-se no paradoxo que consiste na paixão vivida por Cirino e, ao mesmo tempo, a negação disso em nome dos valores religiosos (e da noção de honra) que ele culti va. Manecão o mata sem que ele tenha ti do (em virtude desse seu impasse) qualquer envolvimento com Inocência.b) Que Taunay, autor realista, explora criti camente a temáti ca dos confl itos de classe. O pano de fundo da batalha de Manecão com Cirino (que resulta na morte deste últi mo) é o envolvimento de Inocência – comprometi da com Manecão, homem pobre e honrado – com Cirino, um galanteador rico e esnobe. A vingança de Manecão é um modo de ele resisti r à força de atração do dinheiro em seu meio social.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS92c) Que o romance carrega marcas � picas do Romanti smo por mostrar o sofrimento (e o sacri� cio) do protagonista Cirino como decorrência de sua oposição aos valores estabelecidos, uma vez que ele morre por reivindicar o direito de viver seu amor por Inocência, a qual, contra sua vontade, mesmo não amando Manecão, tem um compromisso de casamento com ele para atender a uma determinação de seu pai.d) Que Inocência é um texto modernista, mas com traços neoclássicos, já que, mesmo situando sua intriga no sertão nordesti no, narrando a rivalidade de duas famílias cujos membros se matam por questões de terra, o texto é uma releitura da obra Romeu e Julieta, de Shakespeare.e) Que Inocência é um texto exemplar da vertente urbana do romanti smo brasileiro. O confl ito que culmina na morte de Cirino é relacionado à sua aproximação, por interesse, à família rica de Inocência, visando benefi ciar-se do dote desta, o que lhe permiti ria frequentar os salões da corte. Igualmente interessado nisso, Manecão vê no assassinato do rival uma forma de realizar seu intento.26. “Inocência” é um romance rico de registros culturais, pois contrapõe, além de diferentes esti los de vida, o estrangeiro ao brasileiro e o homem da cidade ao sertanejo.Com base na obra, escrevaS - diante dos costumes do sertanejo; C - diante das ati tudes do citadino;E - diante dos comportamentos do estrangeiro.( ) Acatamento ao desejo dos familiares mais velhos; casamento apalavrado; respeito à palavra empenhada; especulações sobre vidas alheias.( ) Casamento do homem na maturidade; preservação da casti dade feminina até o casamento; proteção rigorosa da família; respeito às tradições.( ) Códigos morais tolerantes; fl exibilidade éti ca; combinação do saber acadêmico com o popular; confi ança na mulher.( ) Rigor cien� fi co e interesse por pesquisas; descrição objeti va e uti lização de dados esta� sti cos; respeito às diferenças de sexo e de classe.( ) Deveres de hospitalidade; divisão peculiar da habitação; gosto por devassar novas terras; ridicularização de comportamentos exóti cos.27. (UFRN) O romance Inocência (1872), de Visconde de Taunay, é reconhecido pela críti ca como uma das mais populares narrati vas da Literatura Brasileira. Nessa obra, o leitor pode identi fi car valores do Romanti smo regionalista por meio daa) Caracterização do modo de vida urbano como sendo perverso.b) Assimilação dos costumes do homem branco pelo caboclo.c) Reprodução do linguajar � pico do interior brasileiro.d) Intervenção refl exiva do narrador protagonista.REFERÊNCIASA arte barroca. Toda Matéria. Disponível em: Acesso em 13 ago., 2020.Ati vidades de romance. Disponível em h� p://naslinhaseentrelinhasdostextos-cris.blogspot.com/2011/08/ moreninha-de-joaquim-manuel-de-macedo.html. Acesso em 17 dez, 2020.Ati vidades sobre prosa românti ca. Disponível em https://asliteratas.webnode.com.br/os-livros/memorias-de-um-sargento-de-milicias2/exercicios/. Acesso em 17 dez, 2020.Barroco. Português. Disponível em: . Acesso em 10 ago., 2020.Barroco. Só Literatura. Disponível em: . 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Acesso em 11 ago., 2020.Ciências da Natureza e suas TecnologiasCiências da Natureza e suas CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS94 COMPONENTE CURRICULAR – BIOLOGIA HABILIDADES DA ESPECÍFICA (EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas transformações e transferências de energia, uti lizando representações e simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de dispositi vos e aplicati vos digitais (como so� wares de simulação e de realidade virtual, entre outros).OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCNT203H) Compreender os processos energéti cos celulares (respiração, fotossíntese, fermentação, quimiossíntese), analisando seus aspectos � sicos, químicos e biológicos para relacioná-los à transformação e transferência de energia nos mecanismos de manutenção da vida.OBJETOS DE CONHECIMENTO Metabolismo CelularMetabolismo celularEste módulo e os demais propostos nesta aposti la da 1ª série, para o 3º bimestre tem como foco um mesmo tema: Energia.Este é um conceito muito importante dentro das Ciências da Natureza, considerado sob diferentes perspecti vas dentro dos componentes Física, Química e Biologia.Na Física a Energia representa a capacidade de produção de trabalho, enquanto para a Biologia e a Química, este conceito pode ser entendido como aquilo que deriva do trabalho, originando e mantendo a vida e seus processos, sob a perspecti va de todas as reações químicas envolvidas no metabolismo celular. Desde a sua fonte primária, o Sol, passando por diversas formas de transformação, armazenamento e dissipação, a Energia atravessa os diversos sistemas � sicos, químicos e biológicos. Por isso, tamanha a importância deste tema que aqui será estudado na perspecti va do componente Biologia, considerando-se possíveis abordagens interdisciplinares que possibilitarão uma compreensão mais ampla deste conceito, que, como já mencionado, conecta diferentes campos do conhecimento e precisa ser entendido para que processos complexos do coti diano sejam elucidados.Do Sol à célula e, desta, ao ambiente, seguiremos os caminhos da Energia em seus diversos fl uxos.1. Metabolismo energéti co da célulaO metabolismo energéti co da célula consiste na quebra de moléculas, como, por exemplo, a glicose, em reações que liberam energia na forma de calor, ou seja, exotérmicas, entretanto, parte dessa energia é armazenada antes de se perder totalmente. Para que isso ocorra, as células uti lizam moléculas especiais, capazes de armazenar energia em suas ligações químicas e, quando necessário, transferi-la para qualquer ati vidade na qual seja necessária. Esta substância que armazena energia nas células é o ATP. Esta é uma molécula importan� ssima que funciona como uma “moeda energéti ca”. Conforme a ati vidade metabólica, poderá ocorrer um gasto maior ou menor de energia. Assim, conforme a reação, haverá nas células uma degradação de um número maior ou menor de moléculas de ATP, sempre que a célula necessitar.Fórmula estrutural do ATP – Adenosina trifosfato. A adenosina é chamada de nucleosídeo, que é resultante da união da base nitrogenada adenina com o açúcar (pentose) ribose. Quando a adenosina se liga a apenas um grupo fosfato, forma-se o AMP (adenosina monofosfato); quando se liga a dois grupos fosfatos, há a formação de ADP (adenosina difosfato); quando se liga a três grupos fosfatos, forma-se o ATP. Nas ligações químicas do ATP, em especial nas ligações entre os grupos fosfatos, fi ca armazenada a energia que será uti lizada nas ati vidades celulares. Assim, o ATP é a fonte imediata de energia para o trabalho celular.Fonte: elaborado pelos autores, 2022.Geralmente, a energia uti lizada no metabolismo celular vem da quebra do ATP em ADP (adenosina difosfato), em casos de extrema necessidade, a célula faz a degradação do ADP em AMP (adenosina monofosfato). No metabolismo celular normal, moléculas de ATP estão conti nuamente sendo degradadas em ADP + Pi (fosfato inorgânico), liberando energia para todas as ati vidades. Por fi m, usando a energia proveniente, principalmente, da respiração CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS95celular, moléculas de ATP são constantemente reconstruídas a parti r da adição de um grupo fosfato ao ADP.Caso ocorra a remoção do fosfato, cujo processo é uma reação chamada desfosforilação, ocorre a liberação de energia. Então, de maneira resumida, podemos afi rmar que o metabolismo da célula se uti liza da constante quebra (catabolismo) e formação (anabolismo) de ligações químicas para a obtenção de energia.SAIBA MAISA molécula de ATP é de natureza nucleo� dica, assim como as moléculas de DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico) que são macromoléculas muito importantes para os seres vivos, estando relacionadas ao armazenamento de informações relacionadas tanto ao controle do metabolismo quanto à transmissão de característi cas hereditárias. Estas moléculas são denominadas ácidos nucleicos, que são substâncias formadas por macromoléculas resultantes da união de vários nucleo� deos. São, portanto, exemplos de polinucleo� deos.Para saber mais sobre as estruturas e funções destas moléculas vitais acesse o material digital inti tulado “Ácidos nucleicos”, produzido por Khan Academy (org.), disponível em: h� ps://pt.khanacademy.org/science/9-ano/vida-e-evolucao-geneti ca/os-acidos-nucleicos/a/ nucleic-acids . Acesso em: 6 jun 2022.Fonte: Course Hero. Disponível em: h� ps://bityli.com/qDHNzY. Acesso em jun 2022.Existem dois ti pos de ácidos nucleicos: DNA e RNA (a). O DNA é uma macromolécula de cadeia dupla em espiral, enquanto o RNA é formado por uma cadeia simples que pode se dobrar formando ligações ao longo de sua estrutura linear (b). Estas ligações determinarão os ti pos de RNA a serem formados. De modo geral, as cadeias dos ácidos nucleicos se pareiam através de ligações químicas fracas, chamadas de pontes de hidrogênio, entre as bases nitrogenadas que compõem as cadeias de açúcar e fosfato. As bases nitrogenadas que estão presentes tanto no DNA quanto no RNA são adenina (A), guanina (G) e citosina (C). A base ti mina (T) está presente apenas no DNA e a base uracila (U) apenas no RNA. As ligações entre elas são específi cas, podendo formar os seguintes pares: A-T (DNA); C-G (DNA e RNA); A-U (RNA).1.1. Anabolismo e catabolismoChamamos de metabolismo o conjunto das ati vidades � sicas e químicas que acontecem de forma integrada e promovem as transformações da matéria e da energia nos sistemas vivos. É dentro dos seres vivos, especifi camente, nas células, que as transformações da matéria e da energia ocorrem com maior intensidade por meio da quebra e da cons trução de moléculas. Sendofoi jogada na propriedade de Badminton, pertencente ao Duque de Beaufort’s, em Gloucestershire, Inglaterra. Em 1934 foi fundada a Federação Internacional de Badminton (IBF), com nove membros: Canadá, Dinamarca, Escócia, França, Holanda, Inglaterra, Nova Zelândia e País de Gales. Sua sede se situa, logicamente, em Gloucestershire.Nos anos seguintes mais países se tornaram membros, especialmente após a estreia do esporte nas olimpíadas de Barcelona, em 1992. Hoje em dia, existem 130 países membros da IBF, e o número tende a crescer. Existem, na atualidade, seis torneios principais promovidos pela IBF: Thomas Cup (campeonato mundial masculino de equipes), Uber Cup (campeonato mundial feminino de equipes), Sudirman Cup (equipes mistas), World Championship, World Juniors e World Grand Prix Finals.Em 1995 o Badminton foi incluído nos XII Jogos Pan Americanos de Mar del Plata, Argenti na, e foi jogado novamente, em 1999, nos XIII Jogos Pan-Americanos em Winnipeg, Canadá. Depois disso, a modalidade se fi rmou no evento sendo esporte que conta medalhas até hoje. Inclusive, em 2007 nos Jogos PanAmericanos do Rio de Janeiro o Brasil conquistou sua primeira medalha na competi ção. O feito histórico para o Badminton brasileiro foi conseguido pelos atletas Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo que conquistaram medalha de bronze na categoria de dupla masculina.Fonte: Texto adaptado de: h� p://www.badminton.org.br/histo-riadobadminton acessado em: 07/06/2022.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS13CURIOSIDADES:• O “birdie” pode ati ngir velocidades de 300 km/h.• Pode ser considerado o esporte que usa raquete mais rápido do mundo• Badminton House era propriedade do Duque de Beaufort’sFonte: Fachada da Badminton House – imagem extraída de: h� ps://pt.wikipedia.org/wiki/Badminton_House acessado em: 06/06/2023.InclusãoO parabadminton é a versão adaptada do badminton, pode ser prati cado por pessoas com defi ciência nos membros inferiores, superiores, além de pessoas com nanismo ou cegueira, todavia é mais prati cado entre pessoas que uti lizam cadeiras de rodas. Estruturado para pessoas com defi ciências � sicas e terá a sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Atletas em cadeira de rodas e andantes uti lizam uma raquete para golpear uma peteca na quadra dos adversários competi ndo em provas individuais, duplas (masculinas e femininas) e mistas em seis classes funcionais diferentes.Em 1995, foi criada a IBAD (Associação Internacional de Badminton para Defi cientes) para gerir a modalidade. Em 2009, teve o seu nome alterado para PBWF (Federação Mundial de Badminton) e dois anos depois teve a sua junção integral com a Federação Mundial de Badminton (BWF - Badminton World Federati on, em inglês).O primeiro Campeonato Mundial foi realizado em 1998, na Holanda. De lá para cá, foram realizadas 11 edições a parti r de 2001 fi cou decidido que os eventos seriam realizados nos anos ímpares.Fonte: Classes funcionais do parabadminton.No Brasil, o Badminton foi introduzido em 2006, pelo professor Léti sson Samarone Pereira, no Distrito Federal. Também aconteceram no DF as primeiras competi ções ofi ciais da modalidade - estaduais (2008) e nacionais (2009). Desde 2011, o Brasil parti cipa de todos os campeonatos internacionais da modalidade.Fonte: h� ps://www.cpb.org.br/ modalidades/63/badminton acessado em: 06/06/2022.Cinco atletas goianos parti ciparam do Brazil Internati onal Parabadminton em abril de 2022, todos pontuando para o ranking mundial, o que mostra a superação e a força de vontade dos integrantes desta equipe.Fonte: Imagem extraída de: h� ps://esportegoiano.com.br/goia-nos-en-tram-ranking-mundial-parabadminton/ acessado em: 08/06/2022.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS14Fonte:https://www.olimpiadatododia.com.br/badminton/184621-na-guatemala-brasileiros-tem-chances-em-quatro-ca-tegorias/ acessado em:15/02/2022.SUGESTÃO DE APRENDIZAGEMRealização de práti ca esporti va (badminton) adaptada para que os estudantes possam vivenciar o esporte de invasão. Assisti r o vídeo: h� ps://www.youtube.com/watch?v=lG-iQFYobXMMOMENTO ENEM1. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTOS – PI – ADAPTADA.Os esportes com raquetes são desenvolvidos nas aulas de Educação Física como conteúdo dessa disciplina. Independente das modalidades, eles são esportes bem aceitos pelos alunos. Porém, cada um deles possui característi cas diferentes, como as regras, o tamanho das raquetes, das bolas, entre outros.Assinale a alternati va que exemplifi ca somente os esportes com raquetes.(A) Tênis de mesa, Squash, Badminton.(B) Padel, Peteca, Tênis de mesa.(C) Beach Tennis, Squash, Curling.(D) Badminton, Hóquei, Tênis de mesa.(E) Tênis de mesa, Peteca e Tênis. REFERÊNCIASBRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.2018 h� ps://www.cpb.org.br/modalidades/63/badmintonhttps://esportegoiano.com.br/goianos-entram-ranking-mundial-parabadminton/h� p://www.badminton.org.br/historiadobadminton.HISTÓRIA DA NATAÇÃOHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a comunidade escolar, estudando sua realidade local para respeitar seus interesses, e democrati zar o acesso a esses momentos.OBJETO DE CONHECIMENTOConhecimento teórico-práti co sobre ati vidade � sica, exercício � sico e treinamento corporal no contexto das práti cas corporais. Conhecimento teórico-práti co dos fundamentos técnicos e. das regras básicas nas práti cas corporais.Segundo a BNCC Brasil (2018), os esportes de marca envolvem o “conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar os resultados registrados em segundos, metros ou quilos (pati nação de velocidade, todas as provas do atleti smo, remo, ciclismo, levantamento de peso, natação entre outros)” Neste módulo iremos explorar e conhecer este esporte milenar denominado nataçãoFonte: Imagem extraída de: h� ps://conceitos.com/natacao/ aces-sado em 15/06/2022.O ser humano não tem o hábito natural de nadar e devido ao fator de sobrevivência necessitou ao longo da sua evolução a aprender a nadar. Por observar outros animais a nadar, a espécie humana foi desenvolvendo movimentos no meio líquido que permiti am a ação de autopropulsão e autossustentação. O longo então dos anos e da necessidade de sobreviver e fugir de predadores acredita-se que a natação foi desenvolvendo juntamente com a história. da humanidade.As sociedades vivam próximas a rios, lagos, mares e oceanos, fazendo com que a pesca coleti va fosse um fator de subsistência para as famílias. mergulhar e aprender a nadar então era fundamental para o homem primiti vo, pois aqueles que não sabiam poderiam morrer. A busca pelos alimentos e a fuga LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS15dos predadores permiti u que o homem primiti vo fosse desenvolvendo movimentos aquáti cos para sua sobrevivência. Desenhos e pinturas nas cavernas demonstram o hábito de nadar do homem primiti vo, pinturas egípcias e assírias comprovam que o ser humano precisava nadar. A arqueologia a parti r dos seus registros comprova na Índia o registro de construções (piscinas) a mais de 5 mil anos. Na Grécia o banho e a natação eram hábitos comuns para as pessoas e as piscinas eram parte integrante de locais públicos. A natação permiti a aos gregos condicionamento � sico e consti tuía um componente da educação da classe rica. O fi lósofo grego Platão afi rmava: “Todo homem culto deve saber ler, escrever e nadar”.A natação então pode representar uma estratégia para ati ngir objeti vos, como uma ati vidade saudável e efi caz, ajudando na manutenção de sua saúde, ou ainda como obstáculo a ser transposto, em casos de adultos que desejam aprender a nadar (MASSAUD; CORRÊA, 2001).Fonte: Imagem extraída de:assim, podemos dividir o metabolismo em dois processos: o catabolismo e o anabolismo.Catabolismo: transformação de moléculas complexas em moléculas mais simples, menos energéti cas, com a liberação de energia (reações exergônicas). Exemplo: alimentos contendo moléculas de carboidratos que são ingeridas e catabolizadas no corpo (através do sistema gestório) em moléculas mais simples, como a glicose, ocorrendo liberação de energia durante este processo. O catabolismo, também, realiza reações oxidati vas, como por exemplo a degradação de proteínas a produtos como a ureia.Anabolismo: agora o contrário, ou seja, há a transformação de moléculas simples em moléculas mais complexas e mais energéti cas. Neste processo há o gasto de energia (reações endergônicas). Exemplo: no nosso corpo as moléculas de glicose poderão ser anabolizadas, formando moléculas mais complexas, como os lipídios, que poderão ser novamente catabolizadas em moléculas mais simples, liberando energia para a realização de diferentes funções orgânicas, quando necessário. O anabolismo também realiza reações redutoras, como por exemplo a síntese de polissacarídeos através de moléculas fundamentais, chamadas de monossacarídeos.As reações catabólicas resultam na quebra de moléculas grandes em moléculas menores, liberando energia. As reações anabólicas são o inverso, construindo moléculas maiores a parti r de unidades menores, com consumo de energia.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS96Fonte: elaborado pelos autores, 2022.ATIVIDADE DE APRENDIZAGEMLeia o texto e analise a fotografi a.A existência da vida requer um suprimento con� nuo de energia. [...] Entre as diferentes fontes de energia disponíveis no ambiente, os seres vivos uti lizam a química e a luminosa. [...]Fonte: CHALOUB, R. M. Fotossíntese. Ciência Hoje, Rio de Janei-ro, 13 nov. 2015. Disponível em: h� p://cienciahoje.org.br/arti go/fotossintese/. Acesso em: 1 jul. 2020.• Construa um texto estabelecendo uma relação entre as informações do texto e a cena presente na fotografi a, uti lizando os conceitos já aprendidos.1.2. Oxidação e redução nos processos metabólicos celularesAntes de aprofundamos os conhecimentos, leia os seguintes conceitos que são pré-requisitos para o entendimento os próximos processos químicos que compõem o metabolismo energéti co das células.FIQUE ATENTO A ESTES CONCEITOS!Fosforilação. Em bioquímica, fosforilação é a adição de um grupo fosfato (PO4) a uma proteína ou outra molécula, como, por exemplo, a glicose.Fonte: Biomedicina em Ação. Disponível em: h� ps://bityli.com/Tmlyza. Acesso em jun 2022.Fosfato. Na química, um fosfato é um íon poliatômico ou um radical consisti ndo de um átomo de fósforo e quatro de oxigênio. Na forma iônica, tem a carga formal de -3, sendo denotado como PO 3-. No campo bioquímico, um íon de fosfato livre em solução é chamado de fosfato inorgânico, para disti ngui-lo dos fosfatos existentes nas moléculas de trifosfato de adenosina (ATP), DNA ou mesmo RNA. O fosfato inorgânico é denotado geralmente como Pi.Fosfato inorgânico pode ser formado pelas reações de ATP ou adenosina difosfato (ADP), com a formação do ADP ou AMP correspondente e a liberação de um íon de fosfato. Reações similares existem para outros nucleosídeos difosfatos e trifosfatos.Fonte: Wikimedia Commons. Disponível em: h� ps://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Phosphat-Ion.svg. Acesso em ju 2022.BioquímicaA química aplicada à biologia, ou seja, a Bioquímica é a ciência e tecnologia que estuda e aplica as ciências químicas ao contexto da biologia, sendo, portanto, uma área interdisciplinar entre a química e a biologia. Consiste no estudo, identi fi cação, análise, modifi cação e manipulação de moléculas e das reações químicas de importância biológica, em ambientes e contextos químicos próprios in vitro ou in vivo (comparti mentos celulares, virais e fi siológicos). Envolve moléculas de diversas dimensões tais como proteínas, enzimas, carboidratos, lipídeos, ácidos nucleicos, vitaminas, alcalóides, terpenos e mesmo íons inorgânicos. Também, engloba o estudo do efeito de compostos químicos orgânicos ou inorgânicos sobre os diferentes comparti mentos biológicos, (química biológica), assim como, a modifi cação química de biomoléculas. Suas aplicações englobam setores como alimentos, fármacos e biofármacos, análises clínicas, biocombus� veis, pesquisa básica CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS97dentre outros. É uma ciência e tecnologia essencial para todas as profi ssões relacionadas a ciências da vida e uma das fronteiras de desenvolvimento das ciências químicas.Fonte: UPF. Disponível em h� ps://bityli.com/VSqgdh. Acesso em jun 2022.GlicoseA glicose é um monossacarídeo e um dos carboidratos mais importantes para os seres vivos, pois as células o usam como fonte de energia. A glicose é um dos principais produtos da fotossíntese e parti cipa do início do processo de respiração celular em todos os ti pos de organismos (procariontes e eucariontes). Macroscopicamente é um cristal sólido e tem sabor adocicado. Sua fórmula molecular é C6H12O6. Juntamente com outros açúcares, como a frutose e a galactose, consti tuem uma classe de moléculas fundamentais que formam carboidratos maiores como a sacarose, a lactose e a maltose. A glicose também entra na consti tuição de carboidratos mais complexos como o amido e a celulose, sendo estes, polímeros de glicose.Fonte: PNGWing. Disponível em h� ps://www.pngwing.com/ pt/free-png-izrli. Acesso em jun 2022.ProteínasMacromoléculas biológicas, as proteínas são construídas por uma ou mais cadeias de aminoácidos. As proteínas estão presentes em todos os seres vivos e parti cipam, em prati camente, todos os processos celulares, desempenhando um vasto conjunto de funções no organismo, como a replicação de DNA, a resposta a es� mulos e o transporte de moléculas. Muitas proteínas são enzimas que catalisam reações bioquímicas vitais para o metabolismo. As proteínas têm também funções estruturais ou mecânicas, como é o caso da acti na e da miosina nos músculos e das proteínas do citoesqueleto, as quais formam um sistema de andaimes que mantém a forma celular. Outras proteínas são importantes na sinalização celular, resposta imunitária e no ciclo celular. As proteínas diferem entre si fundamentalmente na sua sequência de aminoácidos, que é determinada pela sua sequência genéti ca, a qual, geralmente, provoca o seu enovelamento numa estrutura tridimensional específi ca que determina a sua ati vidade.Fonte: Escola Educação. Disponível em: h� ps://bityli.com/ JDbdpl. Acesso em jun 2022.Textos adaptados de LEHNINGER, A.L. NELSON, D.L. COX,M.M. Princípios de Bioquímica, 4a. Edição, Editora Sarvier, 2007.No metabolismo celular são muito constantes reações químicas, nas quais ocorrem a transferência de elétrons entre moléculas. Este ti po é chamado de reação de oxirredução ou redox. No contexto da bioquímica, são reações de oxirredução, por exemplo, as reações de fosforilação e desfosforilação que fazem parte do mecanismo de regulação das proteínas. A redução oco rre quando há o aumento no número de elétrons de uma molécula, por isso, pode-se dizer que esta molécula se tornou reduzida. Ao contrário, quando há a diminuição do número de elétrons de uma molécula esta é dita oxidada e o processo recebe o nome de oxidação.Veja o exemplo do esquema a seguir:Fonte: GODOY, L. P., et al. Multi versos: ciências da natureza: ma-téria, energia e a vida: ensino médio. 1. ed. São Paulo: Editora FTD, 2020. Elaborado com base em: REECE, J. B., et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 164.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS98Em uma reação entre duas moléculas, A e B, se ocorre a transferência de elétrons da molécula A para a molécula B, ao fi nal do processo, a molécula A se encontrará oxidada e a molécula B, reduzida (a moléculaque recebe elétrons é a que reduz!)Como esse processo pode ocorrer em um organismo vivo?Nas células, a transferência de elétrons entre moléculas pode ocorrer por meio de ânions de hidrogênio (H-), sendo adicionados ou reti rados destas. O ânion de hidrogênio é um íon negati vo, sendo assim, a molécula que o recebe adiciona um elétron a sua carga, tornando-se reduzida. O contrário, também, ocorre e, neste caso, a molécula torna-se oxidada.Existem moléculas responsáveis por este transporte de ânions de hidrogênio e, por isso, consequentemente, são transportadas de elétrons.Além de elementos transportadores de hidrogênio, estas moléculas acima, podem atuar como coenzimas, ou seja, auxiliadoras do funcionamento de outras enzimas. Em parti cular, o NAD e o FAD estão entre as mais importantes, já que na falta delas as enzimas não são capazes de receber e transportar elétrons durante os processos de armazenamento e controle de energia. Observe a estrutura molecular de NAD+e NADH na fi gura a seguir.Fonte: Sala Bioquímica. Disponível em: h� p://salabioquimica.blogspot.com/search?q=NAD. Acesso em jun 2022.Vimos, até aqui, moléculas que são muito importantes para o metabolismo energéti co das células. Todas elas têm em comum, em suas estruturas, o fato de serem formadas por nucleo� deos que apresentam o nucleosídeo adenosina. Quanto às funções dessas moléculas, o ATP é a “moeda energéti ca’’ da célula, como já explicado, anteriormente, enquanto o NAD, o NADP e o FAD funcionam como transportadores de hidrogênio. Mais adiante ainda veremos novamente sobre estas últi mas moléculas que também podem ser chamadas de aceptores intermediários de elétrons, em processos metabólicos como a respiração celular, fermentação e fotossíntese.GLOSSÁRIOEnzimaUma enzima é uma proteína que catalisa as reações bioquímicas do metabolismo. As enzimas atuam sobre as moléculas conhecidas como substratos e permitem o desenvolvimento dos diversos processos celulares. Convém salientar que as enzimas não alteram o balanço energéti co nem o equilíbrio das reações em que intervêm: a sua função limita-se a ajudar a acelerar o processo. Por outras palavras, a reação sob o controle de uma enzima alcança o seu equilíbrio de forma muito mais rápida do que uma reação não catalisada.Nucleoti deoO nucleo� deo é a subunidade do DNA e do RNA, ou seja, é a subunidade que forma os ácidos nucleicos. Apesar de serem encontrados formando estruturas poliméricas, como o DNA e o RNA, alguns nucleo� deos são encontrados livres na célula, como o ATP. Estrutura de um nucleo� deo: base nitrogenada ligada a uma pentose e um grupo fosfato.Fonte: Escola Educação. Disponível em: h� ps://bityli.com/ouohoj. Acesso em jun 2022.ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM01. (Unir) Durante a respiração celular, apenas 45% da energia liberada na combustão da glicose são armazenados pela célula, ou seja, 55% são perdidos sob a forma de calor. A célula eucarióti ca consegue armazenar a energia liberada na combustão da glicose por meio da:CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS99(A) Síntese de moléculas de ATP.(B) Síntese de AMP.(C) Degradação de moléculas de FADH2.(D) Oxidação de moléculas de ATP.(E) Redução de compostos nitrogenados.02. Todos os componentes, abaixo formam uma molécula de ATP com exceção de:(A) Três grupos fosfatos.(B) Uma base nitrogenada.(C) Uma ribose.(D) Uma desoxirribose.(E) Uma base adenina.03. (Uespi) O ATP funciona dentro da célula como uma “moeda energéti ca” que pode ser gasta em qualquer momento, quando a célula necessitar. Analise a fi gura e assinale a alternati va que responde corretamente à questão.1. Em A tem-se um nucleo� deo.2. Em B tem-se um nucleosídeo.3. Em C tem-se um nucleosídeo monofosfatado.4. Em D tem-se uma molécula de adenosina trifosfato. Está(ão) correta(s) apenas:(A) 2, 3 e 4(B) 1 e 2(C) 2 e 3(D) 1(E) 404. (Azup) O metabolismo de síntese de biomoléculas é conhecido como:(A) Aerobismo(B) Anaerobismo(C) Anabolismo(D) Catabolismo(E) Cataciclismo05. (Azup) São processos que representam, correta e, respecti vamente, anabolismo e catabolismo:(A) Respiração aeróbia e glicólise.(B) Replicação celular e crescimento de tecidos.(C) Formação de proteínas e fermentação.(D) Excreção e degeneração óssea.(E) Síntese de ácidos graxos e síntese de hormônios.06. Associe o catabolismo e anabolismo com as ati vidades, abaixo:I. Degradação de moléculasII. Ação endotérmicaIII. Reações oxidati vasIV. Síntese de macromoléculasV. Ação exotérmicaVI. Reações redutorasAssinale a alternati va correta:(A) Catabolismo: I, II e VI. Anabolismo: III, IV e V.(B) Catabolismo: I, III e V. Anabolismo: II, IV e VI.(C) Catabolismo: II, IV e VI. Anabolismo: I, III e V.(D) Todas as respostas anteriores estão incorretas.(E) Todas as respostas anteriores estão corretas para os dois processos metabólicos.FotossínteseFotossíntese é um assunto que, assim como a respiração celular, está dentro de um grande tema chamado metabolismo energéti co que foi iniciado neste módulo.A fotossíntese é o único processo ou fenômeno natural capaz de converter a energia � sica, ou seja, a luz, em uma energia química estável na forma de açúcar: a glicose. Além disso, a fotossíntese é o processo de obtenção de energia dos organismos autotrófi cos. Entretanto, apenas dos autotrófi cos fotossinteti zantes, uma vez que existem outros organismos autotrófi cos, como os quimiossinteti zantes.Fazem fotossíntese dois ti pos de organismos: as plantas e as algas.Plantas terrestresBasicamente, para que ocorra a fotossíntese, são necessários dois comprimentos de onda que são os preferidos das plantas: o comprimento referente ao azul que está próximo de 450 nm e o comprimento referente ao vermelho que está próximo de 700 nm. O comprimento intermediário entre estes, referente ao roxo, ainda, é o melhor e preferido das plantas. Entretanto as taxas fotossintéti cas já serão altas considerandse os comprimentos de onda do azul e vermelho.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS100Um fato importante: a fotossíntese é a responsável direta por manter o fl uxo energéti co dos ecossistemas, ou seja, sem a fotossíntese seria impossível conceber a vida na Terra tal como a conhecemos hoje. É um processo vital na manutenção da biosfera.Esse assunto já foi abordado no Enem, veja a seguir:Fonte: Wikisabio. Disponível em: h� ps://wikisabio.com/plantas/. Acesso em jun 2022.Diferentes ti pos de algasFonte: Beduka. Disponível em: h� ps://bityli.com/ANnqluPara sua ocorrência, a fotossíntese necessita, obrigatoriamente, de luz em um determinado comprimento de onda e de um pigmento acessório chamado de clorofi la. Essa luz poderá variar de 400 a 750 nanômetros, sendo esta a variação do comprimento de onda do espectro eletromagnéti co que chamamos de luz visível, nesta faixa está a luz branca e todos os comprimentos de onda que a compõem.Fonte: Colégio Vasco da Gama. Disponível em: h� ps://colegio-vascodagama.pt/ciencias3c/decimo/images/clo2.gif. Acesso em jun 2022.MOMENTO ENEM(2012) Paleontólogos estudam fósseis e esqueletos de dinossauros para tentar explicar o desaparecimento desses animais. Esses estudos permitem afi rmar que esses animais foram exti ntos há cerca de 65 milhões de anos. Uma teoria aceita atualmente é a de que um asteroide colidiu com a Terra, formando uma densa nuvem de poeira na atmosfera. De acordo com essa teoria, a exti nção ocorreu em função de modifi cações no planeta que A. desestabilizaram o relógio biológico dos animais, causando alterações no código genéti co. B. reduziram a penetração da luz solar até a super� cie da Terra, interferindo no fl uxo energéti co das teias trófi cas. C. causaram uma série de intoxicações nos animais, provocando a bioacumulação de par� culas de poeira nos organismos. D. resultaram na sedimentação das par� culas de poeira levantada com o impactodo meteoro, provocando o desaparecimento de rios e lagos. E. evitaram a precipitação de água até a super� cie da Terra, causando uma grande seca que impediu a retroalimentação do ciclo hidrológico.Resposta: Segundo essa teoria, com a formação de uma densa nuvem de poeira na atmosfera houve um bloqueio na penetração dos raios solares. Esse bloqueio acarretou uma redução das taxas de fotossíntese das plantas, que implicou uma redução na disponibilidade de alimento para os herbívoros. Com isso, esses animais começaram a morrer e, depois, os carnívoros sofreram em virtude também da falta de alimento, ocasionando não só um desequilíbrio na teia trófi ca desses animais, como também a sua exti nção. Sendo assim, a resposta correta é letra (B) reduziram a penetração da luz solar até a superfí cie da Terra, interferindo no fluxo energéti co das teias trófi cas.Com isso podemos reafi rmar: sem luz, sem fotossíntese. Sem fotossíntese, sem vida.Uma grande exti nção ocorreu na época dos dinossauros, há 65 milhões de anos, quando a maioria das grandes espécies foram exti ntas. Felizmente, permaneceram pequenos animais que puderam, depois de milhares e milhares de anos, restabelecer uma nova fauna terrestre ainda dependente da fotossíntese.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS1012.1 Fotossíntese e suas etapasA fotossíntese ocorre, então, na presença de luz, gás carbônico (CO2) e água (H2O). Estas são moléculas inorgânicas simples que são uti lizadas para a síntese de carboidratos (fórmula geral CH2O), que são moléculas mais energéti cas. Ao fi nal da fotossíntese, o gás oxigênio (O2) também é formado e, é liberado para o ambiente.Fonte: Tabela Periódica Completa. Disponível em: h� ps://bityli. com/EgeFOp. Acesso em jun 2022.A fotossíntese pode ser dividida em duas etapas: a etapa fotoquímica e a etapa química. A etapa fotoquímica, também, chamada de fase clara, ocorre nas membranas dos ti lacóides, onde estão localizados os pigmentos fotossinteti zantes, como a clorofi la. Nessa etapa, ocorrem reações químicas dependentes da energia luminosa. Por sua vez, a etapa química, também chamada de fase escura, ocorre no estroma dos cloroplastos e, apesar de não depender diretamente de energia luminosa, depende dos produtos gerados na etapa fotoquímica e, portanto, também ocorre na presença de luz.Existem quatro ti pos de clorofi la. Destas, a clorofi la a é essencial à fotossíntese e está presente em todas as plantas autotrófi cas; as clorofi las b, c e d agem como fotorreceptores secundários e são exemplos de pigmentos acessórios.A seguir, vejamos as principais reações químicas que ocorrem em cada uma das etapas da fotossíntese:Fonte: Sala BioQuímica. Disponível em:h� ps://bityli.com/ogBaTa. Acesso em jun 2022.A etapa fotoquímica inicia-se com a absorção da energia luminosa pela clorofi la, possibilitando a ocorrência de duas reações: a fotofosforilação e a fotólise da água. Ou seja, na presença de luz, ocorre a síntese de ATP, a parti r da ligação de um fosfato inorgânico (Pi) à molécula de ADP (fotofosforilação), e a quebra da molécula de água (fotólise). A fotólise da água libera gás oxigênio (O2), íons hidrogênio (H+) e elétrons (e-), conforme representado na equação a seguir:Os elétrons e os hidrogênios liberados são capturados por moléculas de NADP+, que assumem sua forma reduzida, NADPH. Já na etapa química, há a redução do gás carbônico, a parti r dos íons hidrogênio transportados pelo NADPH. Essa reação ocorre na presença de ATP, que fornece energia ao sistema. Ao fi nal, são produzidos açúcares simples, que serão empregados na produção de outros açúcares, como a glicose, a sacarose e o amido, e de outras moléculas orgânicas mais complexas necessárias para a planta. A síntese de carboidratos ocorre por meio de um conjunto de reações químicas denominado Ciclo das pentoses ou Ciclo de Calvin-Benson, em homenagem aos bioquímicos estadunidenses Melvin Calvin (1911-1997) e Andrew Benson (1917- 2015), que o descreveram.Fonte: Infoescola. Disponível em: h� ps://www.infoescola.com/ wp-content/uploads/2007/10/fotossintese-290826602.jpg. Aces-so em jun 2022.ATIVIDADE EXTRAAti vidade práti caProvavelmente, você já saiba porque a maioria das plantas são verdes: devido a presença de clorofi la! Mas, saiba, também, que este não é o único pigmento presente nos vegetais. Existem outros como os CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS102carotenoides (carotenos e xantofi las), responsáveis por conferirem as colorações amarela, laranja e vermelha a diferentes partes das plantas como raízes, caules, folhas e frutos. Além disso, podem estar presentes nas algas, como as algas vermelhas, por exemplo.A seguir, propomos uma ati vidade práti ca para a extração destes pigmentos vegetais. O protocolo completo (materiais e procedimentos) pode ser encontrado no arti go “Extração de pigmentos fotossintéti cos em folhas das espécies de café (Coffea arábica), acálifa (Acalypha hispida) e urucum (Bixa orellana), por meio de cromatografi a em papel” (SILVA et. al. 2013), disponível no endereço eletrônico, abaixo:http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio8/34.pdf.A cromatografi a é um método � sico-químico de separação de sólidos dissolvidos em uma solução, por meio da migração diferencial de seus componentes em duas fases que não se misturam: fase móvel (líquido com os pigmentos dissolvidos) e fase estacionária (onde os pigmentos irão se arrastar e fi nalmente se fi xar).Este é um método que pode ser uti lizado na determinação da quanti dade de componentes em uma mistura, assim como, na identi fi cação destas substâncias. Aqui faremos a cromatografi a em papel. Esta é uma técnica barata, rápida e interessante para se fazer na sala de aula. Desse modo, será possível interagir e raciocinar sobre como o método da Cromatografi a pode ser usado para separar e identi fi car substâncias químicas, mesmo em misturas complexas contendo centenas de compostos.Separar os componentes de uma mistura, por meio da técnica de cromatografi a em papel.Materiais e Reagentes:• Coador de café de papel (ou papel fi ltro);• Lápis, caneta ou pregador;• Folhas de diferentes plantas (escolher folhas de cores variadas);• Clipes ou fi ta adesiva;• Água;• Acetona;• Copos ou béqueres (a mesma quanti dade dos ti pos de plantas a serem analisadas).Procedimento Experimental:1. Recorte o coador de papel em ti ras de cerca de 4,0 cm de largura e 13 cm de comprimento;2. Coloque essas ti ras de papel dentro de copos ou béqueres contendo o extrato de cada ti po de folha (vide arti go citado acima)3. Observe o que ocorre com o tempo.4. Quando o líquido subir por todo o papel, reti -re-o e deixe-o secar.5. Anote os fatos observados.6. Repita o processo, colocando água ao invés de acetona (pode testar álcool também).As seguintes questões podem orientar as discussões:• O que ocorreu com os extratos ao longo do tempo?• Quais extratos apresentaram mais componen-tes? Quais as plantas analisadas?• Quais foram as cores observadas em cada ti ra, para cada planta?• Por que cada componente dos extratos percor-re uma distância diferente?• Quais extratos ti nham os mesmos componen-tes?• Qual a diferença observada entre os resulta-dos usando água e acetona (e álcool)? Por que houve diferença?QuimiossínteseA quimiossíntese é um processo autotrófi co de produção de compostos orgânicos, assim como a fotossíntese, porém ocorre independentemente da existência de energia luminosa. Justamente, microrganismos autotrófi cos que habitam, por exemplo, as regiões mais profundas dos oceanos, são capazes de realizar este processo, uma vez que estão adaptados à ausência completa de luz solar.Lembre-se que os organismos autotrófi cos são todos aqueles capazes de sinteti zar compostos orgânicos que lhes servirão de alimento, independentemente de serem fotossintetizantes ou quimiossinteti zantes. Dentre os principais organismos autotrófi cos quimiossinteti zantes, podemos citar:• Sulfobactérias: quimiossinteti zantes que oxi-dam os chamados compostos de enxofre;• Nitrobactérias: grupo de bactérias que oxidam compostos de nitrogênio;• Ferrobactérias: bactérias quimiossinteti zantes que oxidam compostos de ferro. Enquanto a energia necessária para a realização da fotossíntese provém do Sol, a energia para o processo de quimiossíntese é proveniente da oxidação de compostos inorgânicos reduzidos, cuja composição química contém elementos como o nitrogênio (N), o enxofre (S) ou o ferro (Fe), ou ainda pode ser proveniente da oxidação do gás hidrogênio.Etapas da quimiossínteseO processo de quimiossíntese acontece em duas etapas:CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS1031ª) Oxidação de substâncias inorgânicas que liberam prótons e elétrons, formando moléculas NADPH e ATP.2ª) Incorporação de gás carbônico para produção de substâncias orgânicas a parti r da obtenção de carbono (C).A seguinte equação resume o processo:CO2 + H2O + Energia Química= Compostos Orgânicos + O2Fonte:h� ps://essaseoutras.com.br/wpcontent/uploads/2011/06/quimiossintese-2.jpg. Acesso em jun 2022.Importância da quimiossínteseOs organismos quimiossinteti zantes, assim como, as plantas e as algas, contribuem nos ecossistemas fazendo parte do conjunto de organismos produtores, ou seja, promovendo a produção primária de compostos orgânicos. Organismos quimiossinteti zantes, normalmente, habitam ambientes inóspitos, quer dizer, ecossistemas de condições extremas onde poucos seres vivos seriam capazes de viver, como por exemplo fontes hidrotermais em abismos oceânicos, lagos congelados, ambientes aquáti cos com alta salinidade ou ainda muito ácidos. Estes seres vivos consti tuem a base das cadeias alimentares dos ecossistemas dos quais fazem parte, sustentando assim, uma série de comunidades de outros organismos em locais onde não há a possibilidade de se chegar a luz solar para a realização da fotossíntese.A energia que sustenta esses ecossistemas provém dos minerais e compostos químicos, então, a quimiossíntese, nesses ambientes, é um processo indispensável de manutenção da vida. Assim, por meio da oxidação de moléculas inorgânicas, organismos quimiossinteti zantes são capazes de obter energia para a produção de compostos orgânicos.Entretanto, este é um processo que não ocorre apenas em ambientes extremos. Existem seres quimiossinteti zantes que não são extremófi los, como as bactérias nitrifi cantes pertencentes aos gêneros Nitrosomonas e Nitrobacter que realizam a quimiossíntese, por meio da oxidação da amônia e do nitrito, respecti vamente, garanti ndo, assim, a obtenção necessária de energia para a fi xação do gás carbônico.Apesar das diferenças quanto a fonte primária de energia uti lizada, ambos os processos de quimiossíntese e fotossíntese uti lizam o gás carbônico como fonte de carbono para a produção de açúcares.ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM1. Elabore um mapa mental (mapa conceitual) parti ndo do termo central “quimiossíntese” e conectando a este outro termos e conceitos que resumem o processo, com informações como: ti po de processo metabólico; compostos uti lizados; fonte de energia primária uti lizada; importância do processo; organismos que o realizam (sob quais condições) etc. Caso, não saiba o que é um mapa mental ou mapa conceitual, acesse o link, a seguir, para conhecer e compreender mais sobre esta metodologia, bem como alguns exemplos. Como fazer um mapa mental? Passo a passo completo (ucpel.edu.br): h� ps://ead.ucpel.edu.br/blog/como-fazer-mapa-mental.2. Elabore um quadro comparati vo entre os processos de quimiossíntese e fotossíntese.Respiração celularA respiração celular é um processo que uti liza compostos orgânicos para a obtenção de energia. Envolvem várias reações químicas cujo objeti vo é a degradação, ou seja, a quebra de moléculas orgânicas. Estas reações ocorrem no interior da célula e vão resultar na liberação de energia conti da nas ligações químicas dos elementos das moléculas parti cipantes. Parte dessa energia dissipasse para fora da célula, ou organismo, na forma de calor e outra parte é converti da em energia química a ser armazenada nas ligações químicas das moléculas de ATP. Esta é uma forma de armazenar energia até que ela precise ser uti lizada, novamente, em algum outro processo metabólico celular. Pode-se dizer, então, que o objeti vo da respiração celular é a síntese de moléculas de ATP.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS104Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.Os carboidratos são compostos orgânicos uti lizados no processo de obtenção de energia, sendo a glicose o principal. Entretanto, na falta de carboidratos, as células podem uti lizar gorduras (lipídios) e, na falta destas, chegam a metabolizar as proteínas com o objeti vo de obtenção de energia.As reações para obtenção de energia podem ou não envolver a molécula de gás oxigênio (O2) como um de seus reagentes. Sendo assim, existe a possibilidade do processo ser aeróbio (ou aeróbico) quando o O2 parti cipa, ou anaeróbio (ou anaeróbico) quando não há parti cipação do O2.Existem células (e organismos) que só realizam um ou outro processo, entretanto, existem, também, aquelas que podem realizar os dois. Assim, podemos classifi car as células em:• Aeróbias estritas – Realizam apenas o processo aeróbio, morrendo na ausência de O2. Como é o caso, por exemplo, da maioria das células de um organismo pluricelular (plantas e animais).• Anaeróbias estritas ou obrigatórias – Realizam o processo anaeróbio, sendo prejudicadas pela presença do O2, que, inclusive, pode matá-las. Por exemplo: seres unicelulares, como a bacté-ria Clostridium tetani, microrganismo causador do tétano.• Anaeróbias facultati vas – Realizam os dois pro-cessos: aeróbio e anaeróbio, de acordo com a disposição de O2 no ambiente. Por exemplo, o que ocorre em nossas células musculares es-queléti cas.Respiração aeróbiaNo metabolismo celular, a respiração aeróbia, normalmente, é feita a parti r da glicose. Esse processo envolve uma reação exergônica, ou seja, que libera energia para o metabolismo, sendo, simplifi cadamente, representada, a seguir:Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.É a parti r da alimentação que, majoritariamente, os seres vivos heterótrofos obtêm a glicose (C6H12O6) a ser uti lizada como reagente no processo metabólico da respiração celular, enquanto os seres autótrofos conseguem produzir esta molécula energéti ca, por meio da fotossíntese ou quimiossíntese.Outro reagente da respiração (aeróbia) é o gás oxigênio (O2). Este, normalmente, é proveniente do meio ambiente (água ou atmosfera) a depender de qual espécie estamos falando (peixes ou aves, por exemplo). Um dos produtos do processo de respiração é o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2). Por ser uma substância tóxica, quando em altas concentrações no interior de um organismo ou célula, precisa ser liberada para o ambiente externo. Esta é uma substância caracterizada como um óxido ácido. Por isso, quanto maior a sua concentração num meio, mais ácido esse meio se torna. É, justamente, esta acidifi cação em excesso que pode levar as células à morte.Perceba que na respiração aeróbia, portanto, há, normalmente, uma troca de gases (absorção de O2 e eliminação do CO2) entre o organismo e o meio ambiente.Outro produto do processo de respiração celular é a água (H2O), que poderá ser uti lizada no próprio metabolismo celular ou, ainda, eliminada da célula.Em um organismo pluricelular como uma planta ou animal, a água é eliminada, por meio de diferentes processos como transpiração, por exemplo.A fabricação de moléculas de ATP advém da fosforilação do ADP, a parti r da absorção da energia produzida durante o processo de respiração celular, como resumido aseguir:Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.Em se tratando de respiração aeróbia, podemos dividir o processo em três etapas:GlicóliseA glicólise (do grego: glykýs, açúcar e lýsis, quebra) pode ser defi nida como um processo consti tuído por um caminho metabólico através do qual uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico um composto de menor energia que pode ser obti do da glicose sem a uti lização de oxigênio. Esta etapa ocorre no citoplasma da célula de qualquer ser vivo, anaeróbio ou aeróbio.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS105A glicólise é um processo que ocorre, também, em etapas, envolvendo 10 reações enzimáti cas e resultando, então, na formação de ácido pirúvico.Inicialmente, a molécula de glicose é ati vada pela adição de fosfatos que são provenientes de duas moléculas de AT P. Pode parecer contraditório que um processo que tem como objeti vo a produção de ATP, também, gaste este mesmo ATP, para sua realização. Apesar disso, este processo se torna vantajoso, pois o saldo fi nal de moléculas energéti cas, ainda, é positi vo: a glicólise produz quatro moléculas de ATP e gasta duas, ou seja, o saldo líquido da glicólise é ainda de 2 ATPs.Durante as reações de glicólise, além do ácido pirúvico formado, observa-se a liberação de quatro elétrons e quatro íons H+. Dois íons H+ e quatro elétrons são capturados por duas moléculas de NAD+(nicoti namida-adenina), dando origem a moléculas de NADH. Lembre-se que o NAD+ é um aceptor de elétrons que consegue capturar elétrons de reações de degradação e levá-los até reações que promovem a síntese de ATP.Devido a esta característi ca de consumir energia para produzir energia, diz-se que a glicólise apresenta duas etapas:1ª) Fase preparatória - com uti lização da energia da hidrólise de ATP.2ª) Fase de pagamento - formação de quatro mo léculas de ATP, que é a quanti dade mais que sufi ciente para se repor a energia gasta inicialmente. CO2 e H2O e síntese de ATP (energia para a célula). Entre as diversas etapas do ciclo de Krebs, ainda, Observe na fi gura, a seguir, o que ocorre com a glicose até a produção das duas moléculas de piruvato durante a glicólise.Fonte: Pinterest. Disponível: h� ps://i.pinimg.com/originals/91/ e0/53/91e053dd0eb8b6dfedd04e0f0dd0c499.jpg. Acesso em jun 2022.Ciclo de krebsO Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico é uma das etapas metabólicas da respiração celular aeróbica que ocorre na matriz mitocondrial de células animais.Fonte: Mundo Educação. Disponível em: h� ps://bityli.com/L� -LHc. Acesso em jun 2022.Representação de uma célula animal com ênfase em uma mitocôndria (organela membranosa), onde ocorre o processo de respiração celular. A etapa referente ao ciclo de Krebs, ocorre no interior da mitocôndria, na região denominada matriz mitocondrial.A função do ciclo de Krebs é promover a degradação de produtos do metabolismo dos carboidratos, lipídios e de diversos aminoácidos. Essas substâncias são converti das em aceti l-CoA, com a liberação de CO2e H2O e síntese de ATP (energia para a célula). Entre as diversas etapas do ciclo de Krebs, ainda, são produzidos intermediários que poderão ser uti lizados como precursores na síntese de biomoléculas (ex.: aminoácidos).É nesta etapa que ocorre, de fato, a transferência da energia química presente nas moléculas orgânicas para moléculas de ATP, que serão uti lizadas nas ati vidades celulares.Reações do Ciclo de KrebsO ciclo de Krebs corresponde a uma sequência de oito reações oxidati vas, ou seja, que necessitam de oxigênio.Cada uma das reações conta com a parti cipação de enzimas encontradas nas mitocôndrias. As enzimas são responsáveis por catalisar (acelerar) as reações.Etapas do Ciclo de KrebsA. Descarboxilação Oxidati va do PiruvatoA glicose (C6H12O6) proveniente da degradação dos carboidratos se converterá em duas moléculas de ácido pirúvico ou piruvato (C3H4O3). A glicose é degradada através da Glicólise e, é uma das principais fontes de Aceti l-CoA.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS106A descarboxilação oxidati va do piruvato dá início ao ciclo de Krebs. Ela corresponde a remoção de um CO2 do piruvato, gerando o grupo aceti l que se liga a coenzima A (CoA) e forma o Aceti l-CoA.Observe que essa reação produz NADH, uma molécula carreadora de energia.Descarboxilação oxidati va do piruvato para formar o Aceti l-CoA.Fonte: Toda Matéria. Disponível em: h� ps://stati c.todamateria. com.br/upload/ac/et/aceti lfi nal.jpg. Acesso em 2022.B. Reações do Ciclo de KrebsCom a formação do aceti l-CoA é dado início ao ciclo de Krebs, na matriz das mitocôndrias. Ele inte grará uma cadeia de oxidação celular, ou seja, uma sequência de reações a fi m de oxidar os carbonos, transformandoos em CO2.Com base na imagem do ciclo de Krebs, acompanhe o passo a passo de cada reação:• Etapas (1 - 2) → A enzima citrato sintetase ca-talisa a reação de transferência do grupo aceti l, proveniente da aceti l-CoA, para o ácido oxaloa-céti co ou oxaloacetato formando o ácido cítrico ou citrato e liberando a Coenzima A. O nome do ciclo está relacionado com a formação do ácido cítrico e as diversas reações que decorrem.• Etapas (3 - 5) → Ocorrem reações de oxidação e descarboxilação originando ácido cetoglutárico ou cetoglutarato. É liberado CO2 e forma-se NADH+ + H+.• Etapas (6 - 7) → Em seguida o ácido cetoglutá-rico passa por reação de descarboxilação oxida-ti va, catalisada por um complexo enzimáti co do qual fazem parte a CoA e o NAD+. Essas reações originarão ácido succínico, NADH+ e uma mo-lécula de GTP, que posteriormente, transferem sua energia para uma molécula de ADP, produ-zindo assim ATP.• Etapa (8) → O ácido succínico ou succinato é oxidado a ácido fumárico ou fumarato, cuja co-enzima é o FAD. Assim será formando FADH2, outra molécula carregadora de energia.• Etapas (9 -10) → O ácido fumárico é hidratado formando o ácido málico ou malato. Por fi m, o ácido málico sofrerá oxidação formando o ácido oxaloacéti co, reiniciando o ciclo.Fonte: IF Triângulo Mineiro. Disponível em:h� ps://sites.google.com/site/biologiaufal20122/eventos/me-03. Acesso em um 2022.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS107Resumo do ciclo de krebsFonte: IF Triângulo Mineiro. Disponível em: h� ps://bityli.com/eOojKR. Acesso em jun 2022.Cadeia respiratóriaA terceira e últi ma etapa da respiração celular é chamada de cadeia respiratória ou cadeia transportadora de elétrons. Este processo ocorre no interior das mitocôndrias e, também, tem como objeti vo a geração de energia em forma de ATP. A maior parte do ATP produzido pelo processo de respiração celular ocorre nesta terceira etapa.Durante os processos caracterizados como a cadeia respiratória, quatro grandes complexos proteicos inseridos na membrana interna da mitocôndria realizam o transporte dos elétrons de NADH e de FADH2 (formados nas etapas anteriores: glicólise e ciclo de krebs) para o gás oxigênio. Como consequência, estes transportadores de elétrons são, respecti vamente, reduzidos a NAD+ e FAD. Ao fi nal da reação o gás oxigênio é reduzido a moléculas de água devido aos elétrons de hidrogênio que com ele se combinaram. Por isso que o oxigênio é tão importante na respiração celular, ele é o aceptor fi nal de hidrogênios. Isto signifi ca que na sua ausência esse processo seria interrompido.Os elétrons do NADH e do FADH2, atraídos pelo gás oxigênio, percorrem um caminho por entre os complexos proteicos, liberando neste trajeto uma grande quanti dade de energia. A energia liberada pelos elétrons na passagem de uma proteína a outra da cadeia respiratória é chamada de força eletromoti va, e ocasiona a passagem dos íons H+ da matriz mitocondrial para o pequeno espaço entre as membranas da mitocôndria.Altamente concentrados no espaço entre as membranas mitocondriais, estes íons H+ tendem a retornar à matriz mitocondrial,gerando um potencial de difusão denominado força protomoti va. Para que consigam retornar, estes íons têm de passar por um dos complexos proteicos da cadeia respiratória, o sintase do ATP. Este complexo pode ser comparado à turbina de uma usina hidrelétrica: é composto por um rotor interno que, ao ser movido pela passagem dos íons H+, convertem a energia potencial da difusão dos íons em energia mecânica (a rotação da sintase do ATP) e, em seguida, em energia química.Em outras palavras, a conversão da energia mecânica em energia química consiste na uti lização da energia liberada com a entrada dos íons H+ pelo complexo proteico para a produção das moléculas de ATP. Nesta reação, a energia mecânica produzida é uti lizada para a inserção de um fosfato à molécula de ADP (adenosina difosfato), transformando o em ATP (adenosina trifosfato), em uma reação denominada fosforilação oxidati va. Conti do de energia química, este ATP, ao fi nal do processo, será fornecido a todas as células como fonte de energia para a realização de suas ati vidades.A energia liberada pelos elétrons de NADH e do FADH2, em sua passagem pela cadeia respiratória rendem, teoricamente, 34 moléculas de ATP. Em condições normais, porém, esse rendimento é menor, sendo formadas 26 moléculas. Se estas 26 moléculas forem somadas aos dois ATP formados na glicólise e aos dois ATP formados no ciclo de Krebs, pode-se dizer que a respiração celular chega ao rendimento máximo de 30 moléculas de ATP por molécula de glicose, embora em teoria este número fosse de 38 moléculas de ATP por molécula de glicose.MOMENTO ENEM01. (ENEM MEC/2019)O 2,4-dinitrofenol (DNP) é conhecido como desacoplador da cadeia de elétrons na mitocôndria e apresenta um efeito emagrecedor. Contudo, por ser perigoso e pela ocorrência de casos letais, seu uso como medicamento é proibido em diversos países, inclusive no Brasil. Na mitocôndria, essa substância captura, no espaço intermembranas, prótons (H+) provenientes da ati vidade das proteínas da cadeia respiratória, retornando à matriz mitocondrial. Assim, esses prótons não passam pelo transporte enzimáti co na membrana interna.GRUNDLINGH, J. et al. 2,4-Dinitrophenol (DNP): a W eight Loss Agent with Signifi cant Acute Toxicity and Risk of Death. Journal of Medical Toxicology, v. 7, 2011 (adaptado).O efeito emagrecedor desse composto está relacionado ao(à)(A) diminuição da produção de aceti l CoA, resultando em maior gasto celular de piruvato.(B) bloqueio das reações do ciclo de Krebs, resultando em maior gasto celular de energia.(C) redução da produção de ATP, resultando em maior gasto celular de nutrientes.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS108(D) inibição da glicólise, resultando em maior absorção celular da glicose sanguínea.(E) obstrução da cadeia respiratória, resultando em maior consumo celular de ácidos graxos.02. (ENEM MEC/2020) O culti vo de células animais transformou-se em uma tecnologia moderna com inúmeras aplicações, dentre elas testes de fármacos visando o desenvolvimento de medicamentos. Apesar de os primeiros estudos datarem de 1907, o culti vo de células animais alcançou sucesso na década de 1950, quando Harry Eagle conseguiu defi nir os nutrientes necessários para o crescimento celular.CASTILHO, L. Tecnologia de biofármacos. São Paulo, 2010.Qual componente garante o suprimento energéti co para essas células?(A) Fonte de carbono(B) Indicadores de pH(C) Elementos inorgânicos(D) Vitaminas(E) H2O03. (ENEM MEC/2009) Considere a situação em que foram realizados dois experimentos, designados de experimentos A e B, com dois ti pos celulares, denominados células 1 e 2. No experimento A, as células 1 e 2 foram colocadas em uma solução aquosa contendo cloreto de sódio (NaCl) e glicose (C6H12O6), com baixa concentração de oxigênio. No experimento B foi fornecida às células 1 e 2 a mesma solução, porém com alta concentração de oxigênio, semelhante à atmosférica. Ao fi nal do experimento, mediu-se a concentração de glicose na solução extracelular em cada uma das quatro situações. Este experimento está representado no quadro, abaixo. Foi observado no experimento A que a concentração de glicose na solução que banhava as células 1 era maior que a da solução contendo as células 2 e esta era menor que a concentração inicial. No experimento B, foi observado que a concentração de glicose na solução das células 1 era igual à das células 2 e esta era idênti ca à observada no experimento A, para as células 2, ao fi nal do experimento.Pela interpretação do experimento descrito, pode-se observar que o metabolismo das células estudadas está relacionado às condições empregadas no experimento, visto que as células 1 e 2 obti veram energia a parti r de substratos diferentes.(A) células 2 têm maior demanda de energia que as células 1.(B) células 1 realizam metabolismo aeróbio.(C) células 1 são incapazes de consumir glicose.(D) células 2 consomem mais oxigênio que as células 1.SAIBA MAISO assunto respiração celular, também, pode ser acessado no formato de video-aula disponível no link ou no QRCODE, abaixo:h� ps://www.youtube.com/watch?v=OihZCxbjTa0&-t=134sFermentaçãoA fermentação é um processo de respiração anaeróbica, por meio do qual as células obtêm energia química para as ati vidades normais do seu metabolismo.O ser humano se uti liza desses mecanismos para a preparação de produtos bastante consumidos. Como acontece com o fermento biológico do pão, além da fermentação do vinho, do iogurte, entre outros.O que é a Fermentação?Na fermentação acontece apenas a primeira etapa da respiração celular, ou seja, a glicólise. Nessa fase, ocorre a quebra da molécula de glicose em duas moléculas de piruvato (ou ácido pirúvico), além da formação de duas moléculas de ATP e duas de NADH.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS109Fonte: Escola Educação. Disponível em: h� ps://escolaeducacao. com.br/wp-content/uploads/2020/03/glicolise.jpg. Acesso em jun 2022.Para que a energia armazenada nas ligações químicas da glicose seja liberada, é preciso que ocorram sucessivas oxidações. Geralmente, as moléculas são oxidadas quando perdem elétrons, ao reagir com o oxigênio.No entanto, na oxidação da glicose são reti rados os hidrogênios da molécula, sem necessidade do contato direto com o oxigênio. A desidrogenação é catalisada por enzimas chamadas desidrogenases. Elas possuem uma coenzima, o NAD, que carrega os átomos de hidrogênio reti rados da glicose.Os organismos anaeróbicos facultati vos podem realizar respiração aeróbica ou anaeróbica. Desse modo, quando há escassez de oxigênio, eles realizam a fermentação como processo alternati vo. É o que acontece com o levedo da cerveja e as células musculares do corpo humano.Já os anaeróbicos estritos ou obrigatórios não dispõem de enzimas para parti cipar das etapas da respiração aeróbica, portanto, muitos podem morrer na presença de oxigênio. Por isso, precisam realizar o processo de fermentação.Tipos de FermentaçãoO ti po de fermentação depende das enzimas que os organismos possuem. De acordo com o ti po de enzimas, o produto será diferente, por exemplo: álcool e� lico, ácido láti co, ácido acéti co ou ácido bu� rico.Fermentação AlcoólicaNa fermentação alcoólica, após a glicólise o piruvato perde carboxilas e, em seguida, recebe átomos de hidrogênio. Desse modo é formado álcool e� lico ou etanol. Esse processo é catalisado pela enzima álcool desidrogenase.É o processo de fermentação alcoólica que se usa para a produção de bebidas alcoólicas. O lêvedo de cerveja é uma levedura, cujo nome cien� fi co é Sac charomices cerevisae.Tanto na produção do vinho, como na cerveja a fermentação ocorre devido à presença das leveduras, formando o etanol.O fermento de pão ou fermento biológico, também, é consti tuído de leveduras. Durante a preparação do pão, elas realizam o processo e o gás carbônico(CO2), que é liberado pela descarboxilação, é o que faz a massa aumentar de volume.Fermentação Láti caSe durante a respiração aeróbica é produzido ácido láti co, o processo é chamado de fermentação láti ca. A enzima lactato desidrogenase reduz o piruvato, que origina o lactato.É o processo realizado pelos lactobacilos ou bactérias do ácido láti co, que estão presentes no intesti no de animais, em plantas, no solo e na água. Essas bactérias são muito usadas na fermentação do leite para fabricação de iogurtes, coalhadas e outros derivados. A fermentação láti ca, também, ocorre nas células musculares quando há um esforço excessivo. Nesse caso, as fi bras trabalham intensamente e, a quanti da de de oxigênio torna-se insufi ciente, tornando necessária a respiração anaeróbica. O ácido láti co se acumula produzindo a dor característi ca dessa situação.ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM• Pesquise sobre mais ti pos de fermentação e organize as informações na forma de um quadro comparati vo, contendo informações como: ti pos de fermentação; produtos; exemplos etc.• Uti lize o vídeo de apoio presente no link e no QR CODE:• https://www.youtube.com/watch?v=_gU-F8U5Wmg8• Elabore representações que ilustrem os caminhos metabólicos percorridos em cada um dos processos colocados no quadro construído, anteriormente, desde o reagente inicial até os produtos.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS110ATIVIDADE EXTRAAti vidade práti caTempo previsto: 50 min (1 aula)Objeti vo: Observar os efeitos da fermentação alcoólica.Material:• Açúcar• Garrafa Plásti ca Pequena Vazia• Fermento Biológico (fresco ou seco)• Balão (bexiga) de borracha• Água fi ltradaProcedimento:• Dissolver 2 colheres de sopa de açúcar em 1 copo de água fi ltrada (volume aproximado para encher meia garrafa – enchendo-se a garrafa toda pode haver extravasamento de espuma e líquido).• Adicionar 1 colher de chá rasa de fermento em pó. Transferir para a garrafa plásti ca. Colocar a bexiga bem ajustada na boca da garrafa (se necessário reforce com um elásti co de escritório). Deixar repousar, ao abrigo da luz direta.Resultados e discussão:• Observar os resultados e discuti r suas causas, considerando-se os reagentes e produtos do processo de fermentação alcoólica.• Pensar em novas possibilidades de se repeti r o experimento testando novas variáveis (como fatores que podem interferir no processo - temperatura, substrato etc.)REFERÊNCIAS1. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia em Contexto. 1ª edição. São Paulo: Editora Moderna, 2013.2. Bernoulli Sistema de Ensino. Biologia. Vol. 04. Ensino Médio. Editora Bernoulli.3. Equipe editorial de Conceito.de. (22 de fevereiro de 2012). Conceito de enzima. Conceito.de. Disponível em: h� ps://conceito.de/enzima. Acesso em 13 jun 2022.4. GODOY, L. P., et al. Multi versos: ciências da natureza : matéria, energia e a vida : ensino médio. 1. ed. São Paulo: Editora FTD, 2020.5. Lehninger, A.L.; Nelson, D.L.; Cox, M.M. Lehninger: Princípios de Bioquímica, 4a. Edição, Editora Sarvier, 2007.6. MAGALHÃES, L. Ciclo de Krebs. Toda Matéria. Disponível em: Acesso em 13 jun 2022.7. Sala BioQuímica: Nucleo� deos e metabolismo energéti co. NAD, FAD, NADP e ATP (salabioquimica. blogspot.com). Disponível em: h� ps://salabioquimica. blogspot.com/2017/06/nucleoti deos-e-metabolismo--energeti co.html. Acesso em 14 jun 2022.8. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Glicólise”; Brasil Escola. Disponível em: h� ps://brasilescola.uol.com. br/biologia/glicolise.htm. Acesso em 13 de junho de 2022.9. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Nucleo� deo”; Brasil Escola. Disponível em: h� ps://brasilescola.uol. com.br/biologia/nucleoti deo.htm. Acesso em 08 de junho de 2022.10. Toda Matéria. Fermentação. Disponível em:. Acesso em 13 jun 2022.HABILIDADES DA ESPECÍFICA(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas transformações e transferências de energia, uti lizando representações e simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de dispositi vos e aplicati vos digitais (como so� wares de simulação e de realidade virtual, entre outros).OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCNT203G) Reconhecer a importância dos organismos fotossinteti zantes (algas e vegetais) como base de todo processo ecológico que mantém a vida, considerando as transformações e transferências energéti cas envolvidas em seu metabolismo para relacionar a preservação da biodiversidade à manutenção do equilíbrio ecológico.OBJETOS DE CONHECIMENTO Fluxo de energia CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS111FLUXO DE ENERGIAConsiderando o que foi desenvolvido no módulo sobre metabolismo energéti co celular, observamos que existem diferentes formas pelas quais os seres vivos são capazes de obter energia para a realização de seus processos metabólicos, garanti ndo assim, a manutenção da vida. Estudamos, também, que a energia primária que chega ao nosso planeta, a parti r do Sol, é converti da de energia luminosa para energia química pelo processo de fotossíntese realizado por organismos clorofi lados, como as plantas e as algas. Neste módulo, estudaremos que estes organismos fotossinteti zantes, juntamente, com os organismos quimiossinteti zantes, consti tuem um grupo muito importante de seres vivos fornecedores de energia para as cadeias alimentares.Assim, a energia, uma vez armazenada na forma de compostos orgânicos, pode fl uir unidirecionalmente, através das relações alimentares entre os organismos. Neste processo, parte da energia, ainda, é perdida na forma de calor, mas, outra parte, segue sempre, do produtor aos consumidores e, fi nalmente, aos decompositores, que são os organismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, possibilitando, assim, a ciclagem da matéria.Diferentemente, do fl uxo de energia, o fl uxo de matéria é cíclico e ocorre de acordo como o que de nominamos de ciclos biogeoquímicos, onde a matéria perpassa do ambiente (meio abióti co) para os seres vivos (componentes bióti cos) e de volta ao ambiente (solo, água, atmosfera) de maneira ininterrupta. Todos estes processos estão intrinsecamente relacionados aos processos de produção, transformação e transferência de energia nos ecossistemas.Fonte: Elaborada pelos autores, 2022.Fonte: Elaborada pelos autores, 2022.Portanto, este conteúdo conti nua, então, organizado em torno do tema “Energia” o qual poderá ser desenvolvido na perspecti vados demais componentes da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Neste momento, o componente Biologia pode contribuir apresentando conhecimentos do campo de estudo da Ecologia, por meio dos quais será possível reconhecer a importância dos organismos fotossinteti zantes como base de todos os processos que mantém a vida, assim como, proposto pelo objeti vo de aprendizagem deste módulo e a habilidade específi ca relacionada. Para tanto, serão consideradas as transformações e transferências energéti cas envolvidas nos processos metabólicos já estudados e, ainda, novos conceitos a serem apresentados, a seguir.Introdução à EcologiaA Ecologia é a ciência que estuda a interação entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.O termo “ecologia” foi uti lizado pela primeira vez em 1866, na obra “Morfologia Geral do Organismo”, pelo biólogo alemão Ernst Haeckel.A palavra Ecologia vem do grego, onde Oikos signifi ca “casa” e Logos signifi ca “estudo”. Dessa forma, a ecologia é o estudo da casa, ou seja, do ambiente e das interelações dos organismos no meio � sico.A ecologia pode ser considerada uma das ciências mais complexas e amplas, pois para compreender o funcionamento da natureza, ela envolve o estudo de diferentes campos de estudo,como evolução, genéti ca, citologia, anatomia e fi siologia.Níveis de organizaçãoAo estudar ecologia é importante saber que ela se divide em níveis de organização. Se considerarmos a matéria viva organizada a parti r do átomo, teremos uma sequência como a demonstrada, acima, na fi gura. Um conjunto de átomos que interagem CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS112entre si, formando ligações químicas, podem formar moléculas. Estas vão compor diferentes substâncias (simples ou compostas) que podem ser substâncias orgânicas (como carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucleicos etc.) que entram na consti tuição dos seres vivos, a parti r das células e todos os organoides que as compõem.Um conjunto de células que têm forma e função semelhantes podem formar, em um organismo, pluricelular, tecidos e, estes formam órgãos. O conjunto de órgãos, como por exemplo, esôfago, estômago, intesti no etc., formam um sistema, que neste caso, seria o sistema digestório. Um organismo é consti tuído por vários sistemas que trabalham juntos para manter a homeostase do corpo, ou seja, o equilíbrio de todas as funções.Parti ndo do nível de organismo, teremos o conceito de população, que é um conjunto de organismos de uma mesma espécie. O conjunto de populações forma uma comunidade e o conjunto das comunidades, um ecossistema. Um bioma é formado por diferentes ecossistemas, enquanto a biosfera é o conjunto de todas as regiões do planeta, onde podemos encontrar seres vivos. Sobre estes últi mos conceitos, há mais detalhes, a seguir.Principais níveis de organização em BiologiaPopulaçãoA população representa o conjunto de organismos da mesma espécie que vivem juntos e apresentam maiores chances de reprodução entre si. Inicialmente, essa organização era uti lizada apenas para grupos humanos, depois foi ampliada, para qualquer grupo de organismos.As espécies, por sua vez, são organismos com característi cas genéti cas semelhantes. Com isso, o cruzamento de indivíduos da mesma espécie gera descendentes férteis. Exemplos: caranguejos, ursos, pau-brasil, etc;ComunidadeA comunidade representa o conjunto das populações que vivem numa mesma região, no qual vivem em determinado local, com condições ambientais específi cas e interagindo entre si, também, chamado de comunidade biológica, biocenose ou biótopo. Como exemplo de comunidades pode ser citado as aves, insetos e plantas de uma região.EcossistemasO ecossistema é o conjunto de comunidades que interagem entre si e com o ambiente. Ele é formado pela interação de biocenoses e biótopos. A reunião de diferentes ecossistemas é conhecido como bioma e nele estão reunidas característi cas próprias de diversidade biológica e condições ambientais. Alguns exemplos de biomas brasileiros são: a Mata Atlânti ca, o Cerrado e a Amazônia.Fonte: Biologia Net. Disponível em; h� ps://stati c.biologianet. com/2020/05/biodiversidade-2.jpg. Acesso em jun 2022.BiosferaA biosfera é o nível mais amplo, pois ele corresponde ao conjunto de todos os ecossistemas das diferentes regiões do planeta, ou seja, o local, onde estão todos os seres vivos. É a reunião de toda a biodiversidade existente na Terra. A biodiversidade, por sua vez, signifi ca a variedade de vida existente, englobando toda a riqueza das espécies.Conceitos básicos da ecologiaPara melhor compreensão do mundo vivo, além dos níveis de organização, a ecologia moderna abrange diversos conceitos que são fundamentais.Conheça, a seguir as defi nições dos principais conceitos que a ecologia estuda.HabitatO habitat é o ambiente � sico em que vivem determinadas espécies. As condições do ambiente dependem de fatores abióti cos que afetam diretamente os seres vivos presentes.Alguns exemplos são: o habitat do leão, as savanas e, o habitat do tatu, as fl orestas.Nicho ecológicoO Nicho Ecológico representa os hábitos e o modo de vida dos animais que representam seu nicho.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS113Por exemplo: no grupo dos leões são as leoas que caçam e cuidam dos fi lhotes, enquanto os machos defendem de invasores.Fatores bióti cos e abióti cosOs fatores bióti cos e abióti cos são os seres vivos e não vivos de um ecossistema e são interdependentes. Os seres vivos representam os componentes bióti cos, como as plantas, animais e bactérias. Já o conjunto de componentes � sicos e químicos do meio, tais como umidade, temperatura e luminosidade são os componentes abióti cos.Relações ecológicasAs relações ecológicas são as interações que ocorrem entre os seres vivos dentro dos ecossistemas.Elas podem ser entre indivíduos da mesma espécie (intraespecífi ca) ou entre espécies diferentes (interespecífi cas). E, podem ser benéfi cas (positi vas) ou prejudiciais (negati vas) para as partes envolvidas.Cadeia alimentarA cadeia alimentar representa as relações alimentares entre os organismos da biota.É através dos níveis trófi cos da cadeia alimentar que é realizado o fl uxo con� nuo de energia e matéria.Fonte: Educação Globo. Disponível em: h� ps://bityli.com/dPuRuF. Acesso em jun 2022.Ciclos biogeoquímicosOs ciclos biogeoquímicos representam o processo realizado entre energia e a matéria, que por sua vez se movimentam pelo ambiente de forma cíclica, fazendo assim a ciclagem dos nutrientes essenciais à manutenção da vida.Alguns exemplos dos ciclos biogeoquímicos são: ciclo do carbono, do nitrogênio, do oxigênio e da água.SAIBA MAISPara saber mais sobre conceitos básicos de ecologia, acesse a videoaula, disponível no link ou QRCODE, abaixo:Vídeo: Organismos e ambienteYouTube h� ps://www.youtube.com/watch?v=OVG_WNvDXwEATIVIDADE DE APRENDIZAGEM1. Elabore um glossário para os conceitos básicos em ecologia.2. Construa um mapa conceitual (mapa mental) relacionando os conceitos básicos em torno do tema central “Ecologia”.3. EXTRA: Crie um jogo de cartas uti lizando os conhecimentos relacionados a Ecologia aprendidos até o momento. Sugestão: as cartas podem formar duplas que se complementam e serem jogadas como um jogo da memória.Energia nas cadeias alimentaresNas cadeias alimentares ocorrem transformações da matéria e da energia. Os produtores são capazes de transformar a energia proveniente, principalmente, da luz solar em outras formas de energia presentes em moléculas de carboidratos que poderão ser uti lizadas pelos consumidores. Os consumidores, por sua vez, também, realizam conversões energéti cas e uti lizam parte da energia presente nas moléculas de carboidratos para a síntese de moléculas de ATP, as quais serão uti lizadas em suas funções básicas. No entanto, nem toda quanti dade de energia que é transformada por um ser vivo é disponibilizada ao nível trófi co seguinte, pois os seres vivos uti lizam boa parte dela para manutenção de suas funções básicas. Além disso, as transformações energéti cas que ocorrem na natureza não são completamente efi cientes, pois uma parte é transformada em energia térmica, que é dissipada ao ambiente. Isso signifi ca que, nas conversões energéti cas realizadas em cada um dos níveis trófi cos de uma cadeia alimentar, uma parcela da energia é perdida na forma de calor. Por esses moti vos, a quanti dade de energia que pode ser transferida entre os níveis trófi cos é cada vez menor conforme se distancia dos produtores.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS114Transformações e transferências de energia nas cadeias alimentaresA energia segue um fl uxo ao longo das cadeias alimentares, não podendo ser reciclada. Esse fl uxo é unidirecional, pois fl ui dos produtores em direção aos consumidores, como mostra o esquema abaixo. Perceba que, o fl uxo de energia nas cadeias alimentares é representado por meio das setas entre os níveis trófi cos. A largura dessas setas pode representar a quanti dade de energia que é transferida aos seres vivos ou dissipada ao ambiente.Representação esquemáti cado fl uxo de energia em uma cadeia alimentar.1. Os produtores fotossinteti zantes transformam energia luminosa em outras formas de energia presentes nas moléculas de carboidratos, como a glicose. Nos ambientes aquáti cos, os produtores são representados pelas algas (macroscópicas e microscópicas), pelas plantas aquáti cas e por bactérias.2. Nos produtores, assim como, os demais seres vivos, grande parte desta energia é incorporada à matéria orgânica que consti tui o organismo, ou seja, à sua biomassa (processo denominado assimilação). Essa energia assimilada é uti lizada para realização das funções básicas do organismo e armazenada em seus tecidos conforme o ser vivo cresce e se desenvolve.3. Parte dessa energia é perdida no ambiente na forma de calor ou por meio de resíduos do metabolismo.4. Por meio, da alimentação, grande parte da energia que não foi uti lizada pelos produtores é transferida aos consumidores primários. Estes, por sua vez, por meio da respiração celular, transformam a energia que adquiriram das moléculas de carboidratos em energia que possa ser uti lizada por suas células. Parte dessa energia também é perdida ao ambiente.5. Da mesma forma, a energia presente em moléculas que consti tuem os tecidos dos consumidores primários é disponibilizada aos consumidores secundários, por meio da alimentação. E, assim, ocorre em todos os níveis trófi cos: devido às perdas e ao uso da energia 6. Pelo próprio organismo, a quanti dade de energia que é disponibilizada ao nível trófi co seguinte é menor do que a quanti dade que foi obti da.Fonte: elaborada com base em Biologia Net (www.biologianet. com). Disponível em: h� ps://stati c.biologianet.com/2020/02/ cadeia-alimentar.jpg. Acesso em jun 2022.Comunidades: sistemas transformadores de energiaO químico Alfred J. Lotka, por volta de 1930, foi o primeiro a considerar que populações e comunidades são como sistemas transformadores de energia. De acordo com Lotka, a troca de energia entre os componentes de um sistema inicia-se com a assimilação e a transformação de dióxido de carbono em matéria orgânica pelas plantas por meio do processo de fotossíntese. Em seguida, essa energia produzida é transferida para o componente seguinte, por meio, do consumo das plantas pelos herbívoros e, depois, com o consumo dos herbívoros pelos carnívoros.Apenas em 1942, Raymond Lindeman conseguiu atrair a atenção de outros ecólogos ao unir conceitos ecológicos e princípios termodinâmicos para a compreensão dos ecossistemas como um sistema transformador de energia.Transferência de energia na cadeia alimentarA transferência de energia na cadeia alimentar é unidirecional:• as plantas assimilam parte da energia luminosa por meio da realização da fotossíntese;• os herbívoros assimilam energia alimentando se das plantas;• os carnívoros assimilam energia alimentando se dos herbívoros.A quanti dade de energia transferida ao próximo nível trófi co da cadeia é menor que a presente no nível anterior, pois parte dessa energia é gasta no metabolismo do organismo e parte é perdida pela inefi ciência das transformações biológicas de energia.Pirâmide de energiaNa pirâmide de energia, cada nível trófi co representa a energia acumulada em uma unidade de área, ou volume, por unidade de tempo. Assim, ela pode demonstrar a produti vidade de um ecossistema e, por esse moti vo, não existe representação inverti da desse ti po de pirâmide ecológica.Cada nível trófi co corresponde a um segmento da pirâmide: o segmento da base representa os CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS115produtores e os outros, em sequência, representam os herbívoros e carnívoros. Na pirâmide de energia, os decompositores não são representados.Fonte: Biologia Net. Disponível em: h� ps://www.biologianet.com/ ecologia/cadeia-alimentar.htm. Acesso em jun 2022.MOMENTO ENEM01. (ENEM 2010) A fi gura representa uma cadeia alimentar em uma lagoa. As setas indicam o senti do do fl uxo de energia entre os componentes dos níveis trófi cos.Sabendo-se que o mercúrio se acumula nos tecidos vivos, que componente dessa cadeia alimentar apresentará maior teor de mercúrio no organismo se nessa lagoa ocorrer um derramamento desse metal?(A) As aves, pois são os predadores do topo dessa cadeia e acumulam mercúrio incorporado pelos componentes dos demais elos.(B) Os caramujos, pois se alimentam das raízes das plantas, que acumulam maior quanti dade de metal.(C) Os grandes peixes, pois acumulam o mercúrio presente nas plantas e nos peixes pequenos.(D) Os pequenos peixes, pois acumulam maior quanti dade de mercúrio, já que se alimentam das plantas contaminadas.(E) As plantas aquáti cas, pois absorvem grande quanti dade de mercúrio da água através de suas raízes e folhas.02. (ENEM 2013)Estudos de fl uxo de energia em ecossistemas demonstram que a alta produti vidade nos manguezais está diretamente relacionada com as taxas de produção primária líquida e com a rápida reciclagem dos nutrientes. Como exemplo de seres vivos encontrados nesse ambiente, temos: aves, caranguejos, insetos, peixes e algas. Dos grupos de seres vivos citados, as que contribuem diretamente para a manutenção dessa produti vidade no referido ecossistema são(A) aves.(B) algas.(C) peixes.(D) insetos.(E) caranguejos.03. (ENEM/2020 – 2ª aplicação) Gralha-do-cerrado (Cyanocorax cristatellus) é uma espécie de ave que tem um característi co topete frontal alongado, plumagem azul-escura, parte posterior do pescoço e garganta pretos, barriga e ponta da cauda brancas.Alcança até 35 cen� metros de comprimento. A espécie é onívora e sua ampla dieta inclui frutos, insetos, sementes, pequenos répteis e ovos de outras espécies de aves.SICK, H. Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: NovaFronteira, 1997 (adaptado).Além das característi cas morfológicas do animal, a descrição da gralha-do-cerrado diz respeito a seu(F) hábitat.(G) ecótopo.(H) nível trófi co.(I) nicho ecológico.(J) Ecossistema04.(ENEM/2012) O menor tamanduá do mundo é solitário e tem hábitos noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um emaranhado de cipós, com o corpo curvado de tal maneira que forma uma bola. Quando em ati vidade, se loco move vagarosamente e emite som semelhante a um assobio. A cada gestação, gera um único fi lhote. A cria é deixada em uma árvore à noite e é amamentada pela mãe até que tenha idade para procurar alimento. As fêmeas adultas têm territórios grandes e o território de um macho inclui o de várias fêmeas, o que signifi ca que ele tem sempre diversas pretendentes à disposição para namorar! Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n.174, Nov. 2006 (adaptado). Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao seu(A) habitat(B) biótopo(C) nível trófi coCIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS116(D) nicho ecológico(E) potencial bióti co.05. (ENEM 2010) Se, por um lado, o ser humano, como animal, é parte integrante da natureza e necessita dela para conti nuar sobrevivendo, por outro, como ser social, cada dia mais sofi sti ca os mecanismos de extrair da natureza recursos que, ao serem aproveitados, podem alterar de modo profundo a funcionalidade harmônica dos ambientes naturais. A relação entre a sociedade e a natureza vem sofrendo profundas mudanças em razão do conhecimento técnico. A parti r da leitura do texto, identi fi que a possível consequência do avanço da técnica sobre o meio natural.(A) A sociedade aumentou o uso de insumos químicos – agrotóxicos e ferti lizantes – e, assim, os riscos de contaminação.(B) O homem, a parti r da evolução técnica, conseguiu explorar a natureza e difundir harmonia na vida social.(C) As degradações produzidas pela exploração dos recursos naturais são reversíveis, o que, de certa forma, possibilita a recriação da natureza.(D) O desenvolvimento técnico, dirigido para a recomposição de áreas degradadas, superou os efeitos negati vosda degradação.(E) As mudanças provocadas pelas ações humanas sobre a natureza foram mínimas, uma vez que os recursos uti lizados são de caráter renovável.REFERÊNCIAS1. DIANA J. O que é ecologia? Toda Matéria. Disponível em: . Acesso em 14 jun 2022.2. GAROFALO D. Dicas e exemplos para levar a gamifi cação para a sala de aula. Nova Escola. Disponível em: h� ps://novaescola.org.br/conteudo/15426/dicas-e-exemplos-para-levar-a-gamifi cacao-para-a-sala-de-aula. Acesso em 14 jun 2022.3. GODOY, L. P., et al. Multi versos: ciências da natureza : matéria, energia e a vida : ensino médio. 1. ed. São Paulo: Editora FTD, 2020.4. dos SANTOS H. S. Pirâmide de energia. Biologia Net. Disponível em: h� ps://www.biologianet.com/ecologia/piramideenergia.htm#:~:text=A%20pir%-C3%A2mide%20de%20energia%20representa,a%20produti vidade%20de%20um%20ecossistema.&tex-t=O%20qu%C3%ADmico%20Alfred%20J.,como%20s-istemas%20transformadores%20de%20energia. Acesso em 14 jun 2022.COMPONENTE CURRICULAR - FÍSICAHABILIDADES ESPECÍFICA (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de aplicati vos ou dispositi vos digitais específi cos, as transformações e conservações em sistemas que envolvam quanti dade de matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações coti dianas e em processos produti vos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCNT101A) Compreender a defi nição de trabalho empregando seu conceito em situações coti dianas para descrever energia do ponto de vista das Ciências da Natureza.OBJETOS DE CONHECIMENTO Trabalho e energia1. Defi nição do TrabalhoQuando uma força age sobre um objeto para causar um deslocamento, diz-se que foi realizado trabalho sobre o objeto. Existem três ingredientes-chave para o trabalho - força, deslocamento e causa. Para que uma força se qualifi que como tendo realizado trabalho sobre um objeto, deve haver um deslocamento. Há vários bons exemplos de trabalho que podem ser observados na vida coti diana - um cavalo puxando um arado pelo campo, um pai empurrando um carrinho de supermercado pelo corredor de uma mercearia, um calouro levantando uma mochila cheia de livros no ombro, um levantador de peso levantando uma barra acima de sua cabeça, um atleta olímpico. Em cada caso descrito aqui, há uma força exercida sobre um objeto para fazer com que esse objeto seja deslocado.Fonte: h� ps://trabalhosparaescola.com.br/trabalho-fi sica/.Aces-so em: 15/06/2022.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS117Equação de trabalhoMatemati camente, o trabalho pode ser expresso pela seguinte equação.W = F.d.cos ΘOnde F é a força, d é o deslocamento e o ângulo (teta) é defi nido como o ângulo entre o vetor força e o vetor deslocamento. Talvez o aspecto mais di� cil da equação acima seja o ângulo “teta”. O ângulo não é um ângulo qualquer, mas sim um ângulo muito específi co. Veja a fi gura, abaixo.Fonte: h� ps://www.coladaweb.com/fi sica/mecanica/trabalho--mecanica. Acesso: 16/06/2022.Unidades de TrabalhoSempre que uma nova quanti dade é introduzida na � sica, as unidades métricas padrão associadas a essa quanti dade são discuti das. No caso do trabalho, a unidade métrica padrão é o joule. Um joule é equivalente a um newton de força causando um deslocamento de um metro. O joule é a unidade de trabalho.1 joule = 1 newton . 1 metro 1J = 1N.mSAIBA MAISTrabalhamos todos os dias. O trabalho que fazemos consome calorias, deveríamos dizer joules, mas quanto joules (ou calorias) seriam consumidos por várias ati vidades?No link, abaixo você pode investi gar a quanti dade de trabalho que seria feito para correr, caminhar ou andar de bicicleta, por um determinado período de tempo em um ritmo especifi cado. https://caloriaspordia.com/resultadostdee/?-sexo=m&idade=42&peso=85&altura=170&ati vida-de=1.55&t=1653742680.ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM1. Leia as quatro afi rmações a seguir e determine se elas representam ou não exemplos de trabalho.(A) Um professor aplica uma força a uma parede e fi ca exausto.(B) Um livro cai de uma mesa e chega ao chão.(C) Um garçom carrega uma bandeja cheia de refeições acima de sua cabeça por um braço esti cado através da sala em velocidade constante.(D) Um foguete acelera pelo espaço.2. João carrega uma mala de 200 N por três lances de escada (uma altura de 10,0 m) e então a empurra com uma força horizontal de 50,0 N a uma velocidade constante de 0,5 m/s por uma distância horizontal de 35,0 metros. Quanto trabalho João fez em sua mala durante todo esse movimento?3. Qual é o trabalho realizado por uma força aplicada para levantar um bloco de 15 Newtons 3,0 metros verti calmente com velocidade constante?REFERÊNCIAS1 BONJORNO, J.R. et al. – Física: história e coti diano - versão trigonometria, vol 3 - Eletricidade, Física Moderna – São Paulo: FTD, 2003.2 SAMPAIO, J.L.; CALÇADA, C.S. - Física, volume único – São Paulo: Atual, 2008.3 CARRON, W.; GUIMARAES, O.; As Faces da Física, volume único – 3ªEd., São Paulo: Moderna, 2006.4 BRANCO, S. M.; Energia e Meio Ambiente - 2ª Ed., São Paulo, Moderna, 2004.HABILIDADES DA ESPECÍFICAAnalisar e representar, com ou sem o uso de aplicati vos ou dispositi vos digitais específi cos, as transformações e conservações em sistemas que envolvam quanti dade de matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações coti dianas e em processos produti vos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS118OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO - EMCNT101B) Defi nir o conceito de potência em situações da dinâmica, examinando experiências. simples para empregar em casos de efi ciência de energia.OBJETOS DE CONHECIMENTO PotênciaPOTÊNCIAEm � sica, potência é a grandeza que determina a quanti dade de energia concedida por uma fonte a cada unidade de tempo. Em outros termos, potência é a rapidez com a qual uma certa quanti dade de energia é transformada ou é a rapidez com que o trabalho é realizado. Sua unidade no Sistema Internacional de Unidades é o wa� .Em outros ramos, como na engenharia, a compreensão sobre o assunto potência é de grande relevância, dado que quando um engenheiro vai projetar uma máquina, na óti ca da engenharia, é importante defi nir o tempo mínimo no qual a máquina irá produzir trabalho, dando assim maior credibilidade do que se apenas a quanti dade de trabalho que ela poderá realizar fosse especifi cada.Potência é a taxa na qual o trabalho é realizado. É a relação trabalho/tempo. Matemati camente, é calculado usando a seguinte equação.Potência = Trabalho / tempoouPot = W / tFonte: Disponível em: h� ps://pxhere.com/pt/photo/1606790. Acesso em: 16/06/2022.A unidade métrica padrão de potência é o wa� . Como está implícito na equação da potência, uma unidade de potência é equivalente a uma unidade de trabalho dividida por uma unidade de tempo. Assim, um Wa� é equivalente a um Joule/segundo. Por razões históricas, a potência é ocasionalmente, usada para descrever a potência fornecida por uma máquina. Um cavalo-vapor equivale a aproximadamente 750 wa� s.ATIVIDADE DE APRENDIZAGEMUse sua compreensão de trabalho e potência para responder às seguintes perguntas:Um esquilo cansado (massa de aproximadamente 1 kg) faz fl exões aplicando uma força para elevar seu centro de massa em 5 cm para realizar apenas 0,50 Joules de trabalho. Se o esquilo cansado fi zer todo esse trabalho em 2 segundos, determine sua potência.Ao fazer uma barra fi xa, uma estudante de � sica levanta seu corpo de 42,0 kg a uma distância de 0,25 metros em 2 segundos. Qual é a potência fornecida pelo bícepswww.canva.comApreender a nadarEm relação as habilidades aquáti cas básicas, podemos afi rmar que elas são:• a respiração,• a fl utuação,• a propulsão• o mergulho.O controle da respiração que diferente do ambiente terrestre onde inspiramos e expiramos o ar pelo nariz, no meio aquáti co a inspiração deve ser feita pela boca e a expiração pode ser pelo nariz, pela boca ou por ambos ao mesmo tempo (GALDI et al., 2004)., Para a aprendizagem da natação é necessário primeiramente a adaptação ao meio líquido, uma das fases mais importantes no aprendizado. Nesta fase busca-se permiti r através de es� mulos variados que o aluno descubra as possibilidades de movimento do corpo na água, explore e conheça seus limites e encontre prazer na práti ca da natação. Para facilitar o aprendizado, o professor deve proporcionar ao aluno um ambiente favorável e seguro (GOMES, 1995).A evolução da nataçãoPodemos afi rmar que a natação moderna consta com um dos primeiros registros data de 1696, quando o francês M. Thevenal descreveu uma maneira singular de nadar, semelhante ao nado de peito prati cado atualmente, que consisti a em movimentos de pernas e braços parecidos com os de uma rã. O nado de costas teve sua primeira forma criada em 1794, pelo italiano Bernardi, quando ele sugeriu um movimento com os dois braços sendo jogados para trás simultaneamente sendo aperfeiçoado a parti r de 1912, desta maneira, tornando-se bem parecido com o nado de costas prati cado atualmente.Mas somente em 1873, o inglês John Trudgen desenvolveu uma nova técnica, que consisti a em rotações laterais do corpo, tendo a movimentação dos dois braços sobre a água como principal fonte de deslocamento. Essa técnica foi bati zada de Trudgen ou “over-arm-stroke”, sendo aperfeiçoada pelo australiano Richard Cavill e, posteriormente, transformou-se no nado crowl (livre) que conhecemos hoje.Finalmente, na década de 1930, nadadores norte-americanos, já durante competi ções, atentaram para o fato de que as regras do nado de peito não impediam que o movimento dos braços fosse realizado sobre a super� cie da água, o que permiti a um deslocamento mais rápido. Essa manobra conviveu com a técnica do nado peito por quase 20 anos até que, em 1948, um nadador húngaro a transformou no nado borboleta, reconhecido ofi cialmente pela Federação Internacional em 1953 como um esti lo da natação.Fonte: Imagem extraída de: h� ps://agenciabrasil.ebc.com.br/es-portes/ noti cia/2021-12/nadador-brasileiro-e-tricampeao-mun-dial-dos--50-metros-borboleta.Os primeiros torneios remontam ao século 19, tendo ocorrido na Austrália, em 1858, no Campeonato Mundial de 440 jardas. Em 1869, a Inglaterra realizou o 1º Campeonato Nacional e, fi nalmente, em 1877, os Estados Unidos adotaram a forma de competi ções organizadas, inicialmente, pelo New York Athleti c Club. Aos poucos, a modalidade ganhou força e, em LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS161908, durante as Olimpíadas de Londres, foi fundada a Federação Internacional de Natação (Fina), que comanda não só as provas da modalidade, mas as de nado sincronizado, polo aquáti co e saltos ornamentais.Em nosso país o esporte surgiu ofi cialmente em 31 de julho de 1897, com a fundação da União de Regatas Fluminense. Após um ano, o Clube de Natação e Regatas organizou o primeiro Campeonato Brasileiro, que consisti a em uma distância de 1.500 metros, entre a Fortaleza de Villegaignon e a praia de Santa Luzia, no Rio de Janeiro.Fonte: Texto extraído de: h� p://rededoesporte.gov.br/pt-br/ me-gaeventos/olimpiadas/modalidades/natacao acessado e adapta-do por Luiz Primandade em 08/06/2022.Esti los da natação No site da Confederação Brasileira de Desportos Aquáti cos (CBDA) encontramos os esti los da natação:1. Livre – os atletas nadam o esti lo craw, podendo a prova ser de 50 m, 100 m, 200m, 400m, 800m e 1500m, ou revezamento (4x100m ou 4x200m), além de poder disputar a maratona aquáti ca. Não é permiti do nadar por baixo d`água, ou seja, com uma parte do corpo sempre fora da água.2. Costas – único esti lo que os atletas largam dentro d´água, segurando o cabo da baliza. O corpo só pode estar totalmente submerso nos 15 m após a vidrada e a largada. Existem provas de 100m e de 200m.3. Peito – esti lo mais lento, precisa ser realizado com movimento simultâneo das pernas e dos braços na horizontal. No momento da virada ou do toque na borda, o atleta precisa bater com as duas mãos na parede. Há provas de 100m e de 200m.4. Borboleta – o atleta deverá alinhar ambos os ombros alinhados à super� cie d`água, o atleta faz movimentos simultâneos dos braços. As pernas alinhadas também vão para cima e para baixo simultaneamente. Também é necessário bater as duas mãos ao mesmo tempo na parede. Existem provas de 100m e de 200m.5. Medley – irá reunir os quatro esti los em uma competi ção. Poderá ser de 200m (50m de cada esti lo) ou de 400m (100m de cada esti lo), além do revezamento 4x100m.Fonte: Imagem extraída de: h� ps://br.freepik.com/ e adaptada por Luiz Primandade.Observação: Os a tletas podem ainda competi r em revezamento (4x10m livre, 4x200m livre ou 4x100m medley). A prova dos 800m é exclusivamente feminina, apenas os homens competem 1500m.Os povos indígenas e a nataçãoOs jogos mundiais dos povos indígenas no Brasil, possuem entre suas modalidades a natação, com as provas sendo realizadas individualmente, separadas entre homens e mulheres. As distâncias percorridas são entre 500m a 800 m, na primeira edição (1996) as provas eram realizadas em piscinas, todavia a organização do evento junto aos povos indígenas teve uma ideia magnífi ca, levar o esporte para lagos e rios em modalidade aberta.Além de ter as habilidades necessárias para nadar os atletas indígenas também precisam enfrentar os fatores naturais como a correnteza dos rios, os animais da região, a variação de temperatura, o vento e até mesmo o sol, realmente é uma prova de força, rapidez e resistência.O contato com a água para os indígenas é primordial, em determinadas situações o bebê na sua primeira hora de vida é mergulhado no rio ou no lado pela sua mãe, contato este com a água que irá ter pelo restante da sua vida.A pesca e a caça representam ações de sobrevivência para algumas etnias e desta maneira saber nadar e mergulhar é essencial, e os ensinamentos passados de geração para geração.Texto produzido por: Luiz Primandade.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS17Fonte:h� ps://noti cias.uol.com.br/album/mobile/2014/09/05/in-dios-de-15-etnias-parti cipam-da-4-edicao-do--jogos-tradicionai-sindigenas.htm#fotoNav=42 - 9.set.2014 - Indígenas disputam prova masculina de natação nas águas do rio Cajutuba, em Ma-rapanim, nordeste do Pará, no sexto dia dos Jogos Tradicionais Indígenas.No site da Secretaria de Educação do Paraná encontramos que os rituais realizados pelos Xavantes de Mato Grosso, dentro de um rio, ocorrem quando existe a preparação dos adolescentes com a fi nalidade de furar a orelha, que é oxoxoxo, em que um grupo permanece mergulhado até a altura do peito e, nesse período, batem simultaneamente os braços, realizando uma coreografi a aquáti ca. Eles acreditam que assim haverá o amolecimento do lóbulo auricular, facilitando a furação.Fonte: Texto extraído e adaptado de: h� p://www.educacaofi si-ca.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=725&even-to=5.Fonte: h� ps://www.esporte.ce.gov.br/2022/04/29/ sejuv-divul-ga-edital-no-08-2022-referente-ao-chamamento-pu-blico-dos-jo-gos-dos-povos-indigenas-do-ceara-2023/.SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM_a) Exposição de vídeos sobre natação. Observar os vídeos citados nos links acima.b) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, realizadas de modo adaptado para experimentação em locais sem piscina. Assisti r o vídeo como exemplo: Fonte:h� ps://www.youtube.com/watch?v=qapW8mQuwJA.MOMENTO ENEM1. (ENEM 2011) O esporte de alto rendimento envolvedo aluno?Um homem comeu uma refeição que totalizou 600 Kcal. Ao se exercitar, o indivíduo só conseguiu queimar a energia adquirida com a refeição depois de 6 h de ati vidade. Determine a potência aproximada desenvolvida pelo homem em W.Dados: 1 cal = 4J; 1 h = 3600 s; 1 Kcal = 1000 cal.a) 102b) 122c) 152d) 202e) 112SAIBA MAISQual o signifi cado de potência mecânica? Como é medida essa potência?No link abaixo o professor Marcelo Alves fala sobre o assunto h� ps://www.youtube.com/watch?v=objIr0eQIWQREFERÊNCIASBONJORNO, J.R. et al. – Física: história e coti diano versão trigonometria, vol 3 - Eletricidade, Física Moderna – São Paulo: FTD, 2003.SAMPAIO, J.L.; CALÇADA, C.S. - Física, volume único São Paulo: Atual, 2008.CARRON, W.; GUIMARAES, O.; As Faces da Física, volume único – 3ªEd., São Paulo: Moderna, 2006.BRANCO, S. M.; Energia e Meio Ambiente - 2ª Ed., São Paulo, Moderna, 2004.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS119HABILIDADES DA ESPECÍFICA(EM13CNT309) Analisar questões socioambientais, políti cas e econômicas relati vas à dependência do mundo atual em relação aos recursos não renováveis e discuti r a necessidade de introdução de alternati vas e novas tecnologias energéti cas e de materiais, comparando diferentes ti pos de motores e processos de produção de novos materiais.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMCNT101C) Compreender o conceito de transformação de energia uti lizando exemplos do coti diano relacionados ao aquecimento solar, fotossíntese, energia eólica, energia nuclear, entre outros para analisar o uso sustentável dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.OBJETOS DE CONHECIMENTO Fontes e ti pos de energiaENERGIA A energia é um conceito bastante complexo e, apesar de falarmos sobre ela o tempo todo, não a compreendemos formalmente, uma vez que a defi nição de energia envolve outro conceito � sico: trabalho. Teoricamente e de forma simplifi cada, o trabalho é toda ação que é feita contra uma força, como a força gravitacional.O conhecimento sobre a energia é muito vasto e engloba diversas áreas do conhecimento. Essa interdisciplinaridade pode ser percebida quando analisamos a ação simples de agirmos contra a gravidade.Quando agachamos e levantamos uma caixa do chão, estamos transformando energia. Essa energia, que foi transferida para a caixa em forma de energia potencial gravitacional, foi exercida por uma força externa, gerada a parti r da contração de um grande número de fi bras musculares. Essa contração ocorre quando há passagem de corrente elétrica, que é originada em células especializadas. Essas células, por sua vez, só conseguem produzir corrente quando obtêm energia das ligações químicas presentes nos alimentos, que, quando rompidas, liberam calorias.ATIVIDADE DE APRENDIZAGEMEnergia e fontes renováveisA aula terá início com uma exposição oral sobre o tema Energia e algumas característi cas das fontes de energia mais uti lizadas. Nesse momento, deve-se apenas pontuar e exemplifi car as diversas fontes de energia mais poluentes (carvão, petróleo, hidrelétrica) e as menos poluentes (eólica, solar, térmica), pois o foco da práti ca deve estar voltado para a energia solar. Para melhor explicar o funcionamento de uma célula fotovoltaica, sugerimos realizar uma demonstração uti lizando uma luminária a base de energia solar ou um vídeo explicati vo no Youtube. Segue, o link.SAIBA MAISFuncionamento de uma célula fotovoltaica.Após a observação do funcionamento de uma célula fotovoltaica, os estudantes devem ser questi onados acerca dos bene� cios e male� cios de ambas as fontes de energia (os poluentes e as não poluentes), comparando-as com as fontes mais uti lizadas, atualmente. Questões relati vas ao custo, distribuição e poluição por essas fontes de energia devem ser consideradas durante o debate dos alunos. Na sequência, propõe-se que os estudantes formem grupos e montem quadros comparati vos, relacionando a energia solar com as demais fontes estudadas. Cada grupo relacionará a energia solar a uma das outras fontes de energia (hidrelétrica, termelétrica, eólica, biomassa). Os estudantes devem sistemati zar as informações e apresentá-las para a turma, demonstrando as conclusões a que chegarem sobre as condições de uso, os impactos ambientais, as vantagens e desvantagens do uso a médio e longo prazo e, a viabilidade dentro do contexto social brasileiro de investi r em determinadas matrizes energéti cas. O professor deve mediar os pontos abordados e as conclusões a que os estudantes chegarem, promovendo uma discussão éti ca e cien� fi ca sobre as possibilidades e as escolhas no âmbito da produção energéti ca.Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=VH5_G9noaTk. Acesso em: 25/06/2022.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS120Energia potencial gravitacionalFonte: h� ps: //brasilescola.uol.com.br/fi sica/trabalho-uma-forca.htm. Acesso em: 28/06/2022.A energia potencial gravitacional é a energia armazenada em um objeto como resultado de sua posição verti cal ou altura. A energia é armazenada como resultado da atração gravitacional da terra pelo objeto. Existe uma relação direta entre a energia potencial gravitacional e a massa de um objeto. Objetos mais massivos têm maior energia potencial gravitacional. Há, também, uma relação direta entre a energia potencial gravitacional e a altura de um objeto. Quanto mais alto um objeto é elevado, maior a energia potencial gravitacional. Essas relações são expressas pela seguinte equação:Na equação, acima, ‘m’ representa a massa do objeto, ‘h’ representa a altura do objeto e ‘g’ representa a aceleração da gravidade (9,8 m/s2 na Terra).A unidade de medida da energia potencial gravitacional, de acordo com o Sistema Internacional de Unidades, é o joule (J).Para determinar a energia potencial gravitacional de um objeto, uma posição de altura zero deve primeiro ser atribuída, arbitrariamente. Normalmente, o solo é considerado uma posição de altura zero. Como a energia potencial gravitacional de um objeto é diretamente proporcional à sua altura acima da posição zero, a duplicação da altura resultará na duplicação da energia potencial gravitacional. A triplicação da altura resultará na triplicação da energia potencial gravitacional e, assim, por diante.SUGESTÃO DE ATIVIDADES1. Um carrinho é carregado com um ti jolo e puxado com velocidade constante ao longo de um plano inclinado até a altura de um assento. Se a massa do carrinho carregado é 3,0 kg e a altura do assento é 0,45 metros, então qual é a energia potencial do carrinho carregado na altura do assento?2. Se uma força de 14,7 N for usada para arrastar o carrinho carregado (da questão anterior) ao longo do plano inclinado por uma distância de 0,90 metros, qual será o trabalho realizado sobre o carrinho carregado?Energia potencial elásti caA segunda forma de energia potencial que discuti remos é a energia potencial elásti ca. A energia potencial elásti ca é a energia armazenada em materiais elásti cos como resultado de seu alongamento ou compressão. A energia potencial elásti ca pode ser armazenada em elásti cos, cordas elásti cas, trampolins, molas, uma fl echa puxada em um arco, etc. A quanti dade de energia potencial elásti ca armazenada em tal dispositi vo está relacionada à quanti dade de alongamento do dispositi vo - quanto mais esti car, mais energia armazenada.Fonte: h� ps://www.todamateria.com.br/energia-potencial/. Acesso em: 28/06/2022.CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS121As molas são uma instância especial de um dispositi vo que pode armazenar energia potencial elásti ca devido à compressão ou ao alongamento. É necessária uma força para comprimir uma mola; quanto mais compressão houver, mais força será necessária para comprimi-la. Para certas molas, a quanti dade de força é diretamente proporcional à quanti dade de esti ramentoati vidades � sicas de caráter competi ti vo, no qual os atl etas competem consigo mesmos ou com outros, sujeitando-se a regras preestabelecidas aprovadas pelos organismos internacionais ou nacionais de cada modalidade.As grandes competi ções são reservadas aos grandes talentos e possibilitam a promoção de espetáculos que:(A) geram modelos de atletas, que passam a ser exemplos seguidos por jovens e crianças.(B) permitem aos espectadores assisti rem às parti das, fazendo parte de equipes.(C) minimizam as possibilidades de parti cipação e procura pelas práti cas esporti vas.(d) incenti vam o abandono das práti cas esporti vas, além do sedentarismo nos indivíduos.(E) possibilitam aos espectadores desenvolvimento táti co e parti cipação nas equipes.REFERÊNCIASBRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum curricular.2018MASSAUD, Marcelo G.; CORRÊA, Celia R. F. Natação para Adultos. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.SILVA, J. C. Educação e alienação em Marx: contribuições teórico-metodológicas para pensar a História da Educação. Revista Histedbr. Campinas 2005.GALDI, Enori H. G. et. al. Aprender a Nadar com a Extensão Universitária. Campinas, SP: IPES, 2004.GOMES, Wagner D. F. Natação, uma Alternati va Metodológica. Rio de Janeiro: Sprint, 1995. h� ps://novo.cbda.org.br/JOGOS MUNDIAIS DOS POVOS INDÍGENASHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a comunidade escolar, estudando sua realidade local para respeitar seus interesses, e democrati zar o acesso a esses momentos.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS18OBJETO DE CONHECIMENTOElementos sócio-histórico-culturais, políti co-econômicos e estéti co-ar� sti cos das práti cas corporais/ Brincadeiras e jogos indígenas.Os povos indígenas apresentam uma diversidade cultural riquíssima. Isso perpassa pelo conjunto de suas práti cas culturais e compreendem o universo de suas brincadeiras e jogos. Buscaremos trabalhar com jogos indígenas, analisando pontos de vista presentes nos discursos para a promoção de práti cas corporais pela empati a e o respeito.Jogos Mundiais dos Povos Indígenas: o Esporte e os Espaços de Memória - como a Competi ção Impactou as Comunidades Brasileiras e Mundiais ao Longo de sua HistóriaFonte: Carlos Terena em 2015 [Imagem: Reprodução / Wikimedia Commons].Em junho de 2021, Carlos Terena, importante liderança indígena e um dos idealizadores dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, veio a óbito aos 66 anos em decorrência da Covid-19. O seu legado permanece vivo e foi lembrado por familiares e por outras lideranças dessas comunidades como uma fi gura que foi capaz de dar visibilidade aos povos indígenas e suas causas. Sua morte revive discussões fundamentais sobre a importância da memória e da tradição para essas populações, tendo em vista que os/as integrantes mais velhos foram as principais víti mas da Covid-19. Além disso, evidencia a importância para a perpetuação e reinvenção de costumes e práti cas do esporte e de eventos como os Jogos Mundiais, que não podem ser esquecidos.O nascimento dos JogosOs Jogos Mundiais dos Povos Indígenas são um evento esporti vo e cultural que busca valorizar os jogos tradicionais indígenas, de modo a preservar seus patrimônios culturais. Para além dessa conservação, o evento visa promover a integração entre as etnias indígenas e, também, sensibilizar a população no geral, inclusive de não-indígenas, sobre a diversidade das culturas e a importância dessas para a formação das nações parti cipantes. Os Jogos são resultados das edições nacionais e nasceram ainda em 2013, durante os Jogos Nacionais de Cuiabá, a parti r de um acordo feito entre o Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), líderes estrangeiros de 17 países, 48 etnias nacionais e o governo federal, por meio do anti go Ministério do Esporte. Dois anos depois, em 2015, os Jogos efeti vamente aconteceram. Porém, no cenário nacional, os Jogos são mais anti gos. Com o intuito de reunir diversas etnias e suas práti cas, aconteceram pela primeira vez, em 1996, pela arti culação de lideranças como Marcos e Carlos Terena, Jeremias Xavante, Tabata Kuikuro e Iuraru Karajá com o governo federal. Desde a primeira edição, o evento tem acontecido anualmente e apenas mais recentemente, nos anos de 2019 e 2020, os Jogos foram adiados em decorrência da pandemia de Covid-19. Diferentemente de outros eventos esporti vos mundiais, como as Olimpíadas ou a Copa do Mundo, os Jogos dos Povos Indígenas têm um processo de seleção gregária. Isto é, não existe nenhuma competi ção classifi catória e seleti va que determine os países e as etnias parti cipantes.A edição de 2015Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas de 2015 (JMPI) aconteceram entre os dias 22 e 31 de outubro na cidade de Palmas, no Tocanti ns. As ati vidades ocorreram em diferentes espaços, sendo eles: a Arena de Jogos, a Oca da Sabedoria, a Oca Digital, a Feira de Agricultura Familiar Indígena e a Feira de Artesanato. No evento, parti ciparam mais de 2 mil atletas, representantes de 30 nacionalidades e 24 etnias. Nesta que foi a primeira edição dos Jogos, foram incluídas competi ções de esportes indígenas – reunidos em jogos tradicionais demonstrati vos e jogos nati vos de integração –, além de um esporte ocidental competi ti vo: o futebol. Os jogos demonstrati vos são aqueles que tem como objeti vo apenas a exibição, sendo dois deles o ti himore – jogo de arremesso de bolas de martelo prati cado pelas mulheres do povo Paresi, do Mato Grosso – e o idjassú – ti po de luta corporal prati cada pelo povo Karajá, da Ilha do Bananal. Já na categoria integração, destacaram-se a corrida de tora, arco e fl echa, cabo de força e canoagem.O aspecto cultural foi extremamente forte durante os Jogos. Isso porque além dos jogos demonstrati vos, existi u uma preparação de horas para a realização das pinturas corporais e também durante a dinâmica do evento as relações sociais adentraram o campo dos jogos. As etnias parti cipantes foram escolhidas pelo comitê organizador, o ITC, que uti lizou como LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS19critérios a conservação de costumes de cada etnia como o idioma, as pinturas e os esportes tradicionais. No caso das etnias brasileiras, considerou-se também como exigência a parti cipação em alguma edição dos Jogos Nacionais. A escolha de parti cipantes era de responsabilidade do cacique e do respecti vo chefe da delegação. É importante destacar que não haviam restrições de idade ou sexo. Assim, crianças (desde que a práti ca fosse segura para determinada idade), mulheres e pessoas mais velhas das tribos poderiam parti cipar dos Jogos.Um dos fatores que compuseram esse cenário complexo dos Jogos Mundiais foi a tramitação da PEC 215, emenda consti tucional que ti nha a intenção de delegar exclusivamente ao Congresso a função de demarcação de terras indígenas e quilombolas. Com a aprovação de tal medida, a reivindicação de novas terras para demarcação seria extremamente prejudicada e as demandas dos povos indígenas colocadas em xeque, de modo a benefi ciar grandes proprietários de terra. Durante os Jogos, atletas de etnias brasileiras manifestaram-se contra a PEC e, naquele momento, alguns acreditavam que o contexto não era exatamente o mais propício para a realização do evento, tendo em vista a ofensiva que essas populações viriam a sofrer. Apesar da movimentação contrária à emenda, na mesma semana dos Jogos Mundiais de 2015, a comissão desti nada para analisar o tema aprovou a PEC.Para além do esporteOs Jogos Mundiais dos Povos Indígenas ti veram uma importância signifi cati va enquanto evento esporti vo e cultural, mas os seus impactos foram muito mais amplos. De maneira mais ou menos formal,discussões sobre questões políti cas e sociais que as populações indígenas vivenciavam, são problemáti cas e que ainda permanecem. Nas palavras de uma das lideranças dos povos mapuche, do Chile, os Jogos Mundiais “são um espaço liderado por indígenas, criado por indígenas, idealizado por indígenas com o apoio do governo e de organismos internacionais, mas concebido pelos povos indígenas”. O evento conseguiu ser uma força potente para essas populações, que, com auxílio de fi nanciamentos públicos, ti veram a possibilidade de realizarem encontros únicos entre comunidades disti ntas e diversas.Repercussões e o futuro dos JogosApesar da importância ampla do evento, sua divulgação no território nacional encontrou limitações. O comitê organizador e documentos produzidos por Lucas Roque, Marcos Terena, Juan Antônio Calfi n e Taily Terena para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) salientam, no entanto, a grande visibilidade do mesmo. Para além da questão da visibilidade, a problemáti ca do fi nanciamento é bastante latente em eventos como os Jogos Mundiais. Sua viabilidade é dependente da entrada de verba para que se arque com custos de transporte, uniformes e estrutura. Como etnias de diferentes partes do globo deslocam-se até a cidade sede, é essencial que exista algum ti po de auxílio para esses atletas conseguirem parti cipar dos Jogos. Foi no Brasil que o evento teve maior amplitude e esse aspecto mais mundializado. Depois, existi u uma segunda edição, mas o Brasil não mandou nenhuma delegação, dentre outros fatores, por falta de verba.A realidade pandêmica adiou ainda mais a possibilidade de concreti zação de eventos desse porte com as populações indígenas. Ainda que não haja uma repercussão externa dos eventos locais, existe uma importância signifi cati va desses, ao passo que garantem às comunidades que os realizam uma visibilidade na região. Os Jogos Mundiais assim, tem um potencial agregador e criador de vínculos a parti r de demandas comuns comparti lhadas nos espaços proporcionados e criados pelo evento. Logo, apesar de todas as críti cas, é inegável que os Jogos foram capazes de arti cular diferentes etnias por meio do esporte. Retomar a importância de espaços como esse em um contexto de ofensiva contra os povos indígenas é reafi rmar a necessidade de escuta e de concreti zação das demandas dessas comunidades.Fonte: Texto adaptado. Disponível em: . Acesso em 02/06/2022. SAIBA MAISFundação Nacional do Índio (FUNAI). Disponível em . Acesso em 02/06/2022.Ministério da Cidadania: Secretaria Especial do Esporte - Jogos dos Povos Indígenas. Disponível em . Acesso em 02/06/2022.Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena - ITC. Disponível em . Acesso em 02/06/2022.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS20SUGESTÃO DE APRENDIZAGEMa) Seminário sobre jogos de integração e jogos de demonstração, diferenciando-se segundo as modalidades presentes nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Disponível em . Acesso em 02/06/2023b) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, realizadas de modo adaptado, trabalhando-se pelo menos uma das ati vidades anteriormente elencadas. Sugestão: Cabo de força e/ou peikrãn (peteca). Dica: Na plataforma do YouTube existem diversos tutoriais que ensinam a construir a peteca de modo artesanal com materiais como sacola plásti ca, papel, palha de milho, dentre outros. Ex: Como fazer uma peteca super fácil. Disponível em . Acesso em 02/06/2023.MOMENTO ENEM1. (INEP – ENEM 2015) Organizados pelo Comitê Intertribal Indígena, com apoio do Ministério dos Esportes, os Jogos dos Povos Indígenas têm o seguinte mote: “O importante não é competi r, e sim, celebrar”. A proposta é recente, já que a primeira edição dos jogos ocorreu em 1996, e tem como objeti vo a integração das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração dessas culturas tradicionais. A edição dos jogos de 2003, por exemplo, teve a parti cipação de sessenta etnias, dentre elas os kaiowá, guarani, bororo, pataxó e yanomami. A últi ma edição ocorreu em 2009, e foi a décima vez que o torneio foi realizado. A periodicidade dos jogos é anual, com exceção do intervalo ocorrido em 1997, 1998, 2006 e 2008, quando não houve edições.RONDINELLI, P. Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 15 ago. 2013.Considerando o texto, os Jogos dos Povos Indígenas assemelham-se aos Jogos Olímpicos em relação à:(A) Quanti fi cação de medalhas e vitórias.(B) Melhora de resultados e performance.(C) Realização anual dos eventos e festejos.(D) Renovação de técnicas e táti cas esporti vas.(E) Aproximação de diferentes sujeitos e culturas.REFERÊNCIASALMEIDA, Arthur José Medeiros de; ALMEIDA, Dulce Maria Filgueira de e GRANDO, Beleni Salete. As práti cas corporais e a educação do corpo indígena: a contribuição do esporte nos jogos dos povos indígenas. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte. 2010, v. 32, n. 2-4. [Acessado 3 Junho 2022], pp. 59-74. Disponível em: .FERREIRA, Maria Beatriz Rocha. Jogos dos Povos Indígenas: diversidades. In: O público e o privado. Jul/ dez 2010, n.16, pp.65-80. Disponível em: h� ps://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/arti cle/ download/2445/2188/9164SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.BRINCADEIRA E JOGOS POPULARES EM OBRAS DE ARTESHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG502E) Planejar eventos (gincana, interclasse, ruas de lazer), vivenciando todas as etapas de planejamento para avaliar a interação, compromisso, respeito entre as diferenças existentes na escola.OBJETO DE CONHECIMENTOElementos sócio-histórico-culturais, políti co-econômicos e estéti co-ar� sti cos das práti cas corporais/ Brincadeiras e jogos populares.Brincadeiras e Jogos Populares em Obras de Artes uma Abordagem Metodológia Interdisciplinar.A Arte pode retratar uma série de ações do coti diano das pessoas como as brincadeiras e os jogos populares. Isso pode ser observado ao se realizar apreciação e leitura de obras ar� sti cas, por exemplo, no trabalho desenvolvido pelos arti stas Pieter Bruegel (estrangeiro) e Cândido Porti nari (brasileiro).O belga Pieter Bruegel foi um importante arti sta do século XVI. No ano de 1560, ele pintou uma de suas grandes obras, chamada Jogos Infanti s. A tela abaixo vai mostrar cerca de 250 pessoas, prati cando diversas brincadeiras e jogos pelas ruas, num conjunto de 85 práti cas corporais diferentes.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS21Fonte: Obra: Jogos Infanti s. Autor: Pieter Brueghel (1525- 1569). Ano: 1560. Técnica: Óleo sobre tela. Dimensões: 118 x 161 cm. Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria. Disponível em: . Acesso em 03/06/2023.Já Cândido Porti nari (1903-1962), foi um importante arti sta plásti co brasileiro da fase modernista, sendo reconhecido mundialmente ao receber diversos prêmios nas inúmeras exposições em que parti cipou. Como arti sta, através de suas telas, mostrou para o mundo a cultura, os costumes e o jeito brasileiro. As obras abaixo representam como este arti sta costumava retratar ati vidades ao ar livre, de crianças interagindo com a natureza e quase sempre brincando, sozinhasou em grupos.Moleques Pulando Cela, 1958, óleo sobre tela de tecido, 59X72cm.Roda Infanti l, 1932, óleo sobre tela, 39X47cm. Meninos Soltando Pipas, 1947, óleo sobre tela, 60X74cm. Menino com Pião, 1947, óleo sobre tela, 1947.Menino com Esti lingue, 1947, óleo sobre tela de tecido 100X60cmObservação: A fi cha técnica das obras de Artes Visuais apresentadas, bem como de todo acervo completo de obras do arti sta, pode ser encontrada no Portal Porti nari (veja o endereço eletrônico em SAIBA MAIS).LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS22SAIBA MAISPieter Bruegel, o Velho - tradução (é possível marcar a opção da página para “Português” no canto superior direito). Disponível em . Acesso em 03/06/2023.Projeto Porti nari. Disponível em . Acesso em 03/06/2023.SUGESTÃO DE APRENDIZAGEMa) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, realizadas de modo adaptado, trabalhando-se um conjunto de brincadeiras e jogos populares elencados a parti r: - Das imagens retratadas nas obras ar� sti cas que foram apresentadas; - Do resgate das memórias familiares dos/as estudantes; - Do repertório que pode ser previamente organizado pelo/a professor/a mediador.Dica: Sugere-se a aplicabilidade mínima de duas práti cas corporais de domínio popular, por exemplo, a realização do Jogo da Bandeirinha/Pegabandeira e do Jogo de Queimada. Para as turmas de Ensino Médio, em razão do nível etário de desenvolvimento dos/as estudantes, das habilidades motoras e do grau de jogabilidade da turma, recomenda-se a modifi cação das regras tradicionais complexifi cando-as a parti r da introdução e/ou combinação de outros elementos. Lembre-se que as regras dos jogos permitem essa fl exibilização e inclusive podem ser propostas pelos/as próprios/ as estudantes, deixando as práti cas corporais com formas autorais para se jogar.MOMENTO ENEM1. (INEP - ENEM 2009) A falta de espaço para brincar é um problema muito comum nos grandes centros urbanos. Diversas brincadeiras de rua, tal como o pular corda, o pique pega e outros têm desaparecido do coti diano das crianças. As brincadeiras são importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças, pois desenvolvem tanto habilidades percepti vomotoras quanto habilidades sociais. Considerando a brincadeira e o jogo como um importante instrumento de interação social, pois por meio deles a criança aprende sobre si, sobre o outro e sobre o mundo ao seu redor, entende-se que:(A) O jogo possibilita a parti cipação de crianças de diferentes idades e níveis de habilidade motora.(B) O jogo desenvolve habilidades competi ti vas centradas na busca da excelência na execução de ati vidades do coti diano.(C) O jogo gera um espaço para vivenciar situações de exclusão que serão negati vas para a aprendizagem social.(D) Através do jogo é possível entender que as regras são construídas socialmente e que não podemos modifi cá-las.(E) No jogo, a parti cipação está sempre vinculada a necessidade de aprender um conteúdo novo e de desenvolver habilidades motoras especializadas.REFERÊNCIASARAÚJO, S. N.; ROCHA, L. O.; BOSSLE, F. Os conteúdos de ensino da educação � sica escolar: um estudo de revisão nos periódicos nacionais da área 21. In: Motrivivência, v. 29, n. 51, p. 205-221, jul. 2017. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.SOUZA, Vânia de Fáti ma Mati as.; COSTA, Luciane Cristi na Arantes da; ANVERSA, Ana Luiza Barbosa; MOREIRA, Sandra Maria. Da ação pedagógica à mudança da práti ca docente: os jogos e as brincadeiras em uma experiência com o Ensino Médio. In: Pensar a Práti ca, Goiânia, v. 20, n. 1, 2017. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.XADREZHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (ar� sti cas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG501B) Enumerar os espaços de infraestrutura (quadras, praças, galpões, páti os), discriminando os que possuem condições dentro e fora da escola para organizar práti cas corporais em condições seguras para a comunidade.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS23OBJETO DE CONHECIMENTOPráti cas corporais desenvolvidas em diferentes contextos: educacional, de parti cipação e lazer e/ou do rendimento/Brincadeiras e jogos de mesa e/ou salão.Diálogos e Representações e parti r da aplicabilidade Práti ca do Jogo de Xadrez.Os jogos existem desde a pré-história da humanidade e os registros que podem ser encontrados nas mais diversas partes do mundo, retratam variadas formas nas quais essas mesmas práti cas corporais se apresentam. Como manifestações culturais, podem apresentar um caráter lúdico e recreati vo, trabalhando ainda como moderadores em relação ao comportamento humano. Por exemplo, os jogos de mesa e/ ou salão, uti lizam-se de peças para representarem jogadores/as e neles existem regras pré-determinadas, que podem depender da uti lização do raciocínio lógico, de estratégias elaboradas, da atenção e de certo domínio de concentração sobre as ações do/a outro/a para que se desenvolvam enquanto jogo. As cartas de baralho, o jogo de dama, as peças de dominó, o conjunto de quebra-cabeça e o tabuleiro de xadrez fazem parte desse universo de jogos, apresentando-se sob possibilidades diversas de operacionalização.O jogo de xadrezExiste um conjunto de lendas a respeito das origens deste jogo. Uma delas vai ser remontada ao herói grego Palamedes, durante o cerco à Tróia, com objeti vo de distração dos seus guerreiros. Uma outra vai ser apresentada a parti r da Índia, como evolução de um jogo ancestral na qual parti cipavam quatro jogadores, cada um com oito peças representadas por um ministro, um cavalo, um elefante, um navio e quatro soldados. As peças estariam dispostas nos quatro cantos de um tabuleiro, de 64 casas unicolores, diferenciadas nas cores preta, vermelha, verde e amarela. Neste jogo, conhecido como Chaturanga, cada jogador individualmente lançava dados e era isso que designava qual peça poderia ser movimentada. E foram as trocas comerciais que levaram à exportação deste mesmo jogo à China, ao Japão e à Pérsia, desencadeando posteriormente um processo de intercâmbios culturais e de modifi cação deste mesmo jogo, até chegar à disseminação de sua forma atual como jogo de xadrez. Hoje o xadrez é um jogo de mesa e/ou salão que pode ser prati cado por dois/duas jogadores/as, num tabuleiro composto por 64 casas que se alternam entre cores predominantemente claras e escuras. Cada lado vai ser representado por um conjunto de 16 peças, sendo 08 peões, 02 torres, 02 cavalos, 02 bispos, 01 dama e 01 rei, como pode ser visualizado na disposição abaixo:Fonte: Organização de peças no tabuleiro de xadrez. Disponível em: h� ps://commons.wikimedia.org/wiki/File:Starti ng_positi on_in_a_ chess_game.jpg>. Acesso em 08/06/2023.A movimentação básica no jogo de xadrez vai ser realizada por cada jogador/a, a parti r da observação de cada uma das peças da seguinte maneira:a) Peão: A peça anda sempre para frente uma casa. No seu primeiro movimento é permiti do caminhar para frente duas casas. O peão vai capturar ocupando a casa da peça oponente uma casa na diagonal. Se consegue chegar até a últi ma casa que está distante da sua posição inicial é promovido à outra peça. Costuma-se tornar o peão em dama por uma questão estratégica de movimentos;b) Torre: A peça pode ser movida para qualquer casa vazia, como fi leira ou coluna, sempre em movimento reti líneo, na horizontal ou verti cal;Cavalo: A peça se move porquatro casas, num movimento que desenha a letra L. O cavalo pode saltar sobre as demais peças durante a sua movimentação;c) Bispo: A peça vai se mover sempre nas diagonais, desde que hajam casas vazias para que possa se apresentar;d) Dama: A peça é estratégica pela capacidade de movimentação livre para qualquer casa vazia em fi leiras, colunas ou diagonais.e) Rei: A peça pode ser movida uma casa por vez, seja em fi leira, coluna ou diagonal.LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS24Fonte: Disponível em: . Acesso em 08/06/2022.Em síntese, no xadrez o objeti vo do jogo é capturar o rei do/a parti cipante adversário/a. Se diz que o rei está em xeque, sempre quando este esti ver no caminho da movimentação de uma peça adversária. Esta mesma condição deve ser a todo momento evitada, se possível capturando a peça que está ameaçando a permanência do rei no jogo. É possível também mover o rei para uma casa que não esteja ameaçada por qualquer peça adversária ou interpor com uma peça da mesma cor, atrapalhando o movimento de ação da peça adversária que ameaça o rei. Se nada disso for evitado, o rei estará em xeque mate e o/a adversário/a ganha a parti da se ele/a conseguir dar mate em seu/sua jogador/a oponente.Dentre os inúmeros bene� cios da práti ca corporal do jogo de xadrez, destaca-se o exercício das capacidades socioemocionais de se jogar, ao mesmo tempo, contra o outro e com o outro. As peças têm uma representação simbólica e que podem ser trabalhadas a parti r do entendimento de tensões, contradições, consensos e confl itos presentes na sociedade que se manifestam para além do jogo. A necessidade de estabelecer diálogo entre os/as parti cipantes passam ainda pela condição de equidade, empati a e respeito. Logo, como possibilidade de jogo de mesa e/ou salão, o xadrez pode contribuir para a formação humana seja uti lizado em senti do educacional, rendimento e/ou parti cipação e lazer. E sua práti ca, pode ser democrati zada para toda a comunidade.SAIBA MAISConfederação Brasileira de Xadrez. Disponível em . Acesso em 03/06/2023.Xeque-Mate: O Xadrez mostra seu jogo. Disponível em . Acesso em 03/06/2023.SUGESTÃO DE APRENDIZAGEMPráti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, realizadas de modo adaptado, trabalhando-se brincadeiras e jogos de mesa e/ou salão. Pelo texto apresentado, foi dada a possibilidade de trabalho com o xadrez tradicional, mediante a organização de vivências em duplas com a turma. Caso não tenha as peças e o tabuleiro convencional, o material pode ser construído uti lizando-se somente a sua representação em papel;a) Além do xadrez, existem outros jogos de mesa e/ou salão que podem vir a ser aplicados - a parti r do mesmo entendimento que o texto sugere. Alguns já foram exemplifi cados no primeiro parágrafo, mas pode-se desenvolver outros jogos de formas mais simples. Cabe a realização de pesquisa orientada, investi gando possibilidades que podem se transformar em ati vidades diversas. Ex: De caráter expositi vo como a apresentação em grupos, seminários e/ou a sistemati zação da pesquisa em trabalho escrito; e teórico-práti co, por meio da realização de circuitos, festi vais e/ou torneios de jogos de mesa e/ou salão.MOMENTO ENEM1. (INEP - ENEM 2013) O jogo é uma ati vidade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consenti das, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fi m em si mesmo, acompanhado de um senti mento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da “vida quoti diana”.HUIZINGA J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspecti va, 2004.Segundo o texto, o jogo comporta a possibilidade de fruição. Do ponto de vista das práti cas corporais, essa fruição se estabelece por meio do(a):LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS25(A) Fixação de táti cas, que defi ne a padronização para maior alcance popular.(B) Competi ti vidade, que impulsiona o interesse pelo sucesso.(C) Refi namento técnico, que gera resultados sati sfatórios.(D) Caráter lúdico, que permite experiências inusitadas.(E) Uso tecnológico, que amplia as opções de lazer. REFERÊNCIASMARTELOTE, Daniella; DE SOUZA, Gabriela Conceição; LUTZ, Thulyo. O ensino do Xadrez na Educação Física escolar: uma revisão da literatura.In: XXII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e IX Congresso Internacional de Ciências do Esporte. 2021. Disponível em:. Acesso em 03/06/2022.SOUZA, Vânia de Fáti ma Mati as et al. Da ação pedagógica à mudança da práti ca docente: os jogos e as brincadeiras em uma experiência com o Ensino Médio. In: Pensar a Práti ca, v. 20, n. 1, 2017. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.JOGOS GAMES NO BRASILHABILIDADES ESPECÍFICA(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (ar� sti cas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (GO-EMLGG501H) Investi gar a manifestação dos jogos virtuais, analisando a infl uência que eles exercem sobre a vida coti diana, para avaliar os impactos positi vos e negati vos no comportamento das crianças, adolescentes e adultos.OBJETO DE CONHECIMENTOPráti cas corporais desenvolvidas em diferentes contextos: educacional, de parti cipação e lazer e/ou do rendimento/Brincadeiras e jogos eletrônicos.As brincadeiras e os jogos eletrônicos se apresentam na realidade das pessoas de modo cada vez mais progressivo. O desenvolvimento tecnológico tem possibilitado mudanças nos meios de comunicação e da informação, criando diálogos também com o universo das práti cas corporais e de suas práti cas de linguagem. Conheceremos sobre o assunto, observando o movimento brasileiro no universo dos games para refl eti r sobre o comportamento de seus/suas prati cantes.Texto 01Três em cada Quatro Brasileiros Jogam Games,Aponta Estudo da Pesquisa Game do Brasil (PGB)Pela primeira vez, 74,5% da população brasileira afi rma ter jogado jogos eletrônicos em 2022. Temas como NFT, esports e metaverso já são mais conhecidos entre o público.Revista EXAME. Por Laura Pancini.Publicado em 18/04/2022 14:29 atualização em 20/04/2023.Fonte: Perfi l do gamer brasileiro em 2022 ilustrado (PGB/Divulgação).LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS26A 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), levantamento anual consolidado sobre o consumo de jogos eletrônicos no país, mostra que cerca de 3 em cada 4 brasileiros jogam jogos eletrônicos. Trata-se de um crescimento de 2,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior, alcançando sua maior marca histórica com 74,5% da população do Brasil afi rmando jogar games em 2022. O engajamento do público brasileiro com jogos eletrônicos aparece ainda mais forte quando se observa que, para 76,5% dos gamers, os jogos eletrônicos são a principal forma de entretenimento. O número apresenta um aumento progressivo: registrou 57,1% em 2020 e 68% em 2021, totalizando um aumento de 8,5 pontos percentuais nesta 9ª edição. A PGB é desenvolvida pelo Sioux Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM. Em 2022, o estudo ouviu 13.051 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal entre os dias 11 de fevereiro e 7 de março.Qual o perfi l do gamer brasileiro?Assim como em edições anteriores do levantamento, a PGB 2022 mostra que as mulheres são maioria entre o público de jogos eletrônicos no Brasil. Nesta 9ª edição, elas representam 51% dos brasileiros
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